7.16.2015

Amo-a tanto!

É a minha dentuças. O pai jura que ela é sopinha de massa. Sorri com os olhos. Dá-me muitas dores de cabeça quando não quer comer. Vai para a cama de estômago vazio vezes sem conta. Chama-me muitas vezes. "Mamã" ou "mã". Depois de eu responder "sim?", fala na língua dela, mas vai variando entre o tom de pergunta e o de afirmação. Conversamos assim. Diz poucas palavras, mas entendo-a tão bem. Às vezes não, mas finjo que sim. Às vezes tento adivinhar o que ela quer, até ela se rir, nervosa, por eu não estar a perceber nada. Vê as nossas poucas fotos espalhadas pela casa e dá-lhes beijinhos. Fica triste quando alguém se vai embora. Não gosta do som da porta a bater. Gosta de ouvir chegar alguém. Não gosta que lhe apontemos uma colher. Para a seduzir, tenho de estar a comer, sentada no chão, sem lhe dizer nada e lá vem ela, petiscar. Não gosta muito de meninos da idade dela. Gosta menos ainda quando têm bolas ou livros na mão. Quer todos, nem que para isso tenha de fazer autênticos malabarismos. Explico-lhe que temos de partilhar, mas é como se lhe estivesse a arrancar um mindinho. Adora comandos e sabe ligar a televisão. Damos com ela, inúmeras vezes, espojada no chão. Dá voltas e mais voltas a dançar e faz um jeitinho com o ombro, que intercala com agachamentos ritmados. Adora o banho e ler o livro das frutas. Gosta de o ler para chegar ao fim e dizer "já 'tá". No fim de tudo e mais alguma coisa bate palmas. Gosta de explorar. Chega-se ao pé da guitarra, na sala, e toca, à maneira dela. Tem uma pancada por sapatos. Não gosta de nos ver descalços. Se for preciso, anda minutos atrás de nós, com ténis 41 nas mãos pequenas, a ralhar, até nos calçarmos. Passa minutos a tentar calçar-se. Brinca muito sozinha, mas vai espreitando, para ver se a estamos a ver. Sorri. Faz birras grandes quando não quer dormir. É quase sempre fácil, mas nem sempre. Adormece connosco ao lado. Às vezes parece que já está a dormir mas começa a falar e a rir-se. Acorda uma vez por noite. Adora passear, ir aos escorregas e à praia. Tem um sinal pequenino na ponta do nariz abatatado. Tem um umbigo perfeitinho. As unhas dos dedos grandes dos pés são imperfeitas e vão dar-lhe dores. Já gosta de laços, ou já se habituou a eles. Desvia o cabelo dos olhos. Gosta de se pentear. Ou despentear. Vem a correr para nós para nos dar abraços e beijos. Odeia que estranhos a peguem ao colo. Ou mesmo conhecidos. Já comeu uma batata frita ou duas. Não gostou de gelado de banana. Sorri no supermercado para quem lhe sorri. Já a vi fazer moche a meninos e ser brutinha. Também já a vi ser meiga. Bebe no copo ou de palhinha. Às vezes faz repuxo com a boca e ri-se. "Danadinha", chamo-lhe. Gosta de me ajudar a espalhar-lhe o creme pelo corpo, depois do banho. Nasceu com o cabelo preto e agora é castanho com umas nuances louras. Gosta de vir para a nossa cama, aninhar-se em nós, de manhã. Adora estar de cabeça para baixo e fazer ginástica e cambalhotas. Faz hoje 16 meses. É a Isabel. 

Amo-a tanto!





Espero que não me odeie um dia por ter publicado esta fotografia.
Pode não a favorecer nada, mas espelha bem o amor de menina que ela é.

Sou só eu ou ficam ridículos?

Eles têm fases em que toleram os óculos porque ainda não sabem levar as mãos à cara para os tirar. Depois (fase da Irene) querem é tirá-los da cara porque lhes faz confusão, etc. Acho, porém, que os bebés com óculos de sol ficam com um ar parvote. Isso não implica que não os ponhamos, claro. Apesar de haver teorias para tudo, claro. Protegidos do sol devem estar, mas usar óculos de sol em crianças tão pequenas também pode não fazer bem (não me lembro porquê, mas tinha algo que ver com não se adaptarem à luz ou qualquer coisa). Eu preferi pôr, mas não foram muitas vezes, confesso. 

Agora que acho que ela fica linda com os óculos, não os aguenta! Que nervos! Há algum truque?






Parece que lhe falta um pianinho para começar a tocar "I Just Call to Say I Love You", não é?

7.15.2015

What? Mãe de gémeos, grávida de... gémeas!

Fiquei pasma. A Mariana, com 31 anos, é a mãe dos gémeos Matilde e Tomás e está grávida, de 32 semanas, de gémeas! Pelos vistos, na vida dela, tudo acontece Aos Pares, um blogue que nasceu ontem e que tenho muita curiosidade em acompanhar. Se com um já é o que é, com quatro, em idades muito, muito próximas, deve ser uma grande prova de coragem! 



"Já diz o ditado: “Depois da tempestade, vem a bonança”… Pois é, passado o susto de saber que estava novamente grávida de gémeos, em especial por ser em tão pouco tempo, vem a felicidade de assumir um novo barrigão.
E tem sido com essa felicidade e graça que tenho levado este momento. A gravidez está a correr lindamente, nada de anormal ou preocupante, apenas um pouco de anemia, mas nada que uma dose de ferro não ajude!
Claro que ser mãe de 2 + 2, em tão pouco tempo, tem os seus efeitos menos bons. Tive que parar de trabalhar pelas 19 semanas, pois já não aguentava estar todo o dia sem descansar. Claro está que o médico nem me deu hipóteses!
E mais: os esforços físicos foram proibidos e já não posso andar com eles ao colo. Assim, para nos ajudar nesta empreitada, tivemos que contratar uma empregada. Tivemos imensa sorte, a nossa empregada além de ser nova e ter muita energia, apegou-se imenso aos nossos gémeos. E como uma sorte nunca vem só (sei que a expressão é azar, mas nunca é tarde para a inverter e dar graças pelas coisas boas que nos rodeiam) a ajuda das nossas famílias e amigos tem sido muito importante.
Ainda que a palavra de ordem no meu dia-a-dia esteja a ser descanso, aprendi a dar muito sentido a uma outra: planeamento! De facto, com as coisas bem planeadas, há tempo para descansar sim, e tratar destas novas princesas que aí vêm, mas não descurar dos gémeos que já cá andam!
Temos vivido muitos bons momentos juntos. Entre idas à praia, à piscina, ao parque, ao jardim… uma coisa sempre se impõe: eles não perdem o sorriso que tanto os caracteriza. E enche-me o coração, vê-los a rir, deixando aparecer aqueles dois dentes da frente que lhes dá um ar de que fizeram asneira."






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