12.28.2015

Eu, costureira, me confesso.

E quando estamos grávidas em casa? 

Foi o que me aconteceu. Passei alguns meses em casa antes da Irene nascer. Não aconselho a toda a gente a trabalhar até ao final da gravidez, mas digo apenas que as últimas semanas até a Irene nascer e, estando em casa, foram uma tortura. O tempo passa demasiado devagar. Eu fiz contas a que ela pudesse nascer depois das 35 semanas (é quando é viável), mas lixei-me e fui até às 42 (ainda bem para mim e para ela, que eles devem nascer quando têm que nascer e não antes do médico ir de férias). 

Já não podia com o tédio de ficar em casa. Tinha a companhia do Frederico, ia às aulas de preparação para o parto no SFX, mas nem por isso os outros dias se tornavam fáceis para mim. Lavei e passei a roupa dela, fui preparando o ninho e tal, mas booooriiingg.


Pensei: porque não aproveitar este tempo livre para me dedicar a algo que sempre tive curiosidade? Pumbas. A minha avó era costureira e sempre admirei a capacidade de podermos criar coisas para nós, ao nosso gosto, apenas imaginando-as na nossa cabeça. 

Não é assim tão simples, mas foi muito divertido tentar. 

Comprei uma máquina de costura no Ikea, alguns tecidos e diverti-me a fazer sacos, estojos para canetas, um porta maquilhagem, capas para as toalhitas, tentei fazer uma tshirt (ahah, não)... E assim foram passando os dias... Diverti-me imenso, sinto que desenvolvi algumas capacidades motoras e cerebrais que estavam apodrecidas e o tempo foi passando. 

Sonhava com a Irene estar a fazer a sesta e eu fazer roupinhas para ela, mas a Joana Paixão Brás e eu fomos a um workshop quando elas tinham uns 4 meses (acho eu) e... foram umas 5 horas para fazer dois fofos ou lá como é que aquilo se chama. 

Não. 

É uma das ocupações que vos sugiro, grávidas que fiquem em casa por risco ou outro motivo qualquer. Eu adorei! 

Até onde foi o vosso desespero? Chegaram à costura? 

Devia ser Natal durante uma semana inteirinha!

Sim, já estou com a neura de ter de voltar ao trabalho, adivinharam. Uma invejazita de quem põe férias nesta altura, admito. Mas eu sou uma pessoa pouco rezingona e isto já me passa.

Fotografias deste Natal? Poucas ou quase nenhumas. Não faz mal. Está tudo na minha cabecita. No dia 24, a Isabel a abrir os presentes, que espaçámos (odeio aquela sofreguidão em que eles nem vêem bem o que está dentro das caixas e já estão a abrir o próximo), a felicidade dela em ter tanta gente a adorá-la e a brincar com ela, aguentou-se bem até às 23h e tal, o bacalhau com magusto da avó Rosel (o que eu adoro aquilo), a boa disposição e alegria da família,  tudo inesquecível. Já não me lembrava de como o Natal pode ser mesmo, mesmo memorável. Dia 25 também foi bom, bem preenchido e, apesar de termos andado nas capelinhas todas, foi pacífico e adorei ver a Isabel feliz da vida (têm só de lhe dar 30/40 minutinhos para se ambientar às pessoas e a partir do momento em que tem sono, esqueçam). O Natal acabou hoje, depois de visitar os meus primos mais novos (adorei vê-los brincar com a Isabel, adorei, adorei!) e de estar com as amigas de sempre (parabéns, Deduxa!). Disse vinte vezes "adorei"?. Disse, foi mesmo uma maravilha. Adorei estes dias. 

Cá estão as fotos possíveis (a meia luz + Isabel que não para quieta + pouca vontade para estar atrás da lente, quis estar a conviver a aproveitar todos os instantes).






A minha foto preferida, no Instagram:

Resistente! A beber chá com a bisavó ❤️ Natal!



Brincadeiras da manhã:


Por aqui há chá, bolos, torradas e a mãe coelha dorme com o bebé (hoje a mãe dormiu mesmo com a filha ❤️)

12.27.2015

Coisas que os bebés costumam odiar!

Completem a lista!

