3.02.2016

Ai anónimo duma figa...!

Graças a Deus que este não é um dos blogues mais amaldiçoados com comentários acéfalos e invejosos. Talvez porque também não tenhamos uma vida tão invejável assim, porém não estava à espera deste comentário de uma anónima de um post que fiz há uns dias (este) - já que já hoje de manhã falei no meu peso, vamos lá a isso: 


Esta do "desculpa a questão", parece uma coisa que umas colegas minhas no secundário faziam que era: "não é para ofender, mas pareces uma rameira, mas não é para ofender!".

Há aqui várias questões, mas sinto-me dividida. Ia começar por perguntar qual é o interesse desta leitora no meu peso, mas reparo que realmente se me exponho a esse ponto, é normal que as pessoas também criem algum tipo de interesse pela minha vida e tenham legitimidade de me interpelar.

Acho que maioritariamente aqui o problema é estar por escrito. Nunca hei de saber se era realmente um "desculpa a questão" ou se era um "não é para ofender". Seja como for, acho só que somos todas mulheres e não temos a desculpa de ser do "sexo oposto" para não sabermos comunicar umas com as outras. Vocês sabem o que esta pergunta do "estás mais forte?" pode fazer ao resto do dia de uma mulher, não sabem? Ou até da semana...

No meu caso, não me fez mossa porque realmente nunca estive tão magra e isso dá-me a crer que esta leitora foi mesmo mal intencionada e quis só aqui escarrapachar a sua irritação com qualquer coisa que não com o peso de uma pessoa que escreve sobre si mesma na internet.

De onde vem - se for o caso - esta onda de ódio ou de desejar o mal a bloggers? Porque raio se sentem bem a fazer o mal? Como estamos na internet podemos todos servir de saco de boxe? A sério que estou habituada e que nem me importo muito, a sério que não, mas vejo alguns blogues em que leitoras são tão, mas tão más para quem escreve que fico com pena de ... na verdade... de toda a gente!

Cada vez tenho posto mais em prática esta "máxima" na minha vida: "não vale a pena, Joana". E não vale. Porém, acho que somos mais inteligentes ainda se pegarmos em coisas más, pensarmos sobre elas e chegarmos a alguma conclusão.

A conclusão a que chego é que este tipo de comentários são expectáveis, mas que lamento que o sejam. No caso do nosso blogue, somos duas pessoas que mostramos genuinamente a nossa vida - com o lado bom e menos bom - e não vejo em que possamos despertar algum tipo de maus sentimentos nalgumas leitoras. Se o fizermos, gostaríamos muito que não passasse só por um "estás mais forte". Na volta até foi "bem intencionado" e eu é que estou a interpretar mal ;)

E mais forte, 'miga? Todos os dias. Aqui a menina cresce. ;)

3.01.2016

Já na casa nova!

Quer dizer, nem a casa é nova nem é nova para mim. Já aqui vivi um ano, quando tinha 17 anos, e sempre foi a minha casa, de família, de férias e de fim-de-semana. Mas para a Isabel acaba por ser tudo uma novidade. E estarmos todos ali (principalmente o David) a viver, é a loucura. 

Estou feliz. Sinto que é um regresso àquilo que me faz bem (já vos falei disso aqui. Aliás, não tenho falado de outra coisa ultimamente hehe). E, sendo o David um rapaz do campo, de Évora, também sei que isto lhe faz sentido. Aliás, quando lhe propus irmos viver para Santarém, aceitou naquele minuto. Achei que ia dizer que eu estava maluca, que não ia andar a fazer piscinas todos os dias para Lisboa, mas no fundo eu sabia que era um sonho para ele viver no campo. E que, estando eu grávida da Luísa, seria bom termos uma rede familiar por perto para qualquer ajuda que precisássemos. Que a Isabel iria adorar estar perto dos cães, respirar ar puro, tomar banhos na piscina, depois da creche, apanhar flores e desfrutar de todo aquele ambiente.

Somos loucos? Um bocadinho.
Não vamos sentir falta da cidade? Não. Já não lhe dávamos grande "uso", verdade seja dita. A nossa vida passava-se entre trabalho e casa, perdíamos muito tempo no trânsito, quando chovia, e não vivíamos a cidade. Não depois de termos sido pais. Íamos jantar de vez em quando, ao cinema de vez em quando, ao teatro raramente, ao shopping só para compras rápidas, por isso, nada que nos faça especialmente falta. Quando nos fizer falta, pomo-nos no carro e vamos passear, ao fim-de-semana. Simples. 

Agora vejam lá como foi a primeira manhã por aqui, antes de ir para a escola nova (que correu muito bem, logo vos conto como fizemos a adaptação) <3





















A receber os mimos da avó, desgrenhada, acabadinha de acordar :) Nós já estávamos de pé desde madrugada, que a vida ali começa bem cedo!





A touquinha é do Atelier das Trapalhadas 
(e a miúda está a crescer tanto que já precisa de uma nova).

As carneiras azuis são excelentes, aconselho! São da Tru-tu-é.