8.29.2017

As primeiras férias só com a mãe.

Chegámos ontem. São as primeiras férias desde que o pai da Irene e eu deixámos de estar juntos. Tive a ideia de convidar a minha melhor amiga Susana para vir connosco, ela é a "Tia Susana" e nós somos "o clube das amigas". Um dia mostro-vos o nosso sinal tribal. 

Fiz a minha primeira viagem devagar - vinha à conversa. Não olhei para que horas eram e não estava tão importada assim se ela faria sesta ou não. "Férias são férias", descubro eu o que isso quer dizer. 

Chegámos ao Vila Galé Clube de Campo em Beja. Toda a gente nos disse que era indicado para crianças por ter piscinas, quinta pedagógica, parque infantil, muito sítio para eles correrem e cá estaremos até quinta. As três no mesmo quarto, o clube das amigas. 

Estou deslumbrada e a ver tudo em câmera lenta. A Irene está e parece feliz e melhor do que isso só se eu já coubesse num 36.

Agora já me ensinaram como se senta num baloiço sem parecer que a seguir vou pegar num Luís Simões - são uns camiões que estou sempre a ver na auto-estrada. 

Não há onde secar os bichos, improvisamos. Férias é isto: descomplicar. 

Aproveitar a melhor amiga para me libertar de algumas tarefas. 

Já mandei vir um da net lá para casa, espero que se adapte bem a um T2. 

2 minutos antes de uma grande birra. 

Com a grande birra a acontecer, mas também a acontecer um grande gémeo. 

Costumamos gritar "a mãe vai para o chão", por causa de uma brincadeira no verão do ano passado. 

A fotografia que fala amor. 

Uma enorme vaca que por cá anda. 

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8.28.2017

As birras da Irene

A Irene faz birras. São sempre razoáveis. A Irene tem três anos. 
As birras da Irene são porque quer algo e não consegue ou não tem ou não dá. 
As birras da Irene são adoráveis porque é a maneira infantil e bonita que tem de dizer que quer muito, ao ponto de (ainda) não se conseguir controlar.
A Irene tem 3 anos, a Irene não se censura. 
Irene tem sono, a Irene tem vontade de comer, a Irene fica entediada, a Irene não compreende as razões dos adultos. 

A mãe vê, a mãe explica, a mãe abraça, a mãe ajuda. 
A Irene acalma, a Irene (às vezes) percebe, a Irene espera, a Irene consegue. 




A mãe da Irene faz birras. Raramente são razoáveis. A mãe da Irene tem 30 anos.
As birras da mãe da Irene são porque quer algo e não consegue ou não tem ou não dá.
As birras da mãe são totós porque é uma maneira infantil e impaciente que tem de dizer que quer muito algo e (ainda) não se saber controlar. 

A mãe da Irene tem 30 anos, a mãe da Irene (ainda) vai crescendo. 
A mãe acalma, a mãe percebe, a mãe espera, a mãe consegue. 

A Irene também é as birras. 
A mãe da Irene também. 

3 anos, 30. 

Reconhecer, compreender, aceitar ou mudar. 
Amar. 
Incondicionalmente.



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A primeira filigrana dela

Podia tê-la deixado escolher, mas assim que pus os olhos nesta filigrana com uma árvore, não resisti.

Símbolo de vida, de conhecimento, de família, achei-a logo especial.
Gosto de vê-la com ele.
Pô-lo no primeiro dia que saímos à rua depois da gastroenterite, que a mandou muito abaixo.
E que bom que foi vê-la correr, já cheia de vida e força
 (e ver aquele colar tão simples mas tão cheio de significado a baloiçar-se junto a ela). 






Portugal Jewels 
 A minha primeira filigrana - colecção aqui.

www.instagram.com/joanapaixaobras
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