3.10.2017

Não posso ser normal!

Ontem à noite vi num grupo do FB, do qual faço parte, uma mãe a dizer que está grávida do sexto filho e a pedir opiniões sobre um berço. Fiquei feliz por ela e quis, por momentos, ter não seis mas quatro. Como? Se ainda ontem disse a brincar - e sem elas ouvirem - que as ia pôr num caixote do lixo. Digo às vezes que as quero devolver, com aviso de recepção (porque sou boazinha e quero saber se chegaram ao destino eheh). É nesta dualidade entre querer hipoteticamente ter mais filhos (e de ter uma espécie de inveja branca de quem os tem) e entre nem sempre dar conta do recado com apenas duas e de me perguntar "onde me fui meter?" que eu digo que NÃO POSSO SER NORMAL!

Eu sempre disse que, se pudesse, teria quatro filhos. Lá bem atrás, quando brincava com bonecas e até na adolescência. Muito antes de saber o que é isto de ser mãe.
Depois comecei a trabalhar, a receber 500 euros a recibos verdes, a ver o que a vida custava a ganhar na minha área e percebi que dificilmente conseguiria cumprir esse sonho. Depois, lá arranjei um contrato de trabalho de um ano, a receber mais 300 euros. Juntei-lhe uns trabalhos extra, locuções e estava estável (o que quer que isso seja, claro que de acordo com os meus padrões e necessidades). Depois deixei essa "segurança" mínima do contrato, voltei aos recibos verdes para trabalhar em projectos que eram mais aliciantes. Fui crescendo, ganhando estaleca, até chegar a editora de conteúdos e a ganhar melhor. Mesmo assim, continuei a saber que seria de uma enorme imprudência - para não dizer impossível! - ter 4 filhos. Tê-los e dar-lhes a atenção que me merecem e criá-los com a segurança e o orçamento que acho que é preciso para não nos sentirmos com a corda ao pescoço e podermos dormir (eu disse dormir? o que é isso?) descansados. Eu não tenho um trabalho em que ganhe bem e que possa ser mãe com toda a plenitude que desejo, os meus pais não têm um banco, não tenho posses, não tenho um marido rico, por isso acho que aquele sonho de miúda, influenciada pela Música no Coração talvez, fica bem lá atrás. Tenho de ser realista. Para já não dá e em princípio não dará nunca.
Sem grande pena. A verdade é que acho que, mesmo se pudesse, já não quereria ter quatro filhos. Não é eufemismo quando se diz que dão muito trabalho. Dão mesmo. Claro que é altamente compensador, digo muitas vezes que é a melhor coisa que já fiz na vida, a melhor decisão, mas caraças!, sai-nos do pêlo! É preciso ter muita paciência, abdicar de muita coisa, dar muito de nós. Às vezes digo que se fosse para ter mais um, seria AGORA. Outras vezes acho que a ser, SÓ DAQUI a uns 5 anos. Mas no fundo, no fundo, acho que nem agora nem daqui a cinco anos. Por tudo: orçamento e disponibilidade mental. Amor, sei que teria para todos e mais alguns. Mas só isso não basta, acho eu.

Posto isto, só o facto de eu falar sobre isto indica que há dúvidas. Há incertezas neste coração de pessoa que adora ser mãe, por mais que se queixe. Por isso, repito, EU NÃO POSSO SER NORMAL!


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3.09.2017

Já brinca às bonecas com 9 meses!

Agora este título lembrou-me aqueles diálogos entre mães cujos filhos são o supra-sumo da batata. "Ah o meu filho com três meses e dois dias já comia um bife de faca e garfo" "E o meu com cinco meses já corria pela casa". 
A Luísa gosta efectivamente muito de tudo o que lhe seja mais ou menos vetado, como por exemplo, comandos, chaves, cabos, e claro, as bonecas da irmã, até porque tem momentos de euforia em que esbraceja com elas na mão e as manda para a Namíbia, outras em que parece que as quer colar com cuspo ou até mesmo depositar no estômago. Por ela, marchava tudo. Pelo que foi numa tarde em que a irmã estava na escola que a autorizei a mexer no fruto proibido. Adorou, claro. :)










Pormenor das collants novas que têm antiderrapantes em 3 sítios: joelhos, planta do pé e no peito do pé




A tentar gatinhar - andou nisto quase dois meses, a arrastar-se à recruta para trás, mas agora já gatinha mesmo desde a semana passada <3








A preparar o cuspo para a degustação ;)

Não aguento esta cara.

