10.09.2016

Não usa chucha!

A Luísa não usa chucha. [Já lá vamos.]

A Isabel acostumou-se a usar chucha. Não levei chucha para a maternidade, a fim de não comprometer a amamentação, mas ao fim de umas duas semanas senti necessidade de a acalmar com uma chucha. Não estava disposta (nem devidamente informada) a fazer livre demanda e não gostava de a ver chorar por tudo e por nada e lá me rendi. Experimentámos umas 4 diferentes e só aceitou razoavelmente uma da Avent. Ao fim de uns dias já eram grandes amigas. Funcionava como rolha para as moinhas, para satisfazer a necessidade de sucção, para dormir, para se acalmar. Às tantas - sem que eu me fosse apercebendo - passava a maior parte do dia de chucha. A partir do momento em que fez um ano e picos, passei a dar-lhe chucha só em casos de necessidade, choro mais inconsolável, para dormir ou para viagens. Confesso que me fazia impressão vê-la sempre de chucha, quando nem sequer estava carente, e comecei a reduzir mais e mais (porque ela também não se mostrava reticente) e passou a usar só para dormir a sesta e o sono da noite. Levava para a escola, mas já nem a punha com uma fita pregada à roupa - as educadoras tinham-na lá para caso de SOS, na mala. Com um ano e meio - até menos, mas não consigo precisar quando - largou, de um dia para o outro. Já tinha reparado que as chuchas apareciam mordidas, mas naquela noite foi diferente. Pus-lhe a chucha, peguei-a ao colo para a embalar e ela tirou a chucha e mandou-a para o chão. Achei que tinha sido sem querer. Fui passar por água e voltei a dar-lhe. Mordeu um bocado e voltou a mandá-la fora. "Ok, não quer." Nessa noite adormeceu sem chucha. No dia seguinte, na escola, pedi-lhes para lhe darem a chucha só caso ela pedisse. Não pediu. Nunca mais pediu. Foi o "desmame" de chucha mais simples do mundo, sem choros, sem dramas, sem pressões e ainda bem. Se ela mostrasse necessidade, ter-lhe-ia continuado a dar chucha, claro, até ela querer. Aliás, guardei uma chucha menos mordida para o caso de tudo aquilo ter sido um engano. Não foi.

A foto é da Isabel, com sete meses <3


Desta vez, optei por não dar chucha à Luísa. A ideia até era não lhe dar nunca, "logo se via". Digo-vos já que é uma decisão difícil, não tanto por ela mas pelos outros. Todos, à nossa volta, esperam que um bebé use chucha. No primeiro mês ela não precisava de mais do que mamar. Depois, houve ali uma fase em que me parecia que ela queria fazer sucção não nutritiva (aquilo a que chamamos "fazer da mama chucha", o que está errado porque a chucha é que foi inventada para (tentar) substituir a mama), mas não conseguia "chuchar" na mama sem que saísse leite [parêntesis para dizer que desconfio que produzo leite em excesso, daí, nas minhas análises nada científicas, claro, achar que a Luísa queria apenas confortar-se na maminha mas sem leite]. Ela já estava a rebentar de leite, já se bolçava toda e queria continuar a mamar mas aquilo causava-lhe um desconforto enorme. Nessa altura, tentei que usasse chucha. Fervi as que me tinham oferecido e tentei, durante coisa de uma semana talvez, oferecer-lhe. Odiou. Cuspia, chorava, enfurecia-se, engasgava-se, provocava o vómito, chorava ainda mais e eu desistia. Nada daquilo me parecia natural. E não é. Depois, voltei a tentar nas viagens de carro. Tudo o que fosse viagens mais compridas, era um suplício, chorava muito. Houve uma vez que até me debrucei sobre o ovo para lhe dar mama e tudo. Aceitou umas três vezes chucha, durante uns 5 minutos talvez. Uma ou duas vezes adormeceu no carro com a chucha. Mas, depois, voltava a oferecer-lhe e nada. Nunca aprendeu a gostar. E, na verdade, eu também nunca tentei muito, porque sabia que ia estar (quase) sempre à disposição dela para ter maminha (entretanto aprendeu a fazer sucção não nutritiva e fica tão calminha que até adormece na mama e tudo).

