12.07.2015

Fumam? Fumaram durante a gravidez?

Há uns tempos recebemos uma mensagem de uma leitora que queria muito que falássemos sobre o impacto do tabaco na gravidez. Ando, desde aí, a tentar fugir ao assunto, mas acho que não sei bem explicar porquê. Talvez por saber que se for muito franca que vou incomodar algumas mães. 

Eu deixei de fumar assim que sabia que estava grávida (contei a minha relação com o tabaco aqui). Tive sorte porque senti tanta, mas tanta culpa que foi facílimo para mim deixar de fumar. Tentei fumar um para comemorar e odiei, odiei-me. 

Tinha lido que fumar prejudicava a circulação de oxigénio para o bebé e quase que não podia ter lido pior (ainda no outro dia vi isto - imagens de fetos cujas mães fumam).




Já antes de saber que estava grávida e fumava já me sentia horrivelmente por haver essa possibilidade, mas não conseguia deixar. E se não tiver? Não fumo este cigarrinho?

Quando tudo se materializou, teve de ser. Ganhei força. Ganhei força pensando "depois fumo", assim que parir ponho 3 maços na boca para verem o que é bonito.

Não fumar no carro a caminho de casa, não fumar durante discussões, depois do almoço, a meio da emissão... Custou muito mas não custou tanto. Afinal, estava a ser muito forte. 

Sempre pus um peso enorme em mim nisto das primeiras decisões que tomo em relação ao, na altura, meu bebé. A primeira decisão que tomo vai ser tirar-lhe parte do oxigénio? Por o tabaco em frente dele? Fazer-lhe mal?

Fumava 1 maço e meio há muitos anos e deixei de fumar. Primeiro porque estava grávida, depois porque estava a amamentar e agora porque continuo. Tenho saudades? Tenho. Depois virá um segundo filho. Se fumar entretanto ao menos já sei que depois conseguirei tomar a decisão mais certa. 

Circula por aí que deixar de fumar pode prejudicar igualmente os bebés pela ansiedade que a mãe vive por estar a deixar de fumar...

Estava pronta para me refugiar nesse argumento. 

Se estiverem a planear uma gravidez e se forem fumadoras, podem, antes de avançar com tudo, talvez deixar de fumar antes? Assim nem a ansiedade nem o tabaco vos vai prejudicar. 

Encarei a gravidez como o início de uma dieta. Se fizer porcaria no início da dieta, o resto não correrá melhor.

Desculpem mães que fumaram durante a gravidez. Desculpem mães que fumam enquanto amamentam ou que não amamentam, mas custa-me perceber. Conseguem ajudar-me? 

E, a sério, eu adorava fumar.


E actividades para eles?

Não quero ocupar tanto a miúda que mal a veja, não é esse o objectivo, mas visto que passa a manhã inteira em casa e à tarde, então agora no Inverno, nem sempre dá para sair, gostava que ela tivesse assim umas coisas "giras" para fazerem parte da rotina.

Ela tem aulas de música todos os sábados. Fui experimentar há uns tempos uma aula com a Joana Paixão Brás e a Isabelinha e acabei por inscrevê-la. Anda a semana toda ansiosa pela aula e pela professora Carla. Há uma música que é sobre um cavalo em que eles têm de usar uma maraca na horizontal e fingir que estão a montar nele e, durante toda a semana, é assim que apanho a Irene quando chego a casa: de maraca na mão a dizer "pára, cavalo!". 

Porquê música? Porque desde muito pequenina que ela se interessa muito por música (todos os bebés são assim, eu sei), porque o avô tocava bateria e o pai andou numa escola de música (e adora música) e porque eu não queria pô-la já na natação. Ranhos e diferenças de temperatura e cloro na pele atópica... Quando ela for maiorzita, vamos. Ela fica lá na piscininha dela e a mãe vai matar umas saudades de nadar também! 

Tem vindo a aprender imensas coisas nas aulas de música, coisas que vão muito além da música. Como bebé "de casa" além de aprender algumas regras de socialização (ocultas para nós) com outras crianças da idade dela, também aprende a esperar, a respeitar as coisas dos outros (os instrumentos da prof, que estão à vista mas que só pode mexer quando for a música certa), a dizer palavras novas, a estar "no ritmo", lidar com o fim das actividades sem que possa controlar ou pedir mais, ter que se despedir, etc.

Tirada à porta da escola neste sábado.


Estou mesmo muito contente com isto das aulas de música, além de que é mais uma coisa que fazemos juntas (nesta idade, os pais ainda têm de ir) mas queria pensar noutras coisas para fazer com ela durante a semana...  Ou para o Frederico a levar para ir fazer de manhã... Sugestões?

Para quem quiser saber, é aqui que ela tem aulas de música (carote, mas vale a pena).

A diferença ideal de idades entre irmãos

Não existe! Já mo disseram várias vezes e eu acredito. Há quem tenha tido experiências fantásticas com um ano de diferença, com dois, com quatro e outros com oito ou com onze. No nosso caso, a Isabel vai ser mais velha dois anos e dois meses. 

Apesar de ter calhado na margem inferior que tínhamos pensado (assim que pensámos em começar a "tentar", foi logo na mouche, tenho de vos contar melhor isto noutro post), gostávamos que tivesse entre dois a três anos de diferença da(o) irmã(ão). Alguns amigos já disseram que somos loucos e que ainda nem dormimos decentemente, mas achamos que agora é a altura. Preferimos passar a fase mais desafiadora e difícil agora (porque acreditamos que, com a prática e o tempo, as dificuldades vão sendo menores ou a nossa prática faz com que as dificuldades pareçam menores).

Já nos apercebemos que a Isabel ainda não tem bem noção do que aí vem, ainda é muito pequenina, mas tenho a certeza de que vai adorar quando o bebé nascer. Ou mesmo que só tenha noção de tudo um pouco mais tarde. Eu tenho dois anos e meio de diferença do meu e crescemos muito próximos e eu sempre fui uma mana muito babada, adorava fazê-lo rir e era muito carinhosa para com ele. A minha primeira memória é a ter ido visitar a minha mãe ao hospital (não me lembro do meu irmão, sorry! hehe). O(a) mano(a) também vai gostar de ter uma irmã mais velha querida, meiga e rebelde q.b, para a vida.

Se tenho alguns receios? Tenho, claro. Mas até sou optimista e acho que vamos dar conta do recado. Acho que vamos adorar o desafio e estar à altura para dar toda a atenção à Isabel, para tentar compensá-la, e que vamos ter um coração suficientemente grande para albergar dois amores enormes. Não vou deixar de ir ao parque passear com ela por ter um bebé. Irei com ambos, numa ginástica para a qual vou ter flexibilidade. Vamos conseguir!

O bebé que aí vem vai ser muito amado (já o é - e foi incrível a emoção com que o senti mexer-se a primeira vez, tal como senti com a Isabel!) e sinto que vou ser a melhor mãe que ele poderá ter. Sinto que fui talhada para isto, o meu maior sonho era ser mãe e acho - modéstia à parte - que me ando a sair bem com a Isabel. Por isso, não há nada que não vá resultar com um segundo. Mesmo deixando cair uma ou duas bolas no malabarismo, de vez em quando, fazendo alusão ao post da Joana Gama. Sou mais adepta do errar, melhorando. Ou do melhorar, errando. Aperfeiçoando-me mais, sendo mais. Tendo um coração ainda maior, a bater por dois. Acho que todas as dificuldades sairão compensadas, nos momentos de partilha, de afecto, de união. Acho que até eu serei melhor mãe depois desta nova aventura. Assim o espero.