1.04.2021

Os vossos filhos estão contentes com o regresso?

 Bom início de ano e de semana!

🌞
Depois de vários/demasiados dias de férias, finalmente está na altura de voltarem para ao pé dos amigos e para aprenderem coisas com as quais depois se vêm exibir.
Os vossos filhos estão contentes com o regresso? A vocês não preciso perguntar
😆
Por aqui, a Irene queixa-se de ir à escola. Diz que preferia estar em casa, mas tem uma melhor amiga que é sua cópia. E ambas adoram coisas de terror (haja paciência).
Ainda não a acordei. Estou a ganhar coragem. Custa-me muito acordá-la, mas nestes recomeços aprecio a rotina. Já fiz o lanchinho, acrescentei um desenho (tanto quanto a minha falta de capacidades o permite) e agora vamos ver o que calha na rifa: se uma manhã calma e divertida ou uma sucessão de "vá lá, filha, estamos atrasadas".


Fotografia tirada pela Joana Paixão Brás no Monte Pimentinha onde passámos o fim-de-ano juntas  :)

Alguns destes diálogos é parecido com o vosso hoje de manhã?
Diálogo possível A:
  • Vamos a acordar, filhota?
  • Não me chames filhote.
  • Temos de ir para a escola, amor. Anda. 
  • Mas porquê??? Odeio a escola, odeio a ginástica. 
  • Vais brincar com a tua amiga O.
  • Não vou nada, ela só brinca com as outras amigas!
  • Mas tu também podes brincar com elas!
  • Deixa-me dormir.
  • Irene, o que queres de pequeno-almoço?
  • Por favor, mãe, POR FAVOR, cala-te.
  • Irene, não me fales assim! 
  • Falo! Estava aqui quentinha e vens chatear-me.
  • Irene, não quero nada ter uma manhã assim.
  • Não tenhas!! Deixa-me dormir. 

Diálogo Possível B: 
  • Bom dia, Irene! Quem está a falar é a raposa dos abracinhos.
  • Hum? Olá raposa!
  • Olá Irene! Hoje está muito frio lá fora. É inverno. As plantinhas já estão a acordar e estão cheias de gotinhas de chuva nelas. Estou preocupada, não achas que deviam ter casacos? 
  • Sim. Ó mãe, posso dormir mais um bocadinho?
  • A mãe não está cá, só eu, a raposa. Pensei em me levares hoje para a escola porque gostava de aprender mais letras como tu, senão não consigo passar cheques. 
  • O que são cheques?
  • Não sei bem, mas é algo que os adultos fazem e também quero fazer. Olha, tomas o pequeno almoço comigo?
  • Sim!
  • Vou fazer cereais do bosque com leite quentinho, está bem?
  • Está. 




12.28.2020

O que tenho feito para estar mais bonita, mais magra e mais feliz.

Boas festas e bom ano, gente com útero e gente que gostou de fazer lá perto uma festa. Também gente que poderá não ter feito a festa perto do útero, mas que esperou muito para ter um milagrão e agora, de vez em quando, até já revira os olhos quando o miúdo é chato. 

Aqui o blog anda meio adormecido (se compararmos com 2017), mas a Joana e eu já andamos aqui a magicar coisas para o reanimar e sem ser preciso um desfibrilhador ou que nós andemos à procura de posts onde eles não existem, exemplo: "20 maneiras de higienizar uma escova de dentes". Houve ali uma altura em que estávamos desesperaditas, esperemos que não volte a acontecer. Obrigada, mais uma vez, a todas as que nos acompanham por aqui, no Facebook e também no instagram


Já vos devo ter contado, ao fim destes anos todos, que não sou muito de resoluções de Ano Novo. Acho que todos os dias são uma oportunidade de tomar boas decisões, ainda assim reconheço que o final do ano tem um efeito um pouco de "agora é que é" na maioria das pessoas e quis aproveitar este timing para vos falar de algumas coisas que tenho feito e que estão a resultar para caraças. Mesmo, parece que quanto mais "velha", mais nova e bonita fico. Que bom, que bom, que bom!


