Há uns tempos - se calhar já há demasiado tempo - recebemos um e-mail de uma leitora nossa (a querida Sofia Aleixo) a recomendar-nos um vídeo. Recentemente, quando fui revolver a caixa do correio (tão mais giro que dizer "os mails"), deparei-me com ele.
Ora vejam, são 17 segundos.
Realmente sou muito torta. Olhei para este vídeo e, em vez de apreciar e pensar "ohhhhhhhhh", pensei "mas... mas...":
"mas... mas..." #1 - Por que é que a miúda está de pijama num comboio?
"mas... mas..." #2 - Que raio de publicitário/cliente acha bem juntar pastilhas elásticas e crianças? Para mim é o mesmo que anunciarem um Berbequim e um Poltro. Não estou revoltada, apenas acho descabido.
"mas... mas..." #3 - Quanto terão pago ao tipo que teve de fazer o pseudo pato ou dragão ou lá o que é (só me vem Game of Thrones à cabeça) com o papel da pastilha?
"mas... mas..." #4 - É assim tão grande proeza o pai tentar divertir um bocadinho a filha, visto que estão os dois enclausurados num comboio? Até eu começo a ter interesse por croché nessas circunstâncias, se for preciso.
"mas... mas..." #5 - Eu até percebo que as marcas de fraldas e toalhitas e de produtos para os bebés e, vá, também seguros de saúde, se aproveitem dos laços familiares, do quanto nos comove isto da família e crianças com os seus pais, mas... mas... pastilhas elásticas? O que vem a seguir? Pai e filha num Fiat Panda a brincarem com um frasco de Baygon?
"mas... mas..." #6 - Ninguém disse ao homem, antes dele sair para o anúncio, que tinha o cabelo oleoso? - eu sei que eles têm produção e que lhes põem o cabelo assim, mas isso é ainda pior!!!
"mas... mas..." #7 - Quantos takes terão sido necessários e quantas pastilhas teve a miúda de mamar para o anúncio ficar feito?
Bom, se calhar, hoje deito-me mais cedo que já vi que isto não está a funcionar lá muito bem.
Obrigada, Sofia! A sério.
Foi, realmente, fofinho, mas a minha cabeça tem a qualidade de arroz basmati esquecido uma semana no frigorífico.