5.31.2017

A Luísa já tem 1 ano!

E já estou naquela fase em que entro numa onda de melancolia amena e meiga com a passagem do tempo. Fico naquele limbo entre felicidade e nostalgia, prazer de vê-la crescer e saudades de a ter bem pequenina. É um clássico, eu sei, muita gente sente o mesmo, não estou a sentir nada de novo, mas quem, como eu, está a ter o privilégio de acompanhar cada centímetro do cabelo a crescer e - ao mesmo tempo - acusa o cansaço de ter de estar lá sempre para aparar cada queda, para adormecer, para limpar e para arrumar tudo o que se lembram de tirar das gavetas e do armário, sem ter muito tempo livre, vive isto de uma forma tão intensa que é difícil manter um equilíbrio. Queremos que cresçam, queremos que se mantenham mínimos e nossos. 

Estou apaixonada. Acho que sempre tive, mas agora mais. Mais. Mais. Gosto de vê-la dançar (contorce-se toda), tentar cantar, provocar-me para ir atrás dela enchê-la de cócegas, tentar comunicar comigo. Ela quer tanto falar! Adoro quando me procura, quando deita a cabeça no meu peito e quando tenta dar-me beijinhos com a boca aberta. Está a crescer depressa, mesmo que devagarinho, ao meu lado.

Adoro-a pelo que é, como ser único que é, mas como já escrevi aqui, ainda a adoro mais com a irmã. Vê-las, as duas, a descobrirem-se de manhã, a dar a mão no carro, a reverem-se quando vou buscar a irmã, a brincarem no banho, a darem gargalhadas juntas... não há coisa mais bonita. Obrigada filha, por nos teres vindo acrescentar tanto, por seres esse ser tão especial e tão cheio de luz.

Já tem um aninho, este meu amor. Um aninho! Que nos continues sempre a abraçar e a dar mimo dessa forma e a fazer crescer em nós os melhores sentimentos, a fazer-nos derreter de tanto amor. Cá estaremos sempre.










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5.30.2017

Hoje recebi o prémio de pior mãe do mundo.

Depois do hospital, parámos no Grão de Café enquanto esperávamos pela minha mãe, para beber um chá e respirar muito fundo.

Está tudo bem. Agora. Hoje senti-me a pior mãe do mundo. Distraí-me já na caixa, com as duas às compras, e esta piolha foi-me cair do carrinho das compras. De cabeça e entortou o pescoço. Contaram-me. Nem vi, só senti qualquer coisa a bater-me no pé. Era ela. Gelei. Ambulância e raio-x depois, o meu coração volta ao lugar. Mais ou menos. Um ar inquisidor da médica que a viu que me disse que não podia acontecer - como se eu não soubesse... e mesmo que não soubesse acho que já tinha reparado, mais não seja por estar ali. Claro que não pode acontecer nada de mal às pessoas que eu mais amo na vida. Não preciso que me digam que estive mal e que a culpa foi minha, nem que me digam que todo o cuidado é pouco. Culpada já eu me sinta, chorado já eu tinha chorado, imagine-se depois.

Um muito obrigada a toda a gente, cheia de sensibilidade, que nos ajudou. Desde o gelo, a chamar a ambulância, às palavras reconfortantes, ao "já me aconteceu semelhante" - para amenizar o sentimento de culpa que me estava a corroer -, ao carinho e inteligência emocional com que distraíram a Isabel, a puseram a desenhar e a comer bolachas. Às meninas da perfumaria do Continente. Aos bombeiros, calmos e cheios de jeito para miúdos. À técnica do raio-x, que não me julgou. À minha mãe que saiu disparada do trabalho. Às minhas filhas por serem tão queridas e me darem logo sorrisos para apaziguarem este coração. Às vezes sinto que não mereço. Mereço, mereço. Mereço.

Está aparentemente tudo bem com a Luísa. Descanso q.b. (ela nao pára, mas isso só pode ser bom sinal) e vigilância 48 horas.


Só uma questão: não seria mais vantajoso se as cadeirinhas dos carrinhos tivessem cintos de segurança?

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