9.17.2015

Foram enganados pela Joana Gama.

Com que então acharam mesmo que a Joana Gama era este pedaço de mau caminho?


Não se deixem enganar. E não, não vou esfregar os cotovelos na parede até fazer sanguinho, já dizia a Lucy. Vou provar-vos isto que vos digo. Ora então deixa-me lá procurar aqui no meu telemóvel.

É com esta pessoa que eu divido o blogue:




Reposta a normalidade, agora sim, podemos falar da Joana Gama. O que conta é o interior.
A Joana é ser um humano especial (e com esta expressão do mais piroso que há, ela estará a vomitar. Ou então foi do Big Mac e das batatas XXL com molho e ketchup que afiambrou ao almoço). 
A Joana é autêntica, directa, inteligente, sarcástica.
Este blogue não seria nada sem ela. Seria um "a mãe sabe assim-assim", cheio de cor-de-rosa e sentimentos assolapados e perderia a espontaneidade e aquilo que nos faz rir.
Blogue à parte, sei que a nossa amizade, apesar de ser apenas de 2013, vai durar pelo menos até 2063, já bem velhinhas e um bocado carcomidas e já com os nossos netos a curtirem dançarem no Urban.

Parabéns, Joana. E obrigada. Por seres quem és. Estou a gozar, não escrevi isto. Vamos lá de novo. Obrigada Joana, por tentares ser sempre melhor e por essa loucura que fez com que me apaixonasse por ti. Isso e por seres esta bomba.


 Mas também esta...


E esta.



Sigam-me no instagram @JoanaPaixaoBras
e o @aMaeequesabe também ;)

9.16.2015

É SÓ um bocadinho!

Quando estava grávida passava horas ao telemóvel, instalei aplicações parvas e perdia ali tempo, porque me apetecia. Quando amamentava durante a noite, nos primeiros meses, tinha de estar ao telemóvel para não adormecer. Chats, grupos e artigos sobre os 10 alimentos que não pode dar ao seu bebé ou as fadas do sono. Já a miúda tinha mamado, arrotado, adormecido e eu continuava ali, alienada.

Depois, já mais crescida, enquanto ela estava a brincar um bocadinho sozinha, lá estava eu no Facebook ou a ler um artigo qualquer. Enquanto os legumes não acabavam de cozer, mais uma espreitadela no WhatsApp, responder à Joana, ir até ao Messenger responder à Marta, uma breve passagem pelo Instagram, actualizar o feed e espreitar as últimas publicações, porque "são uns segundos". À mesa, "olha que gira a comer tão bem bróculos", vai de registar o momento. Depois do banho, com ela a desarrumar gavetas ou a dar comida aos bonecos, vai de tirar uma fotografia para enviar para as avós ou publicar numa qualquer rede social. E aproveitar para espreitar as últimas publicações no Facebook, fazer um like na foto da Raquel, enquanto ela está ali entretida. "Jantas?", pergunto ao David. E ele responde e ainda trocamos mais umas mensagens sobre o dia dela e as novidades da creche e o quão crescida ela está, mas não fez cocó nem dormiu grande coisa. Pelo meio, mais uma mensagem não sei de quem, mas é melhor responder já, antes que me esqueça. Ah! E agendar a consulta dela. Pelo meio, faço uma macacada qualquer e ela ri-se. Vem mostrar-me o urso e fazemos uma festa. A avó responde à fotografia com um "que saudades" e respondo de novo. E chega um email de trabalho que diz "É já amanhã, fazemos?" e é melhor responder, a este, porque é urgente.

Entretanto já tenho a criança a esfregar os olhos, cheia de sono, e já não vou a tempo de lhe contar a história como deve ser. O tempo passou e eu perdi o olhar de espanto dela a descobrir a mola do cabelo entre os legos, perdi o sorriso quando encontrou o urso Zé e tão pouco me apercebi do ar vazio quando viu que eu não estava a olhar para ela. "Mamã!" "Sim, filha, a mãe está aqui!" Não está. Estar aqui não é nada disso. Afinal não tirámos SÓ um bocadinho da noite para as nossas coisas. Vai-se a ver e, afinal, SÓ estivemos um bocadinho com os nossos filhos. Estar de estar. Com olhos de ver, com corpo e com alma. De participar, de brincar, de conversar. Não é por acaso que a minha filha sabe muito bem qual é o telemóvel da mãe e qual é o do pai. Não é por acaso que quando os vê espalhados pela casa, os vem entregar, respectivamente. Não tem piada. Não é assim tão giro. É um espelho do que ela viu.

Fomos a tempo de perceber que tínhamos de mudar. Decidimos, há uns meses, que durante a semana não há telemóveis, desde o momento em que chegamos a casa até ao momento em que ela se deita. Há excepções, claro, mas fazemos um esforço, consciente. Nada é assim tão inadiável. Nada é mais importante do que passarmos tempo de qualidade com os nossos filhos. Fica a reflexão para quem precisar, mesmo que precise SÓ um bocadinho.

Faço 29 anos.

Parabéns a mim e a toda a gente que me atura e que gosta de mim, que tem o dom de me conseguir aturar. Decidi, porque poderá haver alguém interessado, contar-vos um pouco mais de mim. Ainda mais? Sim. 

Claro que tinha de escolher uma em que estivesse bem, não é? E dá para ver que não me injecto nos braços, o que é sempre bom.


