8.29.2016

Afinal não quero falar convosco!

Super agressiva? Pareço uma pré-adolescente quando se apercebe que as portas dão para fechar com força, não é? Não era essa a minha intenção. Sempre que vos vejo e vêem falar comigo, fico eufórica por sentir que os números que vemos nos posts são reais. Que há pessoas por trás dos números. Que aqueles comentários vêm de seres que respiram, que amam que, tal como nós, têm crescido todos os dias por causa do amor - o que é que se passa comigo hoje?

Só que... há um problema... 

Não sei o que se passa comigo, mas não estava à espera desta minha reacção: eu que já fiz stand-up, eu que sempre fui a primeira a levantar o braço para tirar dúvidas aos professores, eu que adoro e fiz um bocadinho de teatro, que sou sempre aquela que, nos jantares grandes, alegro (ou chateio) toda a gente)... Afinal, procuro é um buraco para me enfiar!


Quando ontem conheci a Matilde e a Madalena e a Leonor e a Lúcia (o que se passa também com os vossos nomes? ;)) no sábado, tentei perceber o que sentia e fico muito tímida. Gosto imenso de vos conhecer, mas é como se estivéssemos num encontro combinado por amigos mas que já vos tivessem contado tudo de mim e eu na perfeita ignorância.

Fico toda contentinha, é um facto. Porém, sempre que nos afastamos fico a achar que pareci uma totó por não ter conseguido dizer nada de jeito. Tenho receio de parecer antipática (porque não sou) e - que parvoíce - de ter destruído uma imagem qualquer que vocês tenham criado (até parece que vocês lêem uma história erótica por aqui e que depois conhecem o rapaz sem jeito nenhum na vida real). 

Estou mesmo surpreendida com esta reacção. Sei que sempre fui uma falsa extrovertida, que é tudo uma espécie de alter-ego, mas sempre consegui representar bem para os mais desatentos. Agora não consigo. Com vocês não... 

Porque... (palmas e lágrimas) tudo o que vos escrevo aqui, vem mesmo da minha cabeça, vem mesmo do meu coração. Estou mesmo despida perante vocês, uma multidão que não conheço, mas que estimo e muito. Conto-vos o mau, o estúpido e o bom e o genial (ahah).

Quando me vêem, vêem-me mesmo. 

Claro que não quero não falar convosco, mas não fiquem a pensar que sou uma totó, está bem? ;) Fico mesmo envergonhada... 

Obrigada Leonor e Lúcia, Matilde e Madalena. 

"Desculpem" lá qualquer coisinha.
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8.28.2016

Um pôr do sol faz maravilhas.

Estamos os três doentes. Ainda não percebo muito de doenças. A minha mãe sempre foi a pessoa que - sem ser completamente à balda - nos ia sugerindo coisas para tomarmos quando tínhamos tosse ou ranho ou espirros ou febre ou dor de barriga. Acho que não entendo o "básico" da saúde. Achei que estava constipada e achei que a constipação não fosse algo que se pegasse - não deve ser constipação. Ou, se calhar, é. Sei lá! 

Num dia em que contava não sair de casa, até por estarmos mais molinhas por causa da doença, não podia dizer que não a ir ter com a minha Eugénia e sua família. Lá fomos. Ao parque da Serafina que a menina, por não ser "de cá", não conhecia. 

Que maravilha de pôr do sol. Parece que teve o efeito de 40 dias de férias em mim. Ver os nossos filhos a brincarem, comer melão cortadinho aos pedacinhos e conseguir conversar uns 5 minutos nas duas horas que estivemos juntas fez-me melhor que 32 Cêgripes. 

Agora é o Frederico que está doente. Acho que isto tem mesmo de ser uma virose - mas uma virose dá febre? 

Sei que não há nada como irmos passear um bocadinho. Sei que o sol faz-nos mesmo falta (imprescindível para regular os nossos ritmos de sono e muitas outras coisas) e sei que vamos sentir muita falta disto no Inverno. 

Melhor do que o sol? Só estar com a Eugénia! ;) 












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Técnicas para conseguir alta depois do parto

Tinha ouvido um zunzum de que poderia ser no dia seguinte, se tudo continuasse bem. Apesar de todo o carinho que recebia ali, não deixava de ser um hospital, com comida de hospital (acho que perdi o peso todo da gravidez logo à conta daquelas iguarias), com companheira de quarto com horários diferentes, choros de outros bebés, pessoas desconhecidas no meu quarto. Sem televisão, sem um sofá confortável, sem a minha cama larga e grande, os meus lençóis, os meus cheiros. Mas essencialmente sem a minha filha mais velha. Que saudades gigantes! Queria voltar à minha casa, mesmo correndo o risco de ter mais dores, de ter uma pirralha a saltar em cima de mim e a pedir-me colo sem eu poder dar, de ter menos acompanhamento, de temer a subida do leite. Apesar de tudo o que tinha acontecido, do maior susto das nossas vidas, de que falei aqui, eu queria voltar à normalidade. Apesar dos meus olhos ainda inchados de tanto chorar na primeira noite, o resto do meu corpo queria reagir, queria pôr-se de pé. A miúda já tinha tido alta um dia antes, só faltava eu. Então o que fiz?

- maquilhei-me: um pó, um bocadinho de blush para me dar uma corzinha, rímel e um batom claro nos lábios - cuidado para não parecerem transformistas no Finalmente

- pus o melhor sorriso possível na cara - não exagerem no sorriso amarelo, senão ficam a parecer a Betty Grafstein (a senhora do Castelo Branco)

- falei com alegria na voz - mas também não queiram ser Anas Malhoas, alegria q.b., acabaram de deixar passar um pequeno elefante pelo pipi ou foram escurtanhadas como se fossem bife do lombo

- disse à médica que tinha ouvido "por aí" que poderia ser nesse dia, com uns olhinhos de Bambi, e que adoraria ir para casa, "se fosse possível, claro" - mostrem que estão preparadas, que querem muito, mas que a autoridade na matéria é sempre a médica, porque qualquer pessoa com dois dedinhos de testa (até tenho uns doze, como se pode ver) e com alguma sanidade mental percebe que o mais importante é ir para casa em segurança.

Fotografia que enviei à Joana Gama antes de ter a visita da médica no quarto ;)

Antes de sairmos do hospital

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