10.26.2017

E se o Natal fosse mais cedo?

Ahhh!! Sonho de qualquer criança. "Afinal não tens de esperar até Dezembro, porque... o Natal é já hoje". 

Quando era mais pequenina lembro-me de viver as festas de Natal da empresa e da escola como dias de Natal e é isto mesmo que é o Concerto de Natal do Ruca. Uma oportunidade de mergulhar no espírito natalício, vendo os olhos deles a brilharem por verem o bonequinho da televisão ali em cima do palco e, no fim, se calhar até abraçando-o.


É o equivalente a vermos o Jackson Avery em palco a dançar em tronco nu e, no final, podermos ir dar-lhe um abracinho com o corpo todo, digo eu. 

Fomos o ano passado e além das miúdas se terem divertido muito, é algo de que a Irene ainda fala. É sinal de que foi bom, como vocês sabem. 




Temos convites para vos oferecer para o Concerto de Natal do Ruca. :)

Aqui no blog: um duplo para Lisboa e um duplo para o Porto. 

Lisboa, 12 de Novembro  e Porto 26 de Novembro. 




O que têm de fazer? 


  • Seguir a Lemon no Facebook 
  • Comentar este post com a cidade onde queres ir ver o Concerto de Natal do Ruca + identificar três amigas. 


                       


Partilhar o post do Facebook publicamente no teu perfil

E depositar 100 euros na minha conta. ;)

Simples. 

Divulgarei os vencedores em resposta à participação no post. Easy ;) 


Mais informações sobre o espectáculo aqui







Ainda vivemos na pré-história?

Não é costume levar a minha filha ao centro-comercial. Confesso que, quando vou às compras, prefiro que seja um momento mais para mim, em que posso ter headphones e fazer escolhas devagarinho, sem ter que me preocupar com mais nada, nem sobre maneiras de dizer não à Irene que não lhe vou comprar aquilo ou isto.

É normal que ela queira tudo. Isto do consumismo apela muito a este lado mais pequenino nosso. O desejo imediato de algo que não precisamos para sentir aquele high de novidade e posse, mesmo que acabe esquecido 20 minutos depois algures dentro do carro ou dentro de um armário. 

Ela tem 3 anos. Vê coisas que são postas propositadamente ao nível dela, coisas com desenhos que são apelativos, músicas e que alimentam um mundo de fantasia que se retroalimenta com o merchandising. São tudo truques para gastarmos dinheiro que nos custou a ganhar com a ausência da vida dos nossos filhos. É dinheiro que custa o dia inteiro no trabalho e eles o dia inteiro na escola. É dinheiro que nos faz responder a mails fora do horário e a atender a telefonemas enquanto eles nos pedem para nos sentarmos e olharmos para a casa de Lego que estão a fazer. 

Este dinheiro, mesmo que seja um euro aqui e um euro aqui tem de ser gasto em nós, para algo que nos faça sentir algo mais que um kick momentâneo ("nem sempre" - penso eu se receber a newsletter da Zara). 


Não é habitual ir com ela, mas fui. Ao sair das escadas há uma máquina daquelas que tem uma garra e que tira bonecos. Quando se põe um euro, tem-se duas vezes para tentar e, na hipótese de não sair o boneco, legalmente estão protegidos porque dão um rebuçado, deixando de ser assim um jogo de "sorte ou azar". 

É, aos meus olhos, triste que este tipo de indústrias viva degradando o sistema de pensamento da criança e que tal seja sempre estrategicamente posto, como uma armadilha, para não dar para fugir. Claro que depende dos pais o que decidem ou não decidem (ou, se nem sequer se apresenta como algo a pensar como em muitos e isso é com cada família, claro), mas acho que devíamos ter uma sociedade mais protectora das crianças.

Bem sei que há crianças que nem têm o que comer, que nem têm com quem passear, sei tudo isso. Porém, não podemos deixar de olhar para tudo com vontade de fazer parte da mudança, mesmo tendo consciência e dor de que existem sempre problemas maiores e tão maiores. 

O tipo de publicidade para crianças na televisão (evito os canais de desenhos animados com publicidade por causa disso), os produtos à altura deles, os desenhos animados feitos já a pensar no merchandising... Fazemos parte de um esquema muito, muito grande e em que o objectivo é deitarmos fora o dinheiro que nos custou horas de distância dos nossos filhos e mais dinheiro a pagar quem toma conta deles por nós. 

