Chamam-lhe o método da caneta verde. Já explico tudinho.
Lembram-se de levar no caderno, que se calhar até decoravam com florzinhas e faziam sublinhados a cor-de-rosa e verde e todas as cores possíveis, horríveis erros marcados a caneta vermelha?
Eu, perfeccionista desde sempre, odiava. Odiava errar. Odiava não ter tudo lindo e limpo e perfeito. Odiava não ter Satisfaz Plenamente ou Muito Bom. Ou 20, no secundário. Um 18 era como se fosse um 14. Sim, eu era esta pessoa. E talvez tenha muito a ver, além do meu feitio, com o método que utilizaram comigo e que terá também moldado a minha personalidade. Um método que sublinha o que está errado. Que destaca, a vermelho, o que fiz de mal. Até podia ter feito vinte vezes bem, mas se fazia uma mal, o lado bom esfumava-se. Ficava com os erros a pontapearem-me os neurónios. Ainda hoje sou assim. Posso ter um dia do caraças, tudo a correr bem, e basta uma coisa sem grande interesse correr mal, que lhe dou toda a importância do mundo. O que fiz bem, o que correu bem, é como se não tivesse acontecido.
E agora está aqui uma coisa que faz sentido! Os meus olhos brilharam ao olhar para este método.
A mãe desta criança explica: "Consegue ver a diferença? Eu não marcava com caneta vermelha os erros,
mas destacava com verde as letras e bolinhas que tinham ficado bonitas.
Ela gostava muito disso. Depois de acabar uma linha ela sempre
me perguntava: mãe, qual é a mais bonita? E ficava ainda mais feliz
quando eu circundava a letra mais bonita com as palavras "muito bem"."
Conseguem ver a diferença para o futuro desta criança? É toda uma estrutura de pensamento que se altera. Esforçarmo-nos para fazer bem, em vez de nos focarmos no que está errado.
Conseguem ver a diferença para o futuro desta criança? É toda uma estrutura de pensamento que se altera. Esforçarmo-nos para fazer bem, em vez de nos focarmos no que está errado.
A análise mais alargada deste método neste site.
O que vos parece isto?