E, sim, já sabemos que há excepções: o Manel que adora que lhe lavem o cabelo e a Maria que desenvolveu um gosto esquisito pelos supositórios... ;)



  • Supositórios
Não era giro? Alguém chegar à farmácia e dizer: "tem aí supositórios? De qualquer coisa, tanto dá, é que a miúda fica tão contente...".
  • Medir a febre no braço ou no rabo
Tudo aquilo que implique eles ficarem imóveis (sem perceberem porquê) é chato. E creio que no rabo não será lá muito agradável. Não sei e não pretendo saber em breve que tenho uma vida algo ocupada. 
  • Mudar a fralda
Há fases. Há fazes em que nem reparam no que está a acontecer e há outras em que temos de de montar todo um circo Cardinali para lhes limpar o cocó da peidola. É o caso da Irene, agora e a história da comida antiga
  • Lavar o cabelo
Eu percebo. Bebé que é bebé tem medo de morrer. Eu também tenho um bocado. E a água escorre-lhes pela cara e não há nada que possam fazer, nem reconhecem aquela sensação. Além de que apesar de alguns champôs dizerem "sem  lágrimas", a miúda chora na mesma. E como ainda não são vaidosos, depois não vão olhar para o espelho e pensar "custou, mas valeu a pena, olhem só para este volume". 
  • Pôr soro no nariz
Outra. Alguém gosta? Há gente esquisita. Já ouvi dizer que houve quem dissesse a uma auxiliar "nasci para fazer clisteres", mas pôr soro no nariz... ainda para mais deitado... é o mesmo que gostar que lhe façam amonas na piscina. Se ainda conseguissem ser eles próprios a fazer, mas não: 0 tempo de mentalização. Tungas. 
  • Aspirar o ranho
Horrível. Aquilo no nosso nariz não faz grande mossa, mas posso dizer que já fui operada ao nariz e a sensação de nos tirarem algo do nariz assim é como se nos estivessem a chupar o cérebro para fora. É normal que não gostem, digo eu. De resto, isto de andarmos a aspirar macacos do nariz com a boca... hmm... 
  • Cortar as unhas
É preciso fazer imensos teatrinhos e passamos pela fase em que a lima parece mais prática, mas não. Depois é a tesoura e depois é o corta-unhas. O ideal era mesmo arranjar-lhes um arranhador como há para os gatos e que eles se entretivessem sem nos chatearem a cabeça. 
  • Lavar os dentes
Ui! Comer a pasta é bom, mas e lavar os dentes? Querem ser eles a fazer (quando querem) e fica tudo só num lado e sem escovar, sequer. No meu caso tenho de contar histórias como se fosse um animador de campos de férias para adolescentes com problemas de entendimento, tenho de dar tudo. Lá vou conseguindo.
  • Vacinas
Não é agradável. Nem sei para quem é pior: se para nós ou para eles. Custa-me muito crer que em pleno século XXI, ainda não haja uma solução mais fácil que esta estupidez. Um pensinho no braço para ser absorvido? Sei lá. 
  • Tomar banho
Interrompe o que eles estão a fazer, claro. Há maneiras de minimizar tudo isto com algumas ideias sugeridas pela Disciplina/Parentalidade Positiva. Como, por exemplo: avisar que daqui a pouco vai tomar banho, haver rotina, etc. Porém, a mim, às vezes, também não me apetece tomar banho. A diferença é que só vou quando me apetece ou, então, sei quais são as consequências de não ir. 
  • Calçarem pantufas ou sapatos
O ideal seria não usarem nada disso durante os primeiros tempos, mas não moramos numa loja de tapetes. Não querem porque gostam de sentir os pézinhos no chão e, acima de tudo, porque nós queremos. É o "tem de ser, senão fica com ranho". 
  • Secar o cabelo com o secador
Mete medo ao susto o barulho? Mete. Eles, quando são mesmo bebés, adoram ruídos brancos para adormecer porque o som fica bastante semelhante ao que eles ouviam quando estavam na nossa barriga. Quando crescem... é preciso uns meses... (ainda não consegui) a convecê-los de que sai um quentinho bom e que é divertido...Grr. Não me apetece nada andar a secar-lhe o cabelo com ela histérica..

E mais coisas? 

Há bebés que não gostam de comer, certo? Não gostam de ir dormir, não gostam de ir para a escolha, não gostam de fazer os trabalhos de casa (aí já não tão bebés, presumo, senão seriam sobredotados...).

Que complicações há por aí?