Podemos não pensar nisto porque já temos de pensar em tanta coisa, mas podemos também pensar nisto e tentar criar um futuro diferente, com outros automatismos mais saudáveis para os nossos filhos. O automatismo de beber água, de arrumar as coisas que desarrumam, de serem solidários, empáticos... 

Parece que não, mas acordei bem disposta. Esta merd* das máquinas e de haver armadilhas que nós, homens, pomos para nós mesmos é que, às vezes, me deixa um pouco revoltada.

Tendo consciência, claro, que terei os meus telhados de vidro. Sempre. 






a Mãe é que sabe Instagram



10.23.2017

Sou uma farsa.

Não sou blogger, sou uma farsa. Blogger no sentido que mais vejo a ser-se blogger hoje em dia (no meu circuito de pessoas e interesses, claro) é ter uma noção de estilo muito própria ou, então, ter um prazer incrível a ver tudo o que outras bloggers fazem e ter uma espécie de condão que, ao unir tudo, parece que o resultado é sempre uma casa de catálogo. Ou uma modelo. Que nervos.


Quando estava junta com o pai da Irene, a ideia era deixarmos de morar em minha casa. Estávamos a construir uma casa juntos e com todo o tempo e impedimentos que isso demora ou tem, não podia tratar a minha casa como casa. Estava sempre à espera de saber o que é que nos ia acontecer. Não gostava desse sentimento, dessa falta de controle e de não poder investir nesta casa sabendo que seria um desperdício de dinheiro.

Felizmente assunto arrumado. A Irene e eu vamos ficar aqui durante muitos anos e, por isso, está na altura de completar a casa. 
Perguntei-lhe, sabendo a resposta claro, qual era a cor que ela queria no quarto e foi: cor-de-rosa com brilhantes!

Avisei-a que os brilhantes eram bastante improváveis, mas afinal não! Não se conseguem ver bem nas fotografias, mas a parede das riscas está cheia de brilhantes lindos que, quando bate a luz, ficam mesmo... encantadores. 





Luz de presença da Mr. Wonderful


O que mais me surpreendeu foi o serviço da Pigmenti Total. O Pedro, dono, é um amigo meu. Certifiquei-me com ele de que tudo o que correu cá em casa era procedimento normal dos empregados (quem me pintou o quarto da miúda foi o Miguel, um primo dele, um querido) e é. Não me sujaram minimamente a casa. Tudo muito bem isolado, protegido, varrido e limpo. Não fosse o cheiro a tinta durante uns dias (lá teve a miúda que dormir comigo - que chatice #soquenão) e quase nem repararia que tinha havido "obras". 

Este trabalho é tão simples para o Pedro que acho que até ficou algo decepcionado, ahah. Ele é para o arrojado no que toca a projectos e mostrou-me possibilidades super interessantes e modernas. Acho que desde que se sonhe, é possível. Até tinta de ardósia às cores ou mesmo tinta para fazer as estrelas que brilham no quarto em vez dos autocolantes que também se notam durante o dia.

Tomei balanço e aproveitei para dar um toque tanto na parte da secretária na sala de jantar (a casa sempre foi um T2 porque não queria ter filhos, o escritório é agora o quarto da Irene que viram ali em cima) como no corredor do hall. Nem imaginam a minúcia das garotas (simpáticas) da Triângulo d' Ideias... Mediram tudo ao milímetro. Que profissionalismo, lá está, recomendação do meu amigo Pedro. 



Isto é uma piada privada (para mim, já que é a minha casa, faz sentido). No meu trabalho, como criativa, estão sempre a pedir-me soluções "fora da caixa", "disruptivas" e "fun". No fundo, depois, até nem querem, mas gostam de pensar que sim. Mas pronto, é linguagem comum da malta que pede coisas. Faz-me rir. A parte de ser vinyl e não viníl foi para ser ainda mais disruptivo, ahah. 

Simples e a password só eu sei o que é (por acaso já me esqueci, mas a ideia era boa, tenho a certeza que sim, devia ser tão disruptiva e fun que me esqueci)

Quase que parece quarto de filha de blogger? E a casa, também? Sei que um dos truques é puxar o branco ao máximo para não parecer que moro numa casa antiga, isso fiz. :)

Ficam as recomendações da Pigmenti Total e da Triângulo d'Ideias para as vossas febres de Querido Mudei a Casa, mas sem ter o Gustavo a vendar-vos (o que poderá ser bom ou mau consoanate os gostos e horas de sono, ahah).


Querem que convença esta malta a fazermos um passatempo e oferecer um vinil e um quarto a alguma de vocês? Estariam interessadas? ;)



a Mãe é que sabe Instagram