11.26.2017

Cérebro de cocó (perdão, de mãe)

Há um estudo que diz que o cérebro muda depois de sermos mães. Felizmente para melhor, dizem. Com a maternidade (com a paternidade nada parece mudar, segundo este estudo), o cérebro assume uma configuração que parece traduzir menor ansiedade e mais capacidade de lidar com o stress, assim como uma melhoria da memória.

Quando fui ler, achei, claro, que seria o contrário. Tipo o da imagem:

Imagem BabyCenter

Nos primeiros tempos, pelo menos, sentia-me extremamente burrinha, sem memória, parecia que o só tinha o tico e o teco a funcionarem. Palavra. Felizmente melhora e ficamos uma espécie de Super Mulheres.

Uma vez, estacionei na bomba, fui pagar, entrei no carro e fui-me embora. Sem abastecer. Sim. Contei-vos aqui. Bem, comparado com o que uma pessoa da minha família fez (não vou dizer quem, para não ferir susceptibilidades), foi peanuts. Essa pessoa arrancou com a mangueira da gasolina no depósito. Bonito.

Quero saber: quais os maiores disparates que já fizeram por estarem cheias de sono, cansadas, a gerir mil coisas ao mesmo tempo. Vamos eleger a mais disparatada? Quem tiver mais likes nos comentários no Facebook ganha (uma mão cheia de nada) :)

Façam-nos rir! Boa sorte!

P.S. Lembrei-me de quando a Joana tentou amamentar o pé da Irene. Onde anda esse post que me fez chorar a rir? Vou tentar encontrar.


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11.24.2017

Não pedia tanto.


Não pedia tanto. 
Aliás, nem pedia, nem pedi. 
Depois de te decidir, não esperei nada de ti. Apenas de mim. 
O peso da barriga era equivalente ao peso em cima de mim, dos meus ombros, das minhas costas. Tudo tenso à espera do primeiro momento para falhar e para me culpar. Pronta para, mais uma vez, dramatizar o negativo e relativizar o positivo. 

Não pedi nada. Há algo em muitas de nós que não nos faz sentir merecedoras disto.
De um amor que cresce em nós e que, depois, nos abraça. 

Nunca pensei. Nunca tentei imaginar como serias. Nunca consegui visualizar o quer que fosse. Porque não consigo, porque não sou capaz e ainda bem. 


Tendo vindo a amar-te aos bocadinhos. Nunca conseguiria aguentar com este amor todo depois do nosso parto. Tenho de o saborar assim, aos poucos. Conforme vou conseguindo.


Mas tu, tu desfazes-me. Tu e as tuas palavras e a autenticidade dos teus gestos e sentido de oportunidade.

Tu que ontem à noite me chamaste "porque tenho saudades tuas, mãe, fica aqui ao pé de mim". Tu que hoje de manhã me disseste "mãe, tenho saudades tuas". Tu, sua minorca de três anos, que me alteras aquilo de que julguei ser feita apenas com um toque, olhar ou palavra. 

Tu que não queres cortar o cabelo ou que fazes questão de misturar riscas com flores. Tu que queres as mãos do boneco direitas ou que não me deixas carregar no botão do elevador. Tu, minha pequena tudo, que mesmo sem me teres deixado dormir durante 3 anos, me colores as entranhas. 

Sinto que nunca nada chegará, mas o sentimento de poder tentar traz-me uma gratidão imensa nem que seja por te ouvir respirar quando me deito depois de ti. 

Não fui eu quem te deu vida. Foste tu. Minorca. 


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