12.22.2014

As Joanas e as "i" - as coincidências.

Vamos a isso, vamos por tudo em pratos limpos (ou então "mais ou menos limpos", como saem os meus quando os tiro da máquina). 

A Joana e eu somos muito parecidas em muitas coisas, mas mais diferentes quase que não poderíamos ser. Lá está, é como o nosso slogan "mais diferente, só se uma de nós fosse um pinguim"

Já nos conhecemos desde que estávamos grávidas (aquela história que já vos contamos de nos termos conhecido num grupo de mães online - sim, nós temos noção do quando crominho isto possa parecer) mas, pessoalmente, só no dia 16 de Abril. Quando a Isabel fez um mês, a Irene foi convidada para a sua festa de mesário ou lá o que é. 

Sim, a Joana é muito romântica, todos os meses celebra os meses da Isabel e até lhe dá um livro. Eu também celebro os meses, mas é para dentro. ;)


Tínhamos sido mães há apenas um mês e, aqui na foto, temos as bebés trocadas. A Irene parece um pedaço de solha, coitadinha. 

Joana,  eu sei que não é justo publicar uma foto em que eu estou tão pintada que pareço uma rameirinha suada e tu estás au naturel, mas não temos mais. 

Mães que ainda vão ser, já viram? Um mês depois e já andávamos as duas na boa, vestíamo-nos e isso? Não tenham medo que "tudo se resolve"

O nosso sonho, desde o início, era que as nossas bebés fossem as melhores amigas (não desfazendo as primas da Isabel, claro). E, se a Isabel não encontrar nenhuma sonsa na creche que substitua a Irene, é assim que vai ser. Nem que eu as obrigue. Vão ter tantas dormidas em casa uma da outra que até deverão partilhar o primeiro beijo na boca por não "conhecerem mais ninguém". 

Vamos às coincidências: 

  • somos as duas Joanas;
  • temos as duas 28 anos;
  • fazemos a digestão da mesma maneira; 
  • temos filhas cujos nomes começam por I (Isabel e Irene);
  • não engravidamos sozinhas; 
  • ambas nasceram em Março deste ano (5 dias de diferença, apenas);
  •  trabalhamos no "meio" (da comunicação social) e
  • temos as duas carta.

Engraçado, não é?

Ah! Lembrei-me agora que afinal foi um amigo em comum que disse para eu adicionar a Joana ao tal grupo de mães online, as coisas não foram assim tão crominhas. 


A Isabel e a Irene num dos seus namoros. 

E, há precisamente um mês e um dia, quando a Irene fez 8 meses :) 



Pronto. Acho que agora já sabem qual é qual e que filha é de quem, senão, eu ajudo (da esquerda para a direita): Joana Paixão Brás e Isabel e Irene e Joana Gama. 

Só para que comecem a perceber as diferenças (será assunto de um próximo post): as fotografias todas catitas e cheias de qualidade são da Joana, esta assim mais rascota e dentro de um restaurante, é minha...



A tua filha está tão magrinha!

Se há coisa que me faz espécie na vasta lista de estereótipos e preconceitos da maternidade, é a importância que se dá ao peso do bebé. Sofri isso na pele e contra mim falo.

A Isabel nasceu com 3,680kg, portanto era uma bebé grande. Até aos 3 meses assim continuou, a leite materno exclusivo, comprida e gorducha, sempre no percentil 75. Aos 3 meses tive de ir trabalhar, a livre demanda acabou (para quem está a entrar neste mundo da maternidade agora mesmo, é dar maminha ao bebé sempre que ele quiser), a Isabel teve um episódio de recusa de mama (por causa do biberon) e, coincidência ou não, começou a não engordar tanto. Já em comprimento, sempre a aumentar bem. É comprida!

E aí começou a saga: "oh! perdeu as bochechas", "a minha com essa idade pesava o dobro", "tão levezinha!", "está magrita, não está?", "ainda dás mama?".
Ora, para uma pessoa que é mãe pela primeira vez, isto é das piores coisinhas que lhe podem dizer. Então mas acham que ela anda a passar fome? Lá vêm vocês com a história do meu leite já não ser suficiente. Mas se ela dorme a noite toda! Se passa o dia feliz e sorridente! Se está a desenvolver-se como o esperado para a idade. Se é curiosa e atenta. Se quase não chora. Acham mesmo que a rapariga está a passar fome?

Até eu chegava a duvidar de que ela estivesse bem, tal é pressão para os bebés serem gordinhos e obedecerem ao padrão dos percentis. Mas a pediatra sempre disse: ela está óptima, não se preocupe, é normal eles oscilarem nas curvas dos percentis. Mesmo assim, na hora da balança eu já estremecia, com medo que me sugerisse começar com as papas para a engorda e dar leite de fórmula. Logo eu, que comecei a tirar leite com máquina desde o segundo mês todo o santo dia para garantir que ela tivesse sempre do meu leitinho, não queria ouvir que a minha filha andava a passar fome!

Não há nada como o passar dos meses para irmos ganhando mais confiança no nosso instinto. Vê-la bem-disposta, sorridente, calma e esperta é agora quanto basta para perceber que ela está bem. Deixei de me preocupar com o peso. Do sexto ao nono mês é um alívio não ter de pesá-la e estar-me a marimbar para isso. 

Já assumi, qual mantra: a minha filha não é um bebé gordo, mas está bem assim.

Magrinha? Pode ser, à luz dos estereótipos do "bebé Nestlé", mas para mim, ela está óptima, linda e recomenda-se.