8.02.2018

O que tem facilitado para a Irene na troca de casas.

Não sou experiente nisto. 

É o meu primeiro divórcio, se calhar lá para o segundo ou para o terceiro, já faça isto com uma perna às costas, ahah (não pretendo divorciar-me mais vezes, claro, parece que não sabem brincar, que chatas). 




Porém, como filha de pais divorciados, acho que tenho a "sorte" (ehh optimismo) de ter aqui uma perspectiva também interessante. Por isso, coisas que o Frederico e eu fazemos para tornar as coisas mais fáceis para a Irene: 

- Não falarmos mal um do outro, antes pelo contrário.

Sei que é difícil (mais para umas que para outras), mas é mesmo o melhor a fazer. 

- A miúda não andar com malas de roupa para trás e para a frente. 

O Frederico tem roupa da Irene (que ele e os pais dele compraram) na casa dele e na minha também tenho a que comprei para ela. Acontece algumas vezes algumas ficarem em sítios diferentes e, por isso, periodicamente fazemos uma vistoria e trocamos, mas sem pressas. Intencionalmente visto roupa "do pai" quando ela está em minha casa para que ela sinta que a roupa é dela e não do espaço onde está. 

- Associar coisas ao outro pai. 

Sempre que posso, referir que o pai também sabe fazer ou também gosta para que ela sinta que as duas pessoas - apesar de não estarem casadas e de não viverem juntas - têm uma ligação entre si, que se conhecem e que se respeitam. 

- Encorajar positivamente a ida para a casa do outro.

Mostrar que não há territorialismos. Que a mãe não é adversária. Que a mãe fica contente por ela querer ir para a casa do pai. Que sabe que ela gosta e precisa dele e que isso é bom. Atenuar a sensação de "lealdade" nela. 

- Conversar e partilhar fotografias/vídeos com frequência.

Estar a par do que se passa na casa do outro tanto quanto necessário e possível. É importante - a meu ver - que ela assista a esses momentos e que perceba que existe comunicação entre os dois lados. Os pais continuam a ser um plural apesar de já não serem um casal. 

- Aceitar a troca de brinquedos entre uma casa e outra.

Aceitar as sugestões da Irene quando quer trazer determinado brinquedo ou levar. Os brinquedos são dela. Devolvo quando já não são objecto de atenção. 

- Avisar a Irene como vai ser a semana dela a nível de trocas. 

Tentamos manter a rotina, mas aviso-a sempre quando é que é dia do pai a ir buscar e quando é que dorme ou não. 

São algumas dicas que me consigo lembrar para já e que queria por à vossa consideração. Isto é o que fazemos no nosso cenário em que a Irene está maioritariamente comigo, fins-de-semana alternados com o pai e quartas-feiras com dormida alternadas ou fim de dia (consoante seja fim-de-semana de dormida ou não). Nada simples, bem sei, mas dou o meu melhor diariamente para que seja o melhor e mais fácil para ela. 

Querem acrescentar dicas? 


Se quiserem ler mais coisas que tenha escrito sobre o divórcio, carreguem aqui. 


Nunca me senti tão bem na vida


Fatos de banho Bikini Kloset

Nem é por estar toda fit, que não estou, nem por sombras. Este corpinho não vê um ginásio há 9 meses - e nunca viu durante muito tempo, para ser sincera. Nem é por estar com uma pele luminosa. Estou com acne bem forte, resultado de uma alimentação não muito equilibrada, talvez também de stress e talvez da falta de pílula, que ajudava a regularizar (tenho DIU). 
É por estar numa fase em que nada do que estou, ou sou, me impede de vestir o que quiser, sem me sentir mal com isso (já estive bem mais definida e com menos flacidez e não estava tão tranquila). É por estar no meu primeiro dia de férias, em família, a encher-me de tudo o que é importante. É do ar do Algarve, dos cheiros e dos figos. É do vinho branco fresco. É do reencontro com as miúdas e comigo. É de ter tomado a decisão de estar, os próximos dias, sem internet [tudo o que publicar aqui no blogue foi agendado antes]. 
É de gostar do que sou, do que me tornei. É sentir uma calma e uma paz interior, apesar de tudo o que há para fazer [há um casamento para preparar já para outubro]. Mas tudo pode esperar. E tudo se resolve.
Agora é abrandar e curtir estas miúdas queridas, dar-lhes beijos na pele salgada, dar a mão ao meu amor, ler um livro e deixar que o sol me dê felicidade. 

