6.29.2015

Pronto, já não sou necessária!

Como é que vocês fazem para ir às compras?

Nós mandamos vir tudo online ou do Jumbo ou do Corte Inglês. Depois recebemos os vegetais à parte num cabaz de produtos agro-biológicos (acho que é isso) à terça-feira. Nunca fomos muito de ir às compras, mas até íamos de vez em quando, depois deixámos ainda mais de ir quando já estava muito grávida porque já não tinha muita piada para mim. Quando uma pessoa ainda se pode mexer, até pode atirar umas coisas a mais da secção de beleza e higiene para o carrinho só enquanto o marido está nos enchidos, mas quando nós próprias somos um enchido já nem vontade de comprar coisas temos. 

Esta semana esquecemo-nos de mandar vir algumas coisas pelo que hoje aproveitámos para ir comer um daqueles swirls da Olá (são bons, bons, bons... só tenho pena que tenham lá uma foto do Mikael Carreira ou lá quem é, que quase que me tira a vontade de lanchar) e lá empurrei o velhote para irmos ao Jumbo comprar o que faltava. 

Até podia ir sozinha com a Irene noutro dia só que NÃO. A Irene não quer andar no carrinho, farta-se de andar no carrinho das compras e eu não consigo fazer tudo ao mesmo tempo. Assim o pai também via o que custa. 

Pelos vistos, o raio do homem safou-se melhor que eu. Raios!


          


Se é o vídeo mais desnecessário do youtube? Não. Vejam este.


           

É só uma hora de um sapo com uns olhos esquisitos. Sim, há disto na internet.


Algum segredo para ir às compras com eles ser menos stressante?  Ou tudo passa por lhes dar 24 caixinhas de Zyrtec para o bucho?


Ser feliz num alguidar de água

Lembro-me bem. Em casa dos nossos primos, no verão, havia um cesto com dezenas de BD, do Zé Carioca, do Tio Patinhas e daqueles três irmãos prisioneiros gorduchos. Depois de grandes almoçaradas, dormia-se a sesta. Havia uma parede decorada com chapéus, de diferentes tamanhos e materiais, e o meu pai, num dia em que deixou crescer mais o bigode, fez-nos rir às gargalhadas com um chapéu mexicano. Naqueles longos dias de verão, tomávamos banho dentro de alguidares. Havia uma mangueira e as brincadeiras com água eram as mais divertidas. Andava-se muito de bicicleta e a pé. Depois do jantar, caminhava-se até ao café mais próximo. Ou até um mais distante. Cheirava a pinhal, ali. Os pés queimavam quando atravessávamos o areal da Cabana do Pescador. Às vezes, ficávamos até ao pôr do sol na praia. Eu e o meu irmão corríamos nus e apanhávamos boleias nas ondas.

As coisas mais simples são as que nos fazem mais felizes. Eu fui muito feliz num alguidar cheio de água. Às vezes era mesmo ali que a minha mãe nos dava banho. 

Estas imagens vêm-me muitas vezes à cabeça quando, nos meus voos mais altos e nos meus estúpidos devaneios materialistas, sonho com uma casa com piscina e com um quintal. Não posso, nem preciso disso. A Isabel não precisa disso. Temos a praia ali a 10 minutos. Temos um jardim perto. Temos uma mini-piscina no terraço. Uma mangueira. Divertimo-nos a chapinhar. A pôr e a tirar tampas das caixas. A explorar cada canto.

Temos mais do que precisamos, até. Tenho a certeza de que a Isabel seria muito feliz num alguidar cheio de água.