Desisti definitivamente. Há coisa de um mês e meio, a minha mãe comprou-lhe a última chucha, uma de um material qualquer xpto de borracha 100% natural, tentámos umas quatro vezes e ciau, ciau. Finito. Vozes fizeram-se ouvir de que era preciso insistir, insistir e insistir mas eu não quis submeter a minha filha à tortura da chucha. Também não gostaria que me impingissem uma porcaria que ainda por cima não é nada parecida com o original. Tenho - felizmente - toda a disponibilidade do mundo para a minha filha e ela lá se vai safando de vez em quando com a mão, dedos, polegar, mangas da camisola, pano, camisola do pai (ahah) quando eu não posso naquele exacto momento dar-lhe maminha.

É um descanso quando assumimos isto e paramos de tentar subverter o que lhes é natural. A minha filha não usa chucha. A minha filha odeia chucha. Ponto final. Podia ter ficado só pelo "a minha filha não usa chucha porque eu nunca lhe dei chucha", mas assim até tenho uma desculpa - estupidamente - mais compreensível para quem nos rodeia.



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Tenho uma deficiência neste campo.

A paciência não é o meu forte. Artes manuais sempre me fizeram sentir que tinha luvas muito grossas sempre calçadas. Felizmente não tive de lidar muito com isso depois de ter Educação Visual Tecnológica para aí no sexto ano. Obrigada planos curriculares por me permitirem evitar este campo no qual tenho mesmo um deficiência. Porém, isso não me impediu de tentar acudir a Irene. Há 2 dias que anda a dizer que quer andar de submarino com os pais e quando viemos das compras com algumas caixas, pensei que podia tentar endrominá-la com um pseudo submarino. Correu mal. Ou, então, correu muito bem, conforme a perspectiva. 

Contexto: domingo, seis e meia da manhã.


Eram 6h40 da manhã quando começamos a pensar no submarino que íamos fazer. 

Quando me apercebi que cola líquida branca e penas não é a coisa mais esperta de sempre. 

Quando me arrependi da ideia.

Quando voltei a gostar.

Quando ambas percebemos que não era submarino nenhum e decidimos mudar o nome ao projecto para... 

O carro do Crafty Rafty (um desenho animado que dá na BabyTv que tem coisinhas do género para colar).

E aí começa a magia: a Irene sugerir coisas como um volante, uma buzina, rodas, a chave, uma porta... 

Durou pouco tempo até ela começar a achar graça estragar o carro do Crafty Rafty.

Um vídeo publicado por Joana Gama (@joanagama) a
                 

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10.08.2016

Pronto. Assumo: comprei umas carneiras!

Lembram-se de ter dito que ainda não estava pronta para assumir que tinha comprado umas carneiras (sapato mais atribuído à betalhada e, portanto, ali para os "lados" da sou-mãe-de-duas-e-assim-posso-enfolhar-as-duas-de-maneira-a-que-pareçam-uma-couve-coração)? Agora já estou. Calcei-as ontem à miúda para ir à aula de música da professora Carla (tenho de escrever sempre assim porque é assim que falamos sobre isso cá em casa haha). 

Adoro-as sem franjinhas. Parecem sapatos de boneca. O Frederico achou que ela estava vestida "normalmente", que "não diria que ela estava linda como nalguns outros dias", mas eu adoro a camisola que ela escolheu sozinha na Zara, as calças de ganga que lhe tiram o rabo de fralda e a fazem parecer ainda mais menina e uns sapatinhos para não parecer sempre fonguita como a mamã (ahah). 








Laço - Lost Colours

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