2.24.2015

Antes e depois de ser Mãe



Hahaha!
Obrigada, Sara-a-dias!

Afinal havia outra (#10) - Ansiedade da separação


Esta semana fui tomar banho e fechei a porta e liguei o aquecedor porque queria que a casa-de-banho ficasse cheia de vapor, quentinha, uma maravilha de sauna mas sem a falta de ar. Entrei na banheira e pus-me debaixo do duche a ferver. Suspirei. Maravilha. Três segundos depois alguém a bater na porta e a dizer “mamã”. “Mamã, mamã, mã, mamã, mã” sempre intercalado com pequenos murros na porta. O banho todo. Ouvia o meu marido a dizer “ó filha, deixa a mãe, anda para ao pé do pai” mas é o vais. Pelo menos não chorou. Aquela história de não conseguir fazer xixi em paz? É verdadeira. Mas além da criança, também há um cão que adora beber água do bidé, pelo que normalmente somos três seres na casa de banho, uma na sanita, um a beber água e a outra a apontar ora para o cão, ora para as minhas pernas, ora para a sanita. “Sim, a mãe está a fazer xixi.” “É”, responde ela enquanto aponta para a fralda.

Quer colo a toda a hora, chora se eu saio da sala, se eu não lhe dou a atenção que ela acha que merece, abraça-se a mim quando vê outras pessoas, pendura-se nas minhas pernas e não me larga. Não me larga um bocadinho, só eu é que sirvo, só eu é que sei ler-lhe os livros, montar a torre de cubos. E é espectacular. O meu ego está mais insuflado do que as minhas pernas (pernas? Eu queria dizer mamas) durante a gravidez e eu estou a aproveitar cada momento desta coisa de ser o universo inteiro de uma pessoa porque sei que vai durar pouco tempo. Mesmo quando me queixo que não consigo ter tempo para mim, é tudo mentira quero lá saber de mim, só quero aquela miúda ao meu colo a rir-se e a dar-me festas sem que eu as peça, antes que se transforme numa parvalhona enjoada que não me suporta. 

Se alguma mãe se queixar que os filhos não a largam e que é uma chatice e que não pode ser, não acreditem. Está só a fazer género, por dentro o coração está em pleno carnaval.

Leididi

Come a bolonhesa, Irene come a bolonhesa

E não é que é desta que vou começar a cozinhar?

Pelos vistos, já deveria ter introduzido a segunda parte da refeição da Irene e "ninguém me disse nada". Sei que não há timings perfeitamente certos para estas coisas, mas o facto de ela nunca estar entusiasmada com a sopa pareceu-me ser um sinal e, realmente, tem comido muito melhor.

Lembram-se daquele livro da alimentação infantil que demos um a Mãe dá há uns tempos? Este? Deicidi dar mais uma vista de olhos, sem ser para as sopas e decidi fazer a bolonhesa que há lá nas receitas dos 9-12 meses. 

Muito aldrabada, claro, porque me faltavam alguns ingredientes. Curiosamente, o mais esquisito era o que eu tinha: aipo. Coisas do meu marido. Ter aipo. Nem sequer sabia que isso existia. 

Quando era solteira, o meu jantar resumia-se a Coríntias e Chocapics (e não me custava muito hehe).

Agora dou por mil a fazer imensas sopas (para a míuda) e a tentar fazer comidinhas para ela. Gosto tanto. Odeio cozinhar, mas gosto imenso de vê-la a comer o que cozinho ou preparo. Já percebo as mães. 







Já que me estava a sentir toda super-mãe decidi experimentar pôr o resguardo da mesa no chão e ver como é que ela se entretinha a comer com as mãos. Valente estúpida (eu, não ela). Claro que a primeira coisa que fez foi virar o prato ao contrário.

Agora que penso nisso: qual é o problema? Que parvoíce. Devia tê-la deixado fazer um chavascal enorme. Era para isso que tinha lá a porcaria do resguardo... Grrr!!! Nós e a mania das limpezas. Ainda por cima com um resguardo!! A sério que só me apercebi disto agora. Bem, não é grave. Amanhã é outro dia e visto-lhe um bikini. 

Outra: já viram a quantidade de comida que lhe pus no prato? Ahah! Às vezes a minha cabeça não funciona. Ahah Aquilo é quase uma refeição normal para nós. 

Enfim. 

Mais comidinhas virão! 

Algumas receitas giras que os vossos miúdos com esta idade gostavam?