2.15.2017

Mas que merda é esta?


Filhas, filhas do meu coração. Hoje fiquei cheia de nervos, a pensar no que esta sociedade se está a tornar. O que poderei fazer para que, pelo menos vocês, possam não cair na tentação de querer ser uma boneca de porcelana? Não vou ser mais papista que o Papa, também eu tive acne (e tenho, e sei a chatice e até as dores que aquela porcaria dava, e os sucessivos tratamentos que nunca acabavam com aquela porcaria), também eu já pus maquilhagem até dizer chega, já pus filtros nas selfies, já encolhi a barriga nas fotografias e já quis tentar parecer mais "bonita". Já fiz a dieta das maçãs (e já tinha uns 17 anos e idade para se juízo). Os cartazes, os anúncios cheios de gente perfeita, apelam-nos a tentarmos ser, também nós, assim. Mas não sejam escravas, minha filhas, não sejam reféns da beleza. Vou pôr-vos a ver dezenas de vídeos e documentários para que possam ver que até os vossos maiores ídolos são trabalhados, são manipulados e que nada daquilo é tal e qual o que se vê.

Vi aquela porcaria (3a vez que uso esta expressão para não dizer a outra com m*) de aplicação e apeteceu-me enfiar os dedos nos olhos de quem a criou. Além de aclarar o tom de pele, limpa as manchas, as borbulhas e... deixa as feições mais finas!... Um autêntico photoshop para ser usado por quem queira (e, dizem eles, já foi descarregado milhões de vezes).

Estou chateada.

[E mais haveria para dizer, não tivesse a mais nova aqui a pedir a minha atenção.]

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a Mãe dá - Bilhete triplo para irem ver a Carochinha

Fevereiro é o mesmo do amor e parece que ninguém quer namorar com a Carochinha... 'tadinha.

Lembram-se daquele teatro a que fomos há uns tempos ver o Pinheirinho de Natal? Foi a nossa primeira vez (aqui) e adorámos! Perfeitamente adequado à idade da Irene.


Agora há uma Carochinha que vamos ver sem dúvida alguma (a não ser que tenha uma convulsão nesse dia de manhã). Estão convidados (dois acompanhantes e uma criança) para irem no mesmo dia que a Irene, o Frederico e eu (não estou a insinuar que a nossa presença seja um prémio, não ahah): 



Vamos a isto? História da Carochinha, domingo, 26 de Fevereiro, uma sessão às 10h30 e outra às 11h30 no Museu Nacional do Teatro e da Dança (Lumiar).

Por entre várias peripécias muito divertidas, a história tradicional da Carochinha e do João Ratão é contada às crianças através do teatro. Vamos ajudar a Carochinha a encontrar um par, a descobrir as qualidades de cada pretendente. Timidez, gabarolice, valentia, curiosidade, teimosia são características que nos marcam e que fazem do mundo um universo cheio de diversidade. Com o susto da Carochinha aprendemos a valorizar as diferenças e a aceitar o outro. E no fim temos casamento!

Além de fazerem like na página da Cativar e na nossa, preencham o formulário aqui em baixo e, depois, entraremos em contacto convosco para dizer quem ganhou. As participações serão válidas até às 23h59 de Domingo, 19 de Fevereiro. 






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2.14.2017

Não preciso do Dia dos Namorados para nada.


Quem me vai lendo por aqui, sabe que mais lamechas e romântica dificilmente haverá no mundo. Choro com a morte de uma formiga e emociono-me com o arco-íris (ou com uma caixa de bolachas de chocolate). Gosto de (alguns livros do) Nicholas Sparks [vá lá, não retirem já o like da página, estou em confissão]. Sou toda do amor, da paixão, dos afectos. Mas sou também uma chata com isto das datas forçadas. É o carnaval semi-nu à chuva, é o dia das Carlas e o dia das Patrícias (como se isso não fosse só marketing para a partilha das páginas), é o dia das couves roxas, é o Dia dos Namorados. Sei que há uma história por detrás, sei vagamente quem era o S. Valentim, acho um bocado irritante a exploração comercial, os restaurantes cheios de casalinhos a comer o mesmo, e que se for preciso estão ao telemóvel a encher o instagram de corações e unicórnios, mas que mal trocam umas frases durante o jantar. 

Eu, uma romântica incorrigível, não preciso do Dia dos Namorados para nada. Celebre-se o amor hoje, mas celebre-se o amor todos os dias. E não é preciso ser num restaurante da moda, nem com um relógio da moda embrulhado num papel de seda. Umas torradas levadas à cama. Um "deixa lá que eu fico um bocadinho com os miúdos na sala para dormires duas horas" e depois ser acordada com abraços e beijos, ver um filme de mãos dadas já depois dos putos estarem a dormir, um bilhete querido, ou simplesmente um beijo dado no momento certo ou num qualquer outro momento (todos os momentos são certos). Não preciso do Dia dos Namorados para nada, porque todos os dias deveriam ser dias de amor, de paixão, de surpresa. Com as mais pequenas coisas, que nem físicas têm de ser.


Lembremo-nos disto mais vezes e não precisaremos do Dia dos Namorados para nada.


fotografia Weheartit
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