10.12.2015

Assadura enorme!

Eu sei, eu sei o que isto vai parecer: "ah... elas têm uma ligação qualquer à Mustela, na volta a miúda até tinha o rabo mais hidratado que a cara do Carlos Costa e está a inventar um post qualquer para falar disso para ganhar uns trocos". 

Não, não e... A cara do Carlos Costa é hidratada? Uhhh Sabem mais do que eu!

Esperem, temos sim uma ligação à Mustela. Somos embaixadoras Mustela praticamente desde o início do nosso blogue, mas juro que isto não é nada combinado. 

Feitas as apresentações... queria mesmo partilhar isto convosco para não andarem a por coisas muito agressivas no rabo dos bebés. Coisas com alumínio e não sei quê. Eu sei lá.  Eu acho que "se se vende na farmácia é porque é bom" e... nope. Nem sempre é assim. Tal como no resto da vida (uhhh) na farmácia há coisas menos boas que outras. 

A Irene, na semana passada, estava com uma assadura tão, mas tão grande que, quando fazia xixi, chorava e queixava-se imenso. Eu já não sabia o que fazer. Já não uso toalhitas há algum tempo (às vezes usava para os cocós mais à vontade na fralda) e, mesmo assim, estava com tanta pena dela, mas tanta que enviei uma mensagem à pediatra - vejam o desespero.

Das outras vezes resultava aplicar o Cicalfate (pomada mais do que milagrosa em milhares de situações, bendita seja, ela e o Fucidine para desencravar pêlos nojentos), mas desta vez nada ajudava. 

Falei com uma das meninas da Mustela e disse-lhe "olha lá ó coisinha (estou a brincar :)) o que faço ao rabo da minha miúda que está todo assado e nada ajuda? Desconfio também que a vossa pomadinha do ursinho não vá fazer grande coisa que aquilo está mesmo... do piorio!".

Ela disse-me: "usa estes dois produtos (foto em baixo),  pões o primeiro numa compressa e limpas o rabito (ou duas, não convém ser forreta nestas coisas) e, no final, em TODAS AS MUDAS besuntas-lhe a peidola com pomada". 

Não, ela não falou assim, não disse peidola.

Acreditam que num dia a miúda ficou impecável? NUM DIA! NUM DIA!

Eu sei que pôr leitinho materno no rabo ajudaria muito, ainda fiz uma vez, mas pareceu-me pouco prático. Queria também uma solução para próximas vezes e as mamas do pai e da avó não dão assim lá muito leite. 


Funcionou e são produtos de confiança. Vocês sabem. 




10.11.2015

Odeio ser mãe em part-time.

Mais um fim-de-semana a chegar ao fim. Como sempre, os dias esticaram mas passaram a correr, numa incongruência que nem eu consigo explicar. Principalmente depois de uma semana em que fui mãe em part-time.

Três dias em que cheguei a casa e ela já dormia. Num desses dias, quando saí de casa, ela ainda estava a dormir. Não é fácil não estar. Não é fácil sentirmos os nossos filhos, no dia seguinte, mais lapas e carentes do que nunca, com medo da separação. Depois chegou o fim-de-semana e fui mãe a 100%. 

Hoje dormiu uma hora da sesta em cima do meu peito. Pude sentir a respiração dela, acalmar-lhe um pesadelo, olhar para aquela cara de anjo, com esgares e sorrisos. Senti o cheiro, dei-lhe festas no cabelo, já molhado do calor dos nossos corpos, observei mais uma vez aquela boca pequenina. A mão dela ajeitava-se no meu peito e dava-me festinhas. Senti-a tranquila, confortável. Adormeci com ela. E assim ficámos uma hora, naquele aconchego. Devíamos poder ter momentos destes, em que o tempo parece parar, todos os dias. Por ela, por mim. Ela merece, eu também mereço ser mãe, sempre. 

Não quero ser mãe de fim-de-semana.

Não sou substituível na vida da minha filha. O meu cheiro, o meu abraço, o meu sorriso, as minhas caretas... São só minhas, são só nossas. Só eu sou mãe dela. Aqueles minutos antes da Isabel adormecer, em que somos uma só, unidas pelo maior afecto que o mundo há-de conhecer, esses minutos não dão para compensar. Nem na sesta que dormimos hoje. Perderam-se. Andam a perder-se vezes demais. 
 

Olhos de mãe deveriam estar sempre assim: grandes, abertos, comovidos com todas as descobertas deles

Mais mães por aí com este sentimento de culpa?

A nossa casa num domingo de manhã

Há quem publique fotos de lindos pequenos-almoços de domingo. Casas arrumadas. Crianças muito arranjadinhas.
A minha casa, num domingo de manhã chuvoso, tem este aspecto. Começa no quarto da filha, passa pela sala e estende-se à cozinha, com caixas e colheres de pau espalhadas. A filha ainda está de pijama e tem ranhoca no nariz e nas mangas da camisola.



E sabem que mais? Adoro! 

Vá, dispensava o ranho.