10.14.2018

O nosso casamento!

Foi o dia mais feliz das nossas vidas, ou o terceiro mais feliz, como se isso importasse. Casámos. 9 anos e duas filhas depois, casámos.

Estávamos todos juntos, eu, tu, as nossas filhas - os amores das nossas vidas, os nossos pais, irmãos, primos, os tios, os nossos melhores amigos. A minha avó Rosel, a tua tia-avó Gina, o filhote de 5 meses de uma das minhas grandes amigas, que veio de Londres. Os filhos dos amigos, que tinham visto nascer este nosso amor. As amigas de infância, o teu melhor amigo de infância, os amigos do primeiro trabalho e do segundo. Os meus melhores amigos, os meus padrinhos, que nos ajudaram em tudo. Os teus padrinhos, que discursaram e emocionaram. 
66 pessoas lindas que connosco choraram, riram, brindaram, que connosco trocaram palavras, que connosco dançaram... elas e os filhos delas, foi uma festa.

Estavas nervoso, disseste-me de manhã. Choraste na cerimónia. Muito. Bem mais do que eu esperava, bem mais do que tu esperavas. E isso é bom. Só é bom. Trocámos votos, escritos com o coração, e foi muito, muito emocionante. E, depois, ainda vieram os nossos padrinhos, deixar-nos novamente em lágrimas. Falou-se de amor. Contou-se a nossa história. Falou-se de lágrimas, de sentimentos e da falta que nos faz verbalizá-los. 

Foi mágico, meu amor. Obrigada por me teres realizado este sonho antigo, que passou a ser também teu. A forma como me disseste que estavas a adorar o dia voltou a comover-me. Eu sabia. Foi incrível. E as surpresas? O vídeo que me apanhou desprevenida e que voltou a meter-me a chorar e em que soltámos grandes gargalhadas, a música que te cantei, a dança (imprevisível?) com o meu pai. Até o fado da Mila, a dança com as miúdas, que se aguentaram até altas horas... Estavam tão felizes as nossas meninas!...

Foi perfeito. Simples. Romântico. Casava outra vez contigo. Casemos tantas vezes quantas queiramos. Só os dois, num areal. Com elas. Com os nossos. Pela vida fora.

Fotografia - Yellow Savages

Com uma banda sonora maravilhosa (Tiago, és muito bom!). Com pessoas talentosas, queridas (que são já amigas), a ajudar em tudo, a registarem tudo, a solucionarem tudo, com o maior dos sorrisos. Também para eles o meu obrigada, o nosso obrigado. 

Desde os convites, aos marcadores nas mesas, ao topo do bolo... a Molde Design esteve irrepreensível, são os maiores. 
As fotógrafas já são "da casa", já nos conhecem, já sabem com o que contar e eu sabia que tinha de contar com elas: Joana e Inês, obrigada.
Renata, meu Cravo, és linda! Foste uma peça chave neste dia, por me teres ajudado a definir o conceito, os detalhes, a gerir tudo e todos e pelo carinho e tranquilidade que me passaste no dia.

E o vestido? Não poderia ser mais eu. É a minha cara. Clássico, da Stoa, com um toque diferente (aquelas bolinhas roubaram o meu coração), romântico, leve... ficou perfeito, Margarida e Catarina (e Milu). O toucado, também da Stoa, foi o escolhido, depois de muitas hipóteses. Tinha de ser aquele. Tem tudo a ver com o vestido e com o penteado da minha Nela, um amor de pessoa, tão querida que eu já não largo. A Patrícia transformou-me numa princesa, disfarçou-me as borbulhas e as manchas e deixou-me com um olhar ainda mais brilhante. Talvez elas nem sonhem, mas aquelas horas antes da cerimónia, com elas, tão meigas e tão divertidas, fizeram com que eu não estivesse nada nervosa. Ou quase nada, vá. Os sapatos eram umas sabrinas rosa, rasas, com uma mensagem gravada, "Até Velhinhos", da And I Wonder.

As nossas filhotas estavam maravilhosas! Com vestidos da Amor comLaço, que eu já não dispenso nos dias mais importantes, que me faz tudo à medida e conforme eu peço. As coroas eram de uma delicadeza e ficaram perfeitas: são da Cata Vassalo. E os sapatinhos, simples, com corda, e confortáveis - muito importante - da Hierbabuena.

