10.31.2016

O interior é que conta?

Já que vos mostro um pouco de mim todos os dias, achei bem mostrar-vos ainda mais. Calma que não foi fazer um live de um papa nicolau, mas olhei para a minha mala e que melhor maneira de vos mostrar mais um pouco? Não temos de falar só de bebés, certo?

Eis o interior... da minha mala: 

 Foi comprada em saldos, não é para parecer blogger rica, não. Até porque senão cortava ali aqueles fiozinhos.

Um livrinho de há uns anos quando queria ser intelectual e que levei para o trabalho para emprestar a uma colega.

Um saquinho que adoro e que supostamente era para Irene e que uso para levar os meus snacks para o trabalho (tanga, foi só hoje, trouxe uns frutos secos, iogurte, sumo de laranja e pêra).

Uma carteira que comprei num dia destes e que só agora reparei que tenho ali uma mancha irritante. Ali no canto inferior esquerdo a tenda dos Minions da Irene que ela já não usa e que ainda não levei para a arrecadação porque estou em negação.

Caixa dos óculos e a porcaria da tenda. Vou levá-la hoje, está dito.

Desde que fui lavar os dentes ao Instituto de Implantologia não consigo não andar com o Superfloss na mala. Lavar os dentes decentemente só assim, mesmo. Nunca simpatizei com fio dental, mas isto sim! Muita bem!  Ahhhhh e o raio da tenda a perseguir-me! Ca nerves!

Fiquei fã dos batons mate no geral e este parece-me óptimo, ao contrário de outros que parece  que botei guache na boca e que me sequei no forno.

Uma grande descoberta feita ao pagar na Tiger. 1 euro e vem com imensas toalhitas destas para limpar os óculos, em vez de estarmos a espalhar as gorduras todas com os dedos e com os paninhos de veludo ou lá o que é. 
São reciclados e são tão giros! E andei a ver e até são mais baratos que os outros 

Os phones do meu telemovel que odeio falar ao telefone, a não ser que esteja de phones. Sou muito fina..

Relógio que a minha mãe me ofereceu num aniversário ou num Natal e que nunca teve pilha a funcionar. 


Curioso que não tinha nada da Irene na mala. Desde que começou a escola que a mochilinha dela nos acompanha em vez de me carregar com isso - não sei porquê.

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10.30.2016

As minhas MINI ME

A Luísa esteve de quarentena este fim-de-semana e a Isabel só saiu para ir ao parque andar nos baloiços. Fizemos desenhos, contámos histórias, tomámos um banho na banheira mais demorado, brincámos aos bebés e ouvimos música. Ah! E vimos a Patrulha Pata na televisão também e o Toy Story 3. Aproveitei que estava tudo bem-disposto e pedi à minha mãe que nos tirasse umas fotografias. Mesmo estando um bocadinho pitosga (love you mom), ficaram bem giras! 

A minha t-shirt diz "ME" e a Luísa está nem aí para tudo isto

Apesar da minha cara de rabo, adoro o momento "ri-te, mana" (e ela riu-se)


Alguém bastante parvo passou a ferro a minha t-shirt na zona proibida. Esse alguém sou eu.

Isabel a fazer queixinho e boquinha de quem, se pudesse, dava uma murraça na irmã. Mas sempre com muito amor, claro.

"Saíram por ali", disse a Joana Gama.

T-shirts Me, Mini Me #01 e Mini Me #02 - Caparinas

E a Luísa faz 5 meses! 

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A importância de sermos dois.

Ontem fomos jantar os dois sozinhos pela primeira vez desde que a Luísa nasceu. Foi a segunda vez que me afastei da bebé: só a tinha deixado a dormir para ir ao velório do meu avô. Ontem parecia que tínhamos uma missão secreta e fizemos um trabalho de equipa perfeito: cada um entrou num quarto e deixámos as miúdas a dormir em pouco tempo (o David adormeceu a Luísa e eu a Isabel), saímos sorrateiramente dos quartos e pisgámo-nos sem deixar rasto. Duas horas e meia depois estávamos de volta com um sorriso nos lábios, como se nada tivesse acontecido, como se fosse um segredo só nosso. Soube-nos bem. 

Sei que muitas de vocês não o conseguiriam fazer, sei que muitas outras já o teriam feito. Somos diferentes e temos necessidades e vontades diferentes e é nessa pluralidade que, para mim, reside a magia de estarmos neste mundo (que pirosada, eu sei).

Senti-me preparada e confiante. Maquilhei-me, deixei o cabelo meio despenteado para fingir que até nem estou careca, vesti um casaco giro de cabedal - que nem foi preciso graças à noite de verão que estava - e lá fomos nós até ao Festival de Gastronomia.  Achei que o risco de não correr bem era pequeno face ao bem que me (nos) podia fazer. Se tivessem acordado, estava cá a minha mãe, que fez um bom trabalho comigo e com o meu irmão (eheh), e - mesmo que não tivesse dado conta - estávamos a 20 minutos de distância. A Luísa já tinha dormido a noite toda na noite anterior e calculei que, por não ter feito mais febre nem ter já grande tosse, o fizesse de novo. Deixei leitinho, mas a minha intuição dizia que não iria ser preciso. Não foi. Dormiu a noite toda, assim como a Isabel, que já não o fazia há algum tempo. Tivemos um bónus: além de termos ido namorar, dormimos bem. Os astros conspiraram e eu senti-me ainda mais realizada. 

Para mim, a vida mudou muito depois de ser mãe. Teve de mudar. Os horários são diferentes, as preocupações são outras, as rotinas são importantes, as sestas, a alimentação, as noites: pouco ou nada permanece igual. É o expectável, é assim que tem de ser. Não acredito muito no "continuei a fazer exactamente as mesmas coisas", nem acho que faça sentido. Percebo que os bebés se possam adaptar a muitas das nossas rotinas anteriores, mas acho que também nós temos de nos moldar às necessidades deles. É uma questão de bom senso, de ir apalpando terreno, é ir pesando tudo numa balança e percebendo o que nos faz bem a todos, em conjuntoTambém é verdade que um bebé vem tirar, pelo menos numa fase inicial, alguma disponibilidade mental ao casal, enquanto parelha. Passam a ser um trio, um quarteto, a virar alguns - muitos - interesses para o(s) rebento(s) e às vezes esquecem-se de que já cá estavam antes e que sabe bem tirar um bocadinho do dia, da semana, para eles, seja no sofá da sala, num banho, a ver uma série, enroscadinhos, seja a ir dar um passeio, jantar fora, um cinema. Sabe bem dar as mãos e andar abraçados sem ter uma mala cheia de fraldas a pender. Sabe bem dizer uns disparates, trocar uns beijos mais demorados, comer umas tapas, sem ter de limpar um ranho, dar um colo, acalmar uma birra. Mesmo que as conversas vão ter a eles, mesmo que eles estejam presentes no nosso pensamento e entranhados na nossa pele. Ainda bem. Mas é bom distanciarmo-nos umas horas para poder parar e ouvir o coração a bater forte, ter saudades e voltar para eles.

Isto quando quisermos, se pudermos, se fizer sentido, se estivermos preparadas.




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