6.15.2015

A Joana Paixão Brás usou a palavra ODIAR!!!!

Chocante? Também achei. Acho que a única vez que a tinha "ouvido" dizer que odiava alguma coisa era algo do género: "odeio pessoas más". Ou: "odeio que eu tenha imenso prazer e gosto em fazer fotografias todas pipis e depois venhas para aqui publicar fotografias rascas de telemóvel". Isto ela não disse, mas pensa que eu sei. A solução é simples, Joana "Pipi" Brás: oferece-me uma máquina. 

Bom. Está aqui a prova de que efectivamente foi esse o vocábulo usado pela menina: 


Fomos almoçar fora há pouco e enviei a nossa roupa para a Joana. Ela até foi simpática e não comentou o facto da minha camisola parecer uma tenda, eu não ter ancas para usar calças justas e de se reparar perfeitamente que os meus sapatos foram 10€ e no Jumbo. Em vez disso odiou o vestido que eu adorei (claro) da Irene. Se é um bocado pop electric (seja lá o que isso for)? É. Mas eu acho que está linda. Está, está!!! Não ligar sff à mama que fica pendurada sempre que usamos malas a tiracolo.


Nem à desarrumação da casa. As coisas que estão do lado direito são as coisas que estão em modo "já vou por isso lá abaixo, Joana, já vou" há 3 meses.  Eu podia lá ir, é verdade, mas não sei quê e depois tal e tal. 


Recomendo vivamente o restaurante por tudo. Comida, empregados, localização... Fomos ao Espelho D'Água em Belém. Pesquisem que vale a pena. Um dia destes faço um post sobre isso.

Quanto ao vestido, Joana "Pipi" Brás, é lindo. Lá por não ser de lojas do Facebook e de não ter uma gola que a fizesse parecer um cupcake...




6.14.2015

Post com pilinhas e pipis. Mesmo.

Confesso que a primeira vez que vi isto fiquei chocada. A segunda parti-me a rir. A terceira comecei a sentir que até faz sentido explicar as coisas assim.

É um livro para crianças que explica "de onde vêm os bebés", sem lhes mentir, sem pudores.

Vi aqui.


É de 1975 e chama-se "How a baby is made".





Acho amoroso. Diz que se amam muito mutuamente e que se "ajudaram mutuamente" a ter um bebé. 


Acho bem que se ensine o nome das coisas. Mas não quero depois andar a dizer à Irene depois da natação para limpar bem a vagina à toalha. Algo me parece errado nisto. Até porque não se limpa a vagina a não ser que levemos um daqueles coisos para os biberões. 


A verdade é que é isto que acontece. Não necessariamente nesta posição, claro. Não sei por que há de se parar por aqui e não por umas fotografias de outras posições para também já começar a dar ideias aos mais novos. Estou a brincar, claramente. Não chamem a protecção de menores. 


Acho amoroso que ponham os pais a dar beijinhos depois de fazerem amor e não que o pai e a mãe tenham adormecido. Se são tão realistas em tudo, também deviam ser nesta parte. Ou que a mãe tem de fazer xixi a seguir. +


Também não ficamos à espera que a criança nasça, todos nus. 





O bebé não sai a sorrir. As vezes nem sai por aí.


Muito menos a pedir um abracinho a quem o está a ver de frente. Quanto ao olhar do pai nesta situação acredito que sim. Que seja mais ou menos essa a expressão. 



Vá, vamos fazer uma contagem: quem é a favor e quem está contra? Se houver mercado para isto, eu própria penso em fazer um livro para bebés sobre isto. Prometo.




Quero que a minha filha seja aquilo que ela for.

Princesa ou super-herói. Frágil ou implacável. Que gosta de desporto ou que prefere ler. Que se veste de cor-de-rosa e plumas e pinta as unhas. Ou que prefere andar de ténis ou Dr. Martens. Até se se quiser vestir à rapaz, e ser tratada como tal, como a filha da Angelina Jolie e do Brad Pitt (aqui). Apesar da minha panca por roupas femininas e pelo quarto cor-de-rosa, cá em casa há carrinhos e há bolas, que ela adora.

Não escrevo isto para ficar bem na fotografia. É mesmo, mesmo o que eu sinto. Quero que a minha filha seja a minha filha. Que não seja feita à minha imagem. Que não faça escolhas para me agradar. A vida é a dela. Eu já fiz as minhas escolhas. Já me deram margem para ser aquilo que sou. Deixaram-me ser chorona, sensível, meiga. Deixaram-me gostar de princesas, de ginástica, de danças de salão. Deixaram-me andar de poupa com gel no cabelo e com saias rodadas. Depois deixaram-me vestir calças de veludo e Dr. Martens. Um dia apareci em casa com um brinco no nariz e não criticaram a minha escolha. Deixaram-me experimentar o Cardio Kick Boxing, as aulas de guitarra e o basquetebol. Deram-me margens para eu ser o que eu quisesse. 

Tento, mas não consigo imaginá-la, daqui a uns anos, de maneira nenhuma. Só sei que vai ter olhos grandes e pestanudos, cabelos escorridos, provavelmente será alta. De resto, está tudo indefinido. Acho que é por não ter grandes expectativas em relação aos detalhes da personalidade dela, dos gostos pessoais, da profissão. Só a imagino com um grande sorriso. Quero-a feliz. Todos os pais o desejam. Vou educá-la para gostar dos animais, para gostar da natureza e da rua, para gostar de música. Vou ensiná-la a dançar para afastar as neuras e a tristeza. Vou educá-la para que goste de abraços e de pessoas, para saber pedir desculpa e para ser trabalhadora e esforçada. Poderá vir a ser tudo isto. Poderá não vir a ser nada disto. Será ela. Tímida ou extrovertida. A preferir ficar em casa ou a gostar de rua. A ser cientista ou dançarina. Vou estar a assistir, da primeira fila. A dar-lhe conselhos, mas a deixá-la ir. Se quiser voltar à estaca zero e recomeçar, cá estarei para apoiá-la.



Fotografia -  The Love Project Fotografia