Fotografia: The Love Project
As babystitters e animadoras foram das primeiras coisas a fechar! Com tantas crianças não podiam faltar. Adorei as três meninas da On Nanny, com pinturas faciais, balões e paciência, e os pais puderam jantar descansados. Mais do que aconselho. E, claro, a Maria das Festas adoçou-nos a boca com um candy bar lindo com gomas, pipocas e doces. Espero não me estar a esquecer de ninguém. 

E agora, as fotografias. 










 







 

 


















Para quem se for casar, ficam as nossas sugestões, porque não mudava um milímetro:

GERAL
Wedding Planner - Cravo
Convites, menus, sitting plan, marcadores, vinis, cake topper - Molde Design Weddings
Fotografia - Yellow SavagesThe Love Project
Vídeo - QFilm
DJ - DJ Worp

NOIVA
Vestido Noiva - Stoa Atelier
Toucado - Stoa Atelier
Sapatos - And I Wonder
Maquilhagem - Patrícia Marques
Manicure - Sparkl
Extensão de Pestanas - 2be

Fato Noivo - Giovanni Galli

MENINAS
Vestidos Meninas - Amor comLaço
Coroas - Cata Vassalo
Sapatos - Hierbabuena

CRIANÇAS
Candy Bar - Maria das Festas
BabySitters - On Nanny

OUTROS PORMENORES
Livro de Honra - Rosa com Canela
Câmaras Instantâneas - Fnac


Farei posts mais específicos sobre cada coisa, com mais pormenores, que tenho fotos até 2025, no mínimo (e porque, perdoem-me, este é um tema que me diz muito! Eheh)

Espero que tenham gostado. <3 

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10.10.2018

O Capuchinho Vermelho Politicamente Correcto

Era uma vez uma menina (ou menino ou outro género qualquer ou não género, mas parece uma menina ao longe e tanto quanto se sabe) cujo nome não é necessário para o caso, mas que era conhecida pelo Capuchinho Vermelho (ou Verde, ou Amarelo porque não era indicativo de preferência futebolística). A mãe fez uns bolos (não sabemos se era fim-de-semana ou dia de semana, estava em casa, mas nada indica que não tivesse um emprego importante nalgum sítio, não que estar em casa não seja um trabalho de grande impacto e muito importante também) para que a/o Capuchinho Colorido levasse à sua avó. 

A mãe, preocupada com a filha e porque andar na floresta podia ser perigoso... chamou um Uber (não é normal que as crianças andem sozinhas por sítios perigosos) e ficou atenta ao trajecto desta para saber se tinha chegado bem à casa da avó. O condutor era daqueles que falava muito e que só dizia piadas parvas (não que todos digam, mas há uns que sim, como há em todas as profissões) e chamava-se Nuno Lobo. Uma das piadas foi que os bolinhos que a Capuchinho Colorido levava eram biológicos mas que, depois, iam dentro de um recipiente de plástico cheio de BPA. A Capuchinho Colorido não gostou e pediu para sair ali num semáforo perto da casa da sua avó. 



Foi o resto a pé, porque quis e, quando chegou à casa da sua avó, a porta estava aberta. Viu na cama que estava o Nuno Lobo vestido com as roupas da avó, mas não quis julgar. Achou que podia ser "a cena dele" e, por isso, preferiu alinhar para que ele não se sentisse incomodado. 

"Ai avó, mas que olhos tão grandes que tens..., mas que nariz tão grande que tens... mas que boca grande que tens..."

"É para te... assustar com o meu ladrar e uivar!"

A Capuchinho não ficou assustada porque sabia que ainda podia dar um mau rating ao Nuno Lobo. Disse-lhe para se acalmar, controlado a respiração e fazendo com que respirasse mais pelo abdomen e menos pelo peito. O Nuno Lobo acalmou-se. 

Depois dos dois calmos a Capuchinho perguntou pela avó. Estava dentro do armário. E afinal era só uma brincadeira que tanto o Nuno como a Avózinha tinham aprontado. Lancharam os três os bolinhos de espelta biológicos e, depois, o Nuno teve que ir porque o carro não era de negócio próprio e tinha um senhor que era caçador a querer ir ao Solinca para fazer um treino de força.