10.15.2016

Tinha saudades...

Como a Irene usa bata no colégio e eu sinto que ela deve estar confortável ao máximo (porque dorme com a mesma roupa vestida e tudo), não tenho caprichado muito na indumentária. Ah! E também porque não tenho assim tanta roupa que permita fazer vários conjuntos diferentes e que ela vá sempre imaculada. Não tem que ir. 

Hoje houve aqui uma junção de factores. O conjunto não era para ser este, a Irene é que se lembrou de uma "saia das princesas" que lhe comprei o ano passado. E, além disso, eu estava com piquinhos no pipi para usar o casaco que comprei há uns tempos para ela. 

Adorei ver a minha menininha assim e lembrei-me que, realmente, se for ela a escolher as roupas, que tudo tem mais graça e faz mais sentido. Desde que se adeque à temperatura, claro. 

É normalmente ela quem escolhe os lenços, os sapatos e as camisolas. Temos algumas birras quando é preciso mudar alguma coisa, mas geralmente corre bem. 

Saudades deste mau tempo para vê-la mais agasalhadinha... ;)

















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Menos escola, mais família.

Dantes, quando estávamos os três em casa 24h por dia, os planos a três sabiam bem, mas não tão bem. Se calhar também porque a Irene era mais nova e, por isso, ainda não era tão visível o contentamento dela. Agora, quando saímos os três, a Irene fica eléctrica e ainda para mais hoje que íamos "comer bolos". 

Por causa disso escolheu os ténis dos dos bolos (ténis da Vans com Cupcakes) e não quis largar a saia de princesa que já tinha usado de manhã para ir à aula de música da professora Carla. 

Quando a outra Joana voltou a trabalhar e tinha pouco tempo para ver a Isabel (eu continuei em casa mais um ano), dizia-me que queria acreditar que tempo de qualidade era superior à quantidade e tempo. Agora compreendo isso. Principalmente nesta fase em que há tantas birras e tantas disputas e tanta intensidade... Quando estamos juntos há mais paciência, há mais vontade, há mais... Ou, pelo menos, tentamos que assim seja. 

Um lanchinho foi um evento, uma memória. Agora encho-vos o rabo de fotografias porque não consegui seleccionar mais do que isto, sorry. 




















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Um brinde a nós, mães.

Um brinde a nós, mães.

Que nos desdobramos, que acumulamos tarefas, obrigações, roupas por passar, peças do puzzle por arrumar e "caraças que pisei o brinquedo pontiagudo!".

A nós que temos casa, pessoas pequeninas e emoções para cuidar, para abraçar e para gerir, respectivamente, e tudo ao mesmo tempo. 

A nós que temos noites que se confundem com dias de tanto rebuliço e preocupações e ranhos e tosses e xixis na cama. A nós que damos tanto, sem pedir nada em troca - um sorriso basta. 

A nós que temos um trabalho de 24 horas por dia, que choramos às vezes na almofada o cansaço acumulado, para depois nos assoarmos com um bocado de papel e seguir em frente. 

A nós que sabemos bem que o mais importante é o amor, a educação, as cócegas e brincarmos ao leão da selva, mas que não conseguimos viver na porcaria e que prolongamos as noites no meio da tábua de passar e a louça por arrumar. 

A nós que vestimos calças para tapar os pêlos das pernas e "também não era preciso tanto desleixo, que raiva!", mas não arranjámos trinta minutos entre os banhos, o levar e buscar, os jantares e o vomitado que nos obrigou a mudar a roupa da cama outra vez e a roupa toda. 

A nós que às vezes não sabemos o que se passa no mundo porque o nosso mundo nos rouba o tempo todo e temos ali um livro à espera que o leiamos mas "vai ter de esperar". 

A nós que nem sempre temos a ajuda que precisamos, nem sempre temos coragem para a pedir, porque "ninguém tem de levar com o circo que montámos em nossa casa".

A nós que queremos estar com bom ar, passear, sair, estar com pessoas, mas nem sempre temos como e "esta foi a vida que eu escolhi, por isso aguenta e espera, esses tempos virão".

A nós que queremos ser melhores todos os dias e que sabemos que nem sempre o somos, nos culpamos, julgamos que piramos - às vezes sentimo-nos mesmo a endoidecer - mas sabemos que cá estaremos amanhã para a luta. 

E que nos perguntamos como é que as nossas mães foram tão corajosas, aguentaram tanto e nem sequer estavam para aqui com estes mimimis todos. 

Um brinde a nós, mães. Não temos de ser perfeitas, podemos pirar de vez em quando, chorar, ter pêlos por tirar, nem ter tempo para nos coçarmos. Um dia, conseguiremos equilibrar tudo. Um dia, até nos sobrará tempo. Mas sabem o que vai acontecer? Vamos ter saudades. Porque nesse dia, teremos ido levá-los ao comboio que os leva para a faculdade. Porque nesse dia, teremos ido ao casamento dela. Porque nesse dia, estaremos de regresso a nossa casa, depois do almoço de domingo em casa dele, e ele já não está na parte detrás do carro a cantar. E chegaremos a casa e o quarto que foi dele, e sempre será, estará vazio. Aí teremos tempo. A mais. E uma nostalgia que nos deixará um travo agridoce na boca. 

Um brinde a nós, mães. Aproveitemos tudo: a loucura, o mimo, as noites de colo sem fim. Eles por agora, não sendo (nunca são), são nossos. 




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