3.31.2015

Não há saco!!!

Não há saco para tantos brinquedos espalhados pelo chão da sala.

Eis que uma alminha iluminada pensou numa solução.



Isso filha, a girafa no sítio da tartaruga. Boa, boa!


Concentração. Ou cocó.



Que filha inteligente que eu tenho. 
Meia hora a dizer-lhe para não enfiar a cruz no quadrado e ela vai de insistir. 
Sai mesmo à mamã.


E ainda se ri, a safada, antes de levantar o rabo para fecharmos o saco em cima do qual estava sentada. Parece um tapete, mas é um saco.


"Tudo arrumado antes de ir dormir! 
Assim pode ser que os meus pais tenham tempo para me dar um maninho!"


"Tão giro!"


"Está escuro aqui. Mãaaaae"


Saco da Bica Kids

3.30.2015

Somos umas autênticas vacas?

Calma, isto não é um post em resposta àquele livro da outra senhora que diz que muitas mulheres se sentem umas autênticas vacas por amamentarem. Ando há quase 15 dias a dar o meu melhor para não me meter a escrever sobre isso. Não queria dar-lhe mais publicidade e, acima de tudo, não queria revelar novamente o meu lado muito pouco tolerante, principalmente a tentativas mal conseguidas de humor ou comentários leves não assumidamente humorísticos para não serem rotulados de fraquinhos. 

Ai, caramba. Queres ver que vai ser mesmo um post em resposta àquele livro da outra senhora que diz que muitas mulheres se sentem umas autênticas vacas por amamentarem? E que diz que o sexo piora quando se amamenta porque os homens deixam de nos mexer nas mamas? 

Eu juro que ia escrever sobre outra coisa qualquer, mas que agora não me lembro. Que raiva! 

Não, não, não e não. Não vou fazer com que mais pessoas vejam o vídeo da senhora no Você na TV, não quero fazer com que mais pessoas debatam esse tipo de separação entre mães que são assim e mães que são assado - apesar de eu ter uma opinião um bocadinho bitchy sobre o assunto, mas não quero dar. Aiiiii não estou a conseguir controlar-me. Vou dar? Não. Já da outra vez que fui estupidamente franca e transparente em relação às minhas crenças criei problemas e depois fiquei mal disposta o dia inteiro com a onda de ódio que se gerou porque, infelizmente, parece que discutir "maternidade" transmitindo-se opiniões é proibido. Estamos sempre a ferir susceptibilidades. 

É uma chatice. É uma chatice porque, acima de tudo, se lida muito com culpa e com orgulho. Queremos viver na ilusão de que tudo o que fazemos está certo ou que é o melhor para os nossos filhos. Se vem alguém dizer o contrário, estando nós inseguras, rebentamos. Se soubéssemos mesmo a 100% que o que estávamos a fazer era certo, não venham com coisas e não me venham dizer que reagiam igual. 

Acabei de me contradizer. Se me irrita o facto de não se poder falar à vontade de maternidade sem se ferir susceptibilidades em todo o lado, por que é que não apoio esta autora nas afirmações, aos meus olhos, parvalhonas? 

Tenho cá um feeling (que não passa disso) que a senhora "sabe é muito". A senhora sabe que iria gerar polémica fazendo essas afirmações parvalhonas e decidiu dar "o corpo ao manifesto". A primeira portuguesa a estar no Top 100 na Amazon tem de ter truques na manga. Não digo truques à la Sócrates, mas que não anda aqui a brincar, não anda. 

Conseguiu o que queria, é um facto. O livro se não vai ser muito mais vendido por causa disto, o blog dela será mais conhecido, mais visualizações, etc. E bem, nem que seja por ter ganho um elogio do meu marido que disse (quando a viu na televisão) que é uma mulher "bem gira". Já está a ganhar. 

Eu acho que se deve falar abertamente sobre a maternidade, mas com cuidado. Acho que devemos ser menos maricas quando lemos coisas que não nos agradam porque, no fundo, é assim que nos distinguimos umas das outras: pelos gostos e pelas as opiniões. 

