4.24.2019

Sou viciada em ter filhos!

Acho que sou viciada em ter filhos. 

Pode parecer incoerente vindo de alguém que só tem duas, mas sabem lá o que eu peno por ter uma cabeça e um corpo que me "pedem" mais. 

É uma luta interior entre um "nem pensar, agora não" com uma vontade assolapada por mais um bebé na família. É uma luta interior entre um "era já que tudo se faz" e um "quero ter mais tempo agora que elas estão a ficar cada vez mais independentes e podemos aproveitar tudo melhor e com mais calma". 

Três é a conta que Deus fez mas Deus não contou com o carro, que tem de ser diferente, com mais uma escola, com as férias que saem mais caras ou com a loucura em que as nossas vidas se tornariam com três. 

Estas confrontações só são boas porque me fazem analisar o que a nossa vida tem de bom, valorizar cada coisinha e deixar-me de projectar coisas. 

Mas digo-vos já que é uma sensação muito estranha de que ainda não estou completa, e, por outro lado, a sensação de que nem mais um bebé iria trazer-me isso. 

Adoro ser mãe e gostava de ser mãe de mais uma pessoa. De aumentar a família e de aprendermos todos uns com os outros lições fantásticas, construir relações para a vida e de rir com mais e mais disparates. Sou muito visual e imagino as conversas à mesa, as viagens de carro, a cama cheia de gente de manhã, os abraços que não acabariam nunca, a paixão assolapada por mais uma pessoa, o crescimento pessoal de todos por contar com mais uma personalidade, mais uma forma de ver o mundo. 



Somos uma família de quatro e somos felizes, sabem? Se por um lado não vejo forma de isto melhorar muito mais, por outro tenho aqui umas hormonas malucas a quererem procriar e trazer ao mundo mais amor. 

É vício? Se calhar é.



4.23.2019

20 livros dos 2 aos 5 anos

Já devem saber da minha predilecção por livros. Não tenho assim grande pancada por mais nada, não perco a cabeça com brinquedos e também já não perco a cabeça com roupa para elas (estou muito mais contida),  mas livros infantis SIM SIM SIM! Ando a melhorar bastante e até já descobrimos que a biblioteca ao pé de casa é fantástica (ah! e a escola das miúdas também já tem: vejam aqui a ideia que eu tive para sugerirem nas vossas!).

Mas se vejo um livro que penso que elas vão gostar, que me vai ajudar a explicar alguma coisa ou que nos vai fazer bem, nem sempre resisto a comprar. É o nosso momento antes de ir dormir, sempre.

Comecei a comprar livros ainda grávida e temos uma biblioteca que "sim, senhor".



Vai daí, se também estão comigo na luta ou se precisam de alguma dica para oferecer num aniversário ou numa data especial, escolhi 5 livros recentes (cá em casa),  de que gostamos muito.


Cuquedo e Um Amor que Mete Medo 

Se já conhecem o Cuquedo, este é a sequela, mas desta vez com romance pelo meio. Uma espécie de “quem quer casar com a Carochinha?” com humor e com sustos. Divertido e muito fácil de entender, acho-o perfeito logo para os 2 anos [a Luísa gosta imenso das repetições e dos sustos], mas com 4 também se torna giro porque o decoram e contam na boa.




A lagartinha muito comilona

Este é bom logo para os 2 anos: além de aprenderem como uma lagartinha nasce de um ovinho e se transforma em borboleta, aprendem os nomes dos alimentos mas também a contar (e depois a borboelta fica com as cores de tudo o que consumiu. Giro, colorido, didático.




Truz Truz

"Truz Truz! Quem é?! É a menina pequenina que tem uma meia rota no pé!" É assim que começa uma lengalenga com muitas personagens diferentes que batem à porta, em diferentes estações do ano, num texto sempre em rima para que eles adivinhem tudo o que aí vem. Escusado será dizer que cá em casa já sabem completar tudo. Ideal a partir dos 2 anos também. [Há outro livro com o mesmo nome que me parece giro giro também, alguém conhece?]




Meninas Pequenas, Grandes Sonhos: 
Frida Kahlo
Este tem entrada directa no meu coração, já que a Frida é uma das minhas personagens históricas preferidas (desde que vi o filme que fiquei absolutamente rendida). A Isabel ficou fascinada com a história dela que, apesar de algo violenta, tem esperança, tem poder, tem luta. Adoramos. Este é a apontar mais ali para os 4, 5, 6 anos (se bem que a Luísa ouve e não se queixa ahah). Fiquei super curiosa com a restante coleção. Women power!




Há um tigre no Jardim
É só maravilhoso. Quando a avó lhe diz que viu um tigre no jardim, a Nora acha que está demasiado crescida para acreditar nessas tontices. Afinal, toda a gente sabe que os tigres vivem na selva e não em jardins! Até pode haver libelinhas do tamanho de pássaros, plantas que tentam comer girafas de peluche, ou um urso-polar que gosta de pescar… Mas a Nora continua a ter a certeza, certezinha, de que é impossível existir um tigre no jardim… Ou será que existe mesmo?" Óptima forma de lhes mostrar que, nos momentos "aborrecidos" e de tédio basta usar a imaginação, que tudo é possível!





Não sou rabugento!
Este foi comprado um bocado ao acaso mas revelou-se uma história bem gira. O que é isso de ser rabugento? E será que quem é "rabugento" não terá razões para isso? O que estará por detrás do "mau feitio"? Óptima forma de lhes ensinar que não devemos rotular os outros e que há bons corações por detrás das capas. Sobre a amizade e a falta que isso nos faz. Entre os 3 e os 5. 