Férias, uma sorte. 
















Os nossos fatos de banho são da Bikini Kloset, uma loja em Santarém e no Chiado e com outlet na Ericeira [online aqui], que tem, entre outras marcas, a MAAJI, que tem só os bikinis e fatos de banho mais bonitos de sempre. Não são baratos, mas são muito bem feitos, macios e quase todos reversíveis (2 em 1, mas há bikinis que dão para 4 conjugações diferentes e até há uns que dão para 6 possibilidades!). Já sabem que sou uma pirosa e que adoro combinar com elas - enquanto elas deixarem - e fiquei fã da linha kids da marca também, muito surfista e com estes padrões lindos e conjugações inesperadas! Mães de rapazes, também há para miúdos a condizer e até para os pais! 

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Não tive pais perfeitos

Não tive. Não levávamos sempre cinto, até cheguei a ir deitada. Não comíamos comida biológica e os sumos nem sempre ficavam para os dias de festa. Ouvi gritos e algumas discussões. Ralharam-me e cheguei a levar palmadas. Preocupei-me com cada um. Nem sempre se comportaram como supostamente deveriam. Foram injustos por vezes. Conheci-lhes fragilidades.

Só que dormi na cama deles quando tinha pesadelos. Ficávamos os quatro na ronha de manhã enquanto o meu pai contava anedotas e éramos alvo de ataques de cócegas. Tivemos férias incríveis com o pouco que tinham e nunca sequer senti que tínhamos pouco. Contaram-me histórias, deixaram-me brincar na rua, sujar-me, brincaram comigo. Ensinaram-me a ser gentil com os outros e a não dizer mal dos outros. A ser construtiva. Deram-me o colo e o mimo todo. As saudades que eu tenho daqueles serões a ver o Fintas e Fintas, o Herman Enciclopédia e das gargalhadas que nos levavam às lágrimas. Chorámos uma vez no chão de tanto rir, lembras-te, mamã? E quando nos revezávamos a coçar costas um ao outro, pai?
Ensinaram-me a ser organizada, a estudar e a lutar pelos meus sonhos. Estudaram comigo, ajudaram-me nos trabalhos. Perderam fins-de-semana descansados para que eu fosse ensaiar no coro e nos Onda Choc. Deram muito deles para que crescêssemos bem e felizes. Confiaram em mim, deram-me asas. Não desvalorizaram os meus medos, os meus desgostos amorosos, souberam ouvir-me e confortar-me. Mostraram-me sítios lindos e sentimentos lindos. Sofreram comigo quando eu sofri, já mesmo em adulta, na biópsia, na operação, nos partos, nas dores e nas dores de crescimento. Quando decidi despedir-me e ficar em casa uns tempos com as miúdas, apoiaram-me. Deram-me casa. Conforto. Estiveram de braços abertos, sempre. Estão sempre. 

Os meus pais não são pais perfeitos porque não são pessoas perfeitas, nem tentam ser. Claro que devemos sempre tentar melhorar, crescer emocionalmente e sermos melhores pessoas por nós e pelos nossos filhos. Mas o mais importante, o tempo de qualidade, o carinho e o coração nos olhos e no corpo todo, o exemplo de como se tratam as pessoas e de como podemos agarrar a vida com as nossas próprias mãos, é o que realmente importa.


Paremos de tentar ser perfeitos aos olhos dos nossos filhos, quando o que eles querem e precisam é tão somente que os olhemos nos olhos.