34 anos and couting. Estar perto da Rita Camarneiro também me faz muito bem, confesso.


Vamos a isto: 


  • Tenho feito dois treinos por semana com o meu adorável José Maneta. Vejam aqui uma amostra do bicho que ele era enquanto competia. Não se assustem, entretanto já amainou - a noiva deve-lhe ter posto fora da linha para parecer mais palpável (até literalmente) - e já parece uma pessoa que respira. Porém, é uma prova do conhecimento, dedicação e foco que o bicho tem quando quer. Além disso, treinar com ele é sempre maravilhoso. Falamos imenso, divertimo-nos e, acima de tudo, o meu corpo tem estado a ficar extremamente bem moldado e não tipo mostrenga do fitness. Quem vê os meus stories repara que já ficamos bons amigos também. Grávidas e pós-parteiras, o rapaz continua sempre a formar-se, por isso aproveitem todas as skills dele e... estejam tranquilas que não há momentos awkward, prometo. Sigam-no aqui @JoseManeta_personaltrainer, também dá treinos no FitnessHut. Falem com eles. 

Gostava de saber o que é que ele andava a fazer assim vestido no que parece ser um skatepark, mas adianto-vos que é bastante normal. E de Arraiolos. Bom moço.


  • Tenho treinado Padel uma vez por semana e, normalmente, jogado mais uma. E, sobre isso, já vos contei neste post. Treino com a minha melhor amiga, o Miguel (meu namorado, para as mais desatentas) e o melhor amigo dele. Treino no W Padel Country Club com o treinador Francisco Dias. Sentimos que ele daria perfeitamente para o nosso grupo de amigos, mas os treinos são levados mesmo muito a sério. Ele treina-nos como se houvesse possibilidade de um dia virmos a ser mesmo excelentes. Acho isso engraçado e comovente ao mesmo tempo. Adoro os campos no W, são ao ar livre (cobertos e descobertos), no meio da floresta de Monsanto, sempre muito bem cuidados (humidade dos vidros, areias, etc) e não podíamos ter pedido melhor professor. Não só para nós, mas para a Irene que tanbém treina com ele. As aulas para crianças são tãaaao divertidas e evoluem super rápido. Podem segui-lo aqui no instagram @instagring0. Ah e quem tenha amigos, já deve ter reparado o quão é viciante jogar Padel. Perdemos imeeeeensas calorias e sem reparar no tempo que passou, além de estar com os meus amigos. A-DO-RO.


  • Tenho feito massagens com a minha massagista preferida do Mundo inteiro. Ela é discreta, não gosta de ser hiper mencionada, mas apaixonei-me por ela ainda na altura do pós-parto. Fui um pouco às cegas ao sítio onde ela trabalhava e... o toque dela e a presença dela fizeram-me chorar. Tudo bem que eu estava toda frita da cabeça, mas há realmente algo nela que se liga muito bem a mim e, digo-vos mais, a outras pessoas também. Quando sentimos que as pessoas encontraram um dos sítios onde está certo estarem, acontece magia. Falem comigo por mensagem privada no instagram que eu digo-vos quem é. Vão... adorar! Nem precisam de pedir o que querem. Ela olha para o vosso corpo e diagnostica as prioridades. Pode fazer drenagem, tonificação, relaxamento e conhece dezenas de técnicas não invasivas só com cremes e outros produtos naturais que mudam mesmo o vosso corpo a curto e médio prazo. O Miguel nota quando ela me drena ou me "levanta o rabo", ahah. Enviem-me mensagem no instagram por aqui @joanagama , vá.

Para já... chega? :)
Querem uma segunda parte com mais, pelo menos, 5 coisas que estou a fazer? :)

E o que planearam vocês para o novo ano?



12.16.2020

Ela quer proteger-me por sermos só duas.