O Livro Zangado, O Livro com Sono, O Livro com Medo

Se tivesse de eleger o que mais as ajuda a lidar com as emoções, esta trilogia ficava em primeiro lugar, empatado com O Monstro das Cores. A literacia emocional para mim é das coisas mais importantes de todas e se trabalharmos bem o reconhecimento das emoções estamos a treinar a empatia, o amor-próprio e a ajudá-los até na auto-regulação. Estes são logo para os 2 anos e ajudam-nos a encontrar técnicas para se acalmarem nas birras, a deixar de ter medo antes de dormir, a acalmarem-se antes de adormecer, etc. 



O Monstro das Cores vai à Escola

E por falar em O Monstro das Cores - talvez o meu preferido de todos -, há um novo para ajudar os miúdos na entrada numa nova escola: "O Monstro das Cores está um bocadinho nervoso. Hoje é o seu primeiro dia de escola e não faz ideia do que isso seja. Não tenhas medo, Monstro! Esperam-te muitas aventuras e muitos novos amigos." Talvez o tema muito específico, mas não deixa de ser giro para todos - diria que 5, 6 anos seja o ideal.



A Ovelha que Chocou um Ovo
Esta é a história de uma ovelha muito vaidosa da sua lã, mas depois de ser tosquiada perde a suavidade e fica um autêntico ninho de ratos. Só que isso até lhe trouxe vantagens: amigos que surgem de forma inesperada. Bonita lição: mais vale grandes amizades do que um cabelo perfeito. Dos 2/3 anos aos 5 anos à vontadinha.



A toupeira que queria saber quem lhe fizera aquilo na cabeça

Este é para rir, puro entretenimento. Muito divertido e dá logo para os 2 anos, claro, que é quando eles entram nesta fase mais escatológica, mas tem interesse até bem mais tarde. O livro tem mais de 30 anos mas só agora entrou nas nossas vidas. vale pena. Então a toupeira percorre o campo todo à procura de quem lhe teria feito aquele bonito serviço na cabeça: se a pomba, se o cavalo, se a lebre e por aí fora, imaginem...





Sozinho em Casa e E.T.

Que saudosismo que estes livros me trouxeram, Deus meu! Estes são claramente daqueles que nos dão um prazer enorme em contar-lhes porque trazem muito da nossa infância com eles.

Adoro tudo: apesar de adaptados (imaginem, o senhor velhote que limpava a neve e aterrorizava a criança no Sozinho em Casa aparece de outra forma na história - e ainda bem), estão uma delícia! As ilustrações são muito giras e as histórias são aquelas que já conhecemos. A partir dos 4 anos, funcionam muito bem.



Adivinhas Coloridas

Não sei se os vossos se interessam por adivinhas, provérbios e lengalengas mas a Isabel começou a gostar muito já para o fim dos quatro anos. Destes três que lhe ofereceram nos anos, o preferido é o das adivinhas - tem de acertar nos animais, alimentos, pelas descrições (normalmente em rima). Não esperava que tivesse tanto sucesso, mas ainda ontem foi o livro que escolheu antes de ir dormir. Este é, na minha opinião, para putos a partir dos 5 anos.




Bem-Vindos ao Nosso Mundo
E, por fim, um livro que é mais uma enciclopédia mas que não deixa de ser maravilhoso. Desde comidas, animais de estimação e brincadeiras, passando por saudações, roupas ou chapéus, há tantas maneiras de dizer e fazer as coisas no mundo inteiro. O problema deste livro é ser impossível chegar ao fim, por isso NUNCA o leio antes de ir dormir (ou então negoceio muito bem que são só 3 páginas). Desde que começámos a viajar para outros países (e desde que tem colegas do Brasil, por exemplo), que a Isabel tem muita curiosidade em saber palavras e costumes do mundo inteiro. Tem muito interesse em saber as bandeiras também [se souberem de um livro ou jogo sobre bandeiras, digam - que ela ia adorar e eu bem preciso ahah]. 



Espero que tenham gostado, que vos seja útil e partilhem também os vossos livros e as histórias que mais os cativam! 


Mais de 40 minutos à espera de uma ambulância... morri por dentro de novo.

E a culpa, no fundo, não é de ninguém. 

No sábado, a Irene voltou a ter uma convulsão febril. Desta vez demorou uma hora inteira até recuperar consciência. Até para mim, que me "gabo" de já ter ganho calo no que toca a este tipo de situações... perdi-me por completo. 

Ainda para mais porque houve quem me tivesse dito que, com estas convulsões, acima dos 5 minutos já poderiam gerar danos cerebrais. Imaginem quando passaram 30 minutos... 

Chamei o 112 e, mais uma vez, demoraram imenso tempo a chegar. Os bombeiros até estavam cá perto, mas infelizmente a minha morada não consta no sistema do 112. Nem o nome antigo da minha rua (um provisório), nem o novo. 



Bem à tuga, acabo por só me preocupar com isso nos dias a seguir a ter acontecido mas, neste caso, não pode ser. Até porque o caso da Irene, apesar de super aparatoso, não é o mais urgente do mundo. 

Poderá haver mesmo casos de vida ou de morte e uma coisa é o senhor da pizza e das compras online nunca saber onde é que isto fica, a outra é a ambulância não conseguir.

O que se faz? Liga-se para onde? Alguém desse lado que perceba como é que isto funciona? 

Entretanto, não sei se perceberam, mas lá não fui para Cabo Verde. Perdemos a viagem, a ver se o seguro devolve o dinheiro... 

Bom, "antes cá do que lá", blá, blá, blá... Ainda bem que está tudo bem... Só acontece a quem marca viagens e tal e tal. Mesmo assim estou irritadinha e com alarmes no telemóvel para ver como está a febre.