O que já me enerva um bocadinho é o papel que aquele livro vai ter na cabeça de algumas mães menos informadas. Se já o que a vizinha nos diz nos influencia grandemente numa coisa tão importante como, por exemplo, a amamentação ou os horários de sono dos nossos filhos, um livro publicado e depois de anunciado na televisão que diz que amamentar dói, que piora o sexo, que nos sentimos umas autênticas vacas, etc, não me parece que vá fazer grande serviço público. Claro que a autora não se propôs a isso, mas não terá, pelo menos, equacionado? Ela sabia que ia causar polémica. Sabia porque o disse, mas e o impacto negativo noutras mulheres? Não importa?

Acho bem que queira libertar as mães que sintam que (era qualquer coisa como isto) "estar de férias com os filhos é melhor, mas sem eles a beber uma vodka numa ilha algures não fica muito atrás". Apesar de achar que essas mães, se realmente não se sentissem já livres, que não fariam esse tipo de coisas por terem receios das opiniões alheias ou até das suas próprias opiniões. 

Sinto que poderá ser um livro despropositado tendo em conta esta vaga de boa informação que tem havido ou que, pelo menos, me tenho apercebido ultimamente. Mais pessoas estão a saber mais sobre os bebés. Estão a perceber melhor os seus instintos, a aprender a contornar erros culturais milenares, estamos a tentar criar indivíduos mais seguros de si, mais amados, mais felizes. 

Cabe a cada uma encontrar não UM equilíbrio mas, o SEU equilíbrio para se sentir feliz (não temos de ser todas iguais). Uma autora que alega querer fazer com que as mães se sintam menos mal com elas próprias por não serem tão galinhas como as outras e acaba por chamar às mães que mais se dedicam (é o termo certo e não tem mal algum a não ser que haja culpa por aí) aos filhos, parece-me contraditório e palerminha. 

Não li o livro. Estou a morrer de curiosidade, por isso a Sra. fez um óptimo trabalho nas suas apresentações (fez mesmo, sem ironias). Porém, o que achei foi que se era para ter piada, não teve. Se era para ser engraçado, não foi.  Se era para criar bom ambiente, não criou. Se era para unir as mães e fazer com que fossemos mais solidárias umas com as outras, não uniu. Se era para vender, provavelmente venderá. 

O sucesso mede-se pelos objectivos propostos. Não sei quais foram ao certo os da autora, mas lamento que evidentemente não tenham sido os de ajudar todas as mães, mas só uma parte. 

Ia escrever que, se calhar, só se ajudou a ela própria, mas não li o livro. Na volta ainda há algum capítulo que tenha um pedido de desculpas pelo conteúdo, por ser tão totó. Diz que há um disclaimer na contra-capa a que avisa não ser indicado para as mães sensíveis e dedicadas (as tais aleijadinhas sociais) o que me faz querer que a senhora, além de blogger, terá ali também uma carreira em marketing/publicidade. 

Ah. Fui agora ver e é mesmo publicitária. Pena que, pelo vistos, tenha a publicidade sido o mais importante. O que é facto, e disso tenho experiência, é que para se ganhar dinheiro com livros é preciso vender muito. 

Ah! Fui ver agora e diz que o livro está cheio de humor e sarcasmo. Sarcasmo não é só tentar fazer humor, espezinhando uma das partes e não ter piada na mesma, mas isso digo eu que toda a minha carreira profissional se centra nisso (do humor) e não um "vaipe" que só agora se me deu. 

Acho que se queremos que a nossa melhor amiga se sinta melhor com ela própria, que não precisamos de dizer que a do lado parece um boi. Podemos tentar fazê-la rir sobre ela mesma, mas para isso é preciso ter talento.

Eu rio-me com coisas más. Têm é de ter piada. 

Liebster Award

A Anita Mamã, nossa leitora, decidiu nomear-nos para um Liebster Award. Como não sou muito versada nisto dos blogues com sucesso (sempre tive blogues mas não tinha milhares de pessoas a ler, acho que era só eu que lá ia minhares de vezes) tive de perceber o que era. E, afinal, não é bem um prémio.  É mais uma espécie de doença por contacto. Não que não tenhamos gostado de receber, Ana Rocha, mas acreditas que todas as noites, antes de adormecer, pensava nisto? "Ainda tenho de responder àquilo do Award". Sim, é de quem não tem muito para fazer (ah!! julgam vocês!). Ainda por cima não se ganha nada, mas é uma óptima iniciativa para dar a conhecer os blogues uns dos outros. Sim, a ver se nomeio a Pipoca para um destes, aí é que rendia.