Isto foi o que pensei. Estávamos as duas deitadas na cama - aquela altura em que só queremos que se calem para podermos ir ver Netflix à vontade durante aqueles 10 minutos até babarmos o sofá de forma pornográfica - e claro que começou a tagarelice. Acho que até foi ela. Ou, na volta, até fui eu. Talvez tenha querido puxar conversa sobre a questão dela sentir alguma necessidade de me proteger. 

Já tinha havido uma vez em que ela me disse "trazes sempre um casaco para mim, mas não para ti" e "as mães deviam também tomar conta delas próprias". E, com estas, fico parva (ainda mais). Perguntei-lhe porquê e ela respondeu-me: 

"Ó mãe, imagina: "Só cá estamos as duas cá em casa, não é? Imagina que te cortas tanto a fazer a comida que até desmaias com tanto sangue... Tenho de ser eu a cuidar de ti!". 




O meu coração parou. Ela, por um lado, tem razão. Já tive aí uma fase em que pensava muito nisso. E se me der um AVC? Um enfarte? Como faço para falar com alguém e dizer que a Irene está sozinha e que precisa de alguém ou... até eu? Fiz o que costumo fazer sempre que surgem esses pensamentos mais assustadores e entro em negação, claro. 

Não sabia bem o que lhe dizer quando ela me espetou com esta informação pela goela abaixo, sinceramente. Pensei que seria uma boa oportunidade para voltar a sublinhar a relação próxima e de amizade que tenho com o pai dela e que somos uma família, dizendo "temos sempre o papá que nos ajudará em tudo o que precisarmos, ele protege-nos e nós a ele" e, obviamente, não contente, aproveitei também para incluir o Miguel (namoramos há seis meses, eheh, obrigada, obrigada!) na conversa. "Sabes, a mãe e o Miguel também se estão a conhecer melhor para perceber se o Miguel poderá integrar a nossa família e ser mais uma pessoa que vive connosco e que passa a fazer parte de nós e que também cuidará de nós". 

Não obstante, senti que não a estaria a deixar segura de maneira alguma. Que deveria haver alguma coisa que pudesse fazer ou dizer que a fizesse dormir em paz ou sossegar-se em relação a este assunto, mas não consegui dizer mais nada. Expliquei que tenho 34 anos e que sou do caraças, que já vivi muita coisa e que os meus pais me ensinaram milhares de ferramentas para conseguir ultrapassar obstáculos e emergências, mas ficou a faltar qualquer coisa... 

Em desabafo, ontem, em consulta com a Eugénia Amaro (minha psicóloga e da Joana Paixão Brás) falei-lhe disto e ela deu-me uma óptima ideia: ensinar a Irene a ligar para o 112. Não deixa de ser uma possível necessidade e, na verdade, é capaz de a sossegar. Ontem lá lhe expliquei os números que fazem parte do 112 e o que aconteceria se ligasse (que poderiam vir médicos, bombeiros, polícia...) e que seriam sempre hiper rápidos - o que, por acaso, não é verdade na zona onde moro, infelizmente. 

Também é normal, disse a Eugénia, que as crianças sintam que têm de cuidar de nós se não for "em exagero", fazem parte da "família" e não deixam de ser "pessoas com empatia" e que se preocupam com a sua segurança. No entanto, com a "culpa" que sinto de ser só eu e ela diariamente, tenho algum receio que isso se reflicta na segurança que ela possa sentir. E não quero ser "preconceituosa" ou o quer que seja - as leitoras mais atentas, sabem que sou 0 no que toca a isto - mas não ter uma presença masculina (com a vibe masculina) presente diariamente no dia-a-dia dela também poderá fazer com que se sinta mais vulnerável, talvez. Ou, então, é só a minha cabeça. 

Seja como for, é bom falar-se, ainda que nos roube tempo de Netflix. E sim, agora que me lembro, fui eu a puxar a conversa e ainda bem. 

Já ensinaram os vossos a ligar para o 112? 



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