Joana, nascida a 17 de Setembro de 1986. Loira, de olhos verdes. Usei aparelho. Filha da Mãe Sílvia e do Pai Filipe, respectivamente juíza e professor universitário/engenheiro químico. Família de Melgaço e família da Amadora. Nasci na Damaia (no Hospital Particular), mas no BI dizia Damaia. Durante a maior parte da minha infância vivi em Portugal inteiro enquanto a minha mãe estagiava em vários tribunais. Lembro-me, por exemplo de Cartaxo, Grândola, Sto. André, S. Tiago do Cacém, Rinchoa... "Lembro-me".

Só via o meu pai aos fins-de-semana visto que ele continuava a trabalhar em Lisboa. 

Aos meus 6 anos divorciaram-se. Fiquei com a minha mãe e com o meu padrasto João. Fomos morar para Oeiras. Da escola primária nº2 da Rinchoa passei para o Colégio Princesa Isabel em frente à estação de comboios de Oeiras e aí fiquei durante a 4ª classe, tinha de usar farda e eu gostava. Passava todas as sextas com o meu pai e fins-de-semana alternados. Incialmente em Linda-a-Velha, depois na Reboleira, na casa do meu avô. 

No 5º ano fui para o Colégio Quinta do Lago em S. Domingos de Rana e fiquei por lá até ao 9º ano. Gostava de todas as disciplinas, mas mais de línguas, claro. Odiei a parte dos Vulcões em Ciências da Natureza e não conseguia gostar de história. No sexto ano, por ter sido a única aluna a ter positiva num teste de Ciências e de 80 e tal porcento, a escola propôs mudar-me de turma para a dos que já lá estavam no colégio desde o infantário (a turma A). Chorei muito por deixar os meus amigos, mas depois tudo acabou por ficar junto no 7º. 

Fazia natação e andava no Inglês. Também fiz Judo e houve uma vez que fui a uma aula do Coro, mas não deve ter corrido bem. 

Caía sempre em todos os períodos em educação física. 

Algures pelo meio de tudo isto tive um dos grandes amores da minha vida, o meu irmão Pedro (filho da minha mãe, mais novo que eu 10 anos).

O meu padrasto João estudava comigo e revia a matéria. Até que pedi para ser independente (não sei bem quando, mas aguentei-me à bomboca). 

Escolhi humanidades e fui no 10º ano para o Liceu de Oeiras. No 11º fui morar com o meu pai para Lisboa e fui para o Maria Amália. Depois no 12º preferi ir para o Liceu Camões. 

Entre ir para o conservatório fazer teatro ou ir para Comunicação Social, acabei por ir para Comunicação Social. Apesar de adorar representar (descobri isso nas aulas de Orientação de Expressão Dramática no Camões) senti que não estava a ir para essa área por motivos honestos. Acho que só queria estar em cima do palco e que, se gostasse mesmo de teatro, já teria ido ver umas peças voluntariamente. 

Fui para Comunicação Social na Universidade Católica Portuguesa de Lisboa. Ganhei o gosto pelo estudo e adorei o curso. Foi só 3 anos (bolonha), mas cresci imenso com ele, em método. Infelizmente pouco ou nada apliquei do curso na minha profissão. 

Algures aqui pelo meio tive outro amor da minha vida, o meu irmão Tiago (filho do meu pai, mais novo que eu 20 anos).

Por causa de Bolonha, comecei logo a enviar currículos a meio do segundo ano/terceiro (não me lembro) a dizer que a minha média final prevista seria de 15 para me chamarem o quanto antes e não perder tempo. Queria muito sair de casa asap para ter mais privacidade e liberdade. 

Fiquei quase que imediatamente no Grupo Renascença na Mega Hits, o que também fez com que me borrifasse para o suposto Mestrado em Novos Media e Praticas Web na Universidade Nova de Lisboa. Estive para escolher entre um trabalho muito bem remunerado como account numa empresa internacional ou um estágio não remunerado na Mega e escolhi a Mega. Só por ser a minha rádio preferida, não por alguma vez ter tido o sonho de fazer rádio. Ah! Também porque me dizem que sou muito comunicativa e que ia ter jeito, blá blá. 

Fiquei na Mega. Saí de casa. Fui para uma casa alugada, mobilei-a com as mobílias que tinha no meu quarto da casa da minha mãe e da do meu pai. Comecei por ser animadora da noite na Mega Hits, depois da Tarde, depois da Manhã (10h-14h). A minha melhor amiga deu-me um gato, a Bubbles. Não tinha muito dinheiro para "viver". Pagando as compras, contas e fumando... pouco restava. Apercebi-me que um kg de arroz não é muito caro e que mata a fome também.  Depois passei a ganhar mais um pouco.

Fui fazendo cursos e workshops pelo caminho de fotografia, teatro, stand-up comedy. Comecei a fazer stand-up comedy, mais tarde teatro de improviso ou comédia de improviso na Comuna. Também apresentei rubricas na Sic Radical e fiz alguns festivais em televisão.

Conheci o meu marido num espectáculo de stand-up comedy, ele estava a assistir. 

Fui convidada para apresentar o Café da Manhã da RFM e apresentei. Fiquei com demasiadas saudades da Mega Hits e voltei. 

Apresentei as manhãs com o Paulo Pereira no "ProGama da Joana". 

Casei. 

Engravidei. 

Escrevi um livro.

Tive a Irene. 

Lancei o livro "Estou toda Grávida". 

Licença de maternidade.

Licença sem vencimento de um ano. 

E em Novembro volto à Mega Hits. 

Foi mais impessoal o que vos escrevi hoje? Sim. Mais curto e grosso? Sim. 

Foi para variar! ;)


29 anos... ...