Falta aqui um bocadinho de oregãos ou erva doce.



Coelhos e mobiliário Maileg - Docinho de Açúcar, por exemplo
Collants antiderrapantes - Caramello
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3.08.2017

Já trataram do "Dia do Pai"?

Tenho muitas boas lembranças do Dia do Pai. Não do Dia do Pai em si, mas das prendas que fazia no infantário e na escola para ele. Lembro-me de uma vez que até pisamos uvas para fazer vinho no próprio infantário. Houve outra que fizemos um barco com uma mola de roupa colada ao contrário, uma palhinha e depois uma bandeira a dizer "melhor pai do mundo" (aqui já me interrogava porque é que estávamos todos a escrever o mesmo e que só um de nós estaria certo, bela cabeça!).

Lembro-me dessas obras de arte de estarem sempre à vista nas casas onde ia passar o fim-de-semana com ele. Ficava sempre muito orgulhosa de ver que ficavam em exibição. 

Porém, nada supera o Dia do Pai das nossas filhas. Lembro-me do Frederico dizer quando estava grávida: "Oh, este ano ainda não celebro o Dia do Pai" - ela nasceu a 21 de Março. Podemos dizer que não ligamos nenhuma às datas, mas ligamos. Farto-me de dizer que o dia de ontem não tem importância, mas lembro-me de quem se esqueceu. Vocês sabem como é. 

Quando era pequena, nas Amoreiras, imprimimos uma foto minha com o meu irmão Pedro ao colo numa caneca. Adorava começar o dia a vê-la no armário e pensar "que prenda excelente" (adoro fotografia também) e de ser uma das minhas preferidas. O ano passado foi essa a minha prenda do Dia do Pai para o Frederico: peguei numa das melhores fotos deles e fiz uma caneca (não fui eu, calma, se fosse eu a fazê-la ia ficar mais parecida com um artefacto das caldas haha). 

 Ofereci a caneca da esquerda no ano passado, acho eu. 
Este ano não vale repetir a graça. Aqui entre nós: rebentei a conta com as prendas que lhe ofereci no Natal, aniversário dele e de casamento (nem um mês de diferença entre essas datas) e, por isso, queria só assinalar esta data especial e não comprar-lhe um Lamborghini (até porque ouvi dizer que não são assim tão confortáveis - ahah). 

Acho a caneca da mr. Wonderful perfeita à excepção de um pequeno pormenor... vou comprar uma caneta de tinta permanente e acrescentar um l no fim. Devia ser: "Do Polo Norte ao Polo Sul, Não Há Pai Como Tul". Não quero saber, era o mais correcto. Já lhe dei a prenda, como devem ter reparado. Nenhum dos dois aguenta surpresas aqui... :) 

O avô Virgílio também já foi presenteado pela Necas que lhe entregou a caneca ali no sofá quando vieram tomar conta dela no outro dia. Ele gostou muito. Vaidoso mostrou à avó e tenho a certeza de que vai ficar babado (que está sempre e não é por ser velhinho que não é hahah) sempre que olhar para ela. 

São pequenos gestos, que fazemos com frequência (levar a chávena à boca) e que marcam para sempre (como uma tatuagem... do Netinho). 




Fica a ideia! Tenho uma minha do Dia da Mãe e eu cá gosto. Se ele não gostasse ficava com a do pai também, pronto. :)


Modelo - O meu marido (tirem daí as unhafas)
Canecas - mr. Wonderful 


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