Aqui estão 11 factos aleatórios sobre o blog (parece que isto tem regras):

1 - No início dos inícios, éramos para ser 5 mães a escrever.

2 - O plano era fazer uma coisa muito mais seca, sem grande humor, mas sempre mostrando perspectivas de mães diferentes.

3 - Se não fosse a Sara-a-Dias, não teríamos um blogue tão sexy.

4 - Vamos muito provavelmente lançar um livro em Dezembro.

5 - Costumamos publicar três posts por dia, todos os dias.

6 - Nunca nos chateámos por causa do blog (ainda).

7 - Somos as duas Joanas.

8 - Com duas filhas nascidas em Março de 2014

9 -  Cujo nome começa por I.

10 - Nascemos ambas em 1986.

11 - Começamos há menos de um ano.


   1- Porque decidiu fazer o Blog?

Porque sempre fomos duas raparigas dadas à partilha das nossas experiências, ambas gostamos de escrita, fotografia e das nossas filhas e achámos que estavam reunidas as condições mais do que necessárias para criar esta "coisa má linda". 

    2- Quem admira na Blogosfera 

Ui, isso teríamos de ser as duas a responder. Eu não sigo muitos blogues, mas descobri um há pouco tempo, de um homem que gosta de viver e de divulgar a parentalidade com apêgo. Ser um pai a escrever sobre isso é um mimo. Chama-se: "Paizinho, vírgula". 

    3- Em que País gostaria de viver?

Neste. Se gostasse de viver noutro acho que iria para lá. Ou, pelo menos, já teria tentado.

    4- Porque acha que nomearam o seu blogue a um Liebster?

O que vinha no e-mail é que era por nos lerem. Calculo que sim, senão não saberiam da nossa existência. ;)

    5- O seu maior êxito

Acho que o nosso maior êxito foi termos conseguido já alguns posts que ajudaram algumas mães a sentirem-se mais animadas, mais contentes, mais leves. Agora, depois do politicamente correcto, os nossos maiores êxitos costumam ser os posts mais virais da Joana Paixão Brás. A mulher tem um dedo para o sucesso. Estou a conter-me para não fazer trocadilhos parvos aqui.

    6- O seu maior fracasso

No mundo da maternidade, o fracasso mais óbvio e do qual melhor me lembro, foi de ter estado uma hora a tentar abrir um copinho da Avent pela primeira vez. Parti uma unha, aleijei-me na boca e, afinal, era só desenroscar. 

    7- Blog favorito

O nosso! A sério que é. É o que leio mais vezes e o que me dá mais vontade de partilhar. Enervei alguém com esta resposta? 

    8- Sobre o que gosta mais de escrever no Blog?

Sobre coisas que me enervem. 

    9- Viajar, cozinhar ou cantar, escolha uma e porquê?

Tem mesmo de ser? Odeio todas. Se for para outra pessoa fazer, prefiro cozinhar. 

   10- Um conselho ou dica que seja tema no seu Blog ou seja do seu interesse

Um conselho? Almejar sempre o equilíbrio e, acima de tudo, tentar sempre incluir almejar em todas as frases que se escreva. Fica sempre bem. 


   11- Que trará o seu blog no futuro?  

Teremos sempre a nossa transparência (a Joana às vezes até nem usa soutien) e, por isso, a essência do blog será sempre esta. 

Espero também que consigamos começar a oferecer carros às pessoas e apartamentos. Acho que toda a gente ficaria contente. 


Pronto. Já está. Já posso dormir em condições. Durante uma hora e meia, que é o que a Irene deixa. 


Minhas nomeações (sorry guys que isto e uma seca): 

- Love Lab

- Eu, Ele Maria e Miguel.

- Blog do Desassosego.

- O que vem à rede é peixe. 


Obrigada, Ana ;)