11.27.2015

Quero que saibam...

A verdade é que ainda não cai em mim e, por isso, é que tenho tido dificuldades em escrever sobre isto. 

Cada vez que vou ao Alegro de Alfragide ou ao Oeiras Park ou, como no outro dia, ia a uma reunião no El Corte Inglés (parece que passo a vida em centros comerciais, mas a verdade é que é aí que vejo pessoas) tenho sido abordada por várias mães. Eu diria imensas, mas a quantidade pode variar de cabeça para cabeça. Vá, umas quatro mães por dia em cada sítio. Isto quando vou com a Irene, claro. Por acaso, na situação em baixo, até estava sozinha. 




Quero que saibam que adoro que venham ter comigo, apesar do meu ar envergonhado e das piadas mais baratuchas por nervosismo. Quero que saibam que vos estimo imenso, apesar também do meu ar de assustado por ter uma pessoa "estranha" a falar comigo e que sabe quase tudo sobre a minha vida. Quero que saibam que gosto mesmo muito de vocês, tal como dizem que gostam de mim e de nós, quando me encontram. 

Obrigada por retribuírem o nosso amor e carinho diário. Não consigo parar de olhar para a minha testa na foto. Adeus.


a Mãe desbronca-se (#16) - Voltaríamos a fazê-lo?

Já sabem que podem fazer-nos perguntas aqui que vamos respondendo conforme coiso? 

Esta foi a da Catarina, já há uns tempos, mas é assim a vida ;)


Creio que talvez a resposta mais interessante seria a da Joana Paixão Brás, porém, como a Catarina também falou de mim, vou achar-me digna de responder. 

A Irene tinha dois pares de avós disponíveis para ficarem com ela, mas visto que, felizmente, tive a possibilidade de estar um ano sem vencimento achei que seria o melhor para todos. Foi um ano muito muito complicado para mim, confesso. Ficar um ano "em casa", focada 24h por dia na miúda... 

Imaginem a licença de maternidade prolongada por mais um ano porque foi isso mesmo. Foi tão bom quanto cansativo e gratificante. 

A família é muuuito importante, claro, mas a mãe e o pai,  nos primeiros meses, ainda mais. Por ter amamentado em exclusivo até aos 6 meses em livre demanda e por acreditar que um bebé não pode ter horas para mamar, a logística de a deixar com alguém era demasiado complexa e, sinceramente, também não me apetecia. Continuo a amamentar, mas já há uns bons meses que não interfere com a rotina diária dela. Se a mãe não estiver, não está. 

Agora já come de tudo, já não sofre por não haver maminha em casa e, por isso, foi tudo feito (e ainda está) no ritmo o mais natural possível por ser o ideal a nível de desenvolvimento emocional para ela, dizem. 

Voltaria a fazer o mesmo.

Porque sinto que foi difícil por muitas adaptações que tiveram que haver da minha parte a este novo papel de ser mãe e, assim, foi tudo de enfiada. Tudo, claro que não. Muito, pronto.

Consegui conhecê-la melhor e a mim também... 

Não quero entrar em pormenores porque sei o quanto tantas mães adorariam ter tido este privilégio e não quero deixar ninguém triste.

Não digo que tudo não corresse bem na mesma porque correria, mas adorei que tivesse sido assim e aproveitei TODOS os dias. 

A Irene vai ficar com o pai em casa e com os avós quando ele não puder até fazer 2 anos e meio (Setembro), depois vai para a creche. Parece-me bem. 

Um beijinho para todas as mães que podem e querem ficar em casa, para as que querem e não podem e para as que não querem e que vão para o "mundo real" mais cedo ;)

E obrigada, Patrícia, pela pergunta!