5.10.2015

A maternidade deixa-nos giras

Sabem do que me tenho apercebido? Que esparguete só com alho, azeite e oregãos é muito bom e resolve a falta de coisas comestíveis no frigorífico (o tupperware com comida da semana passada já tinha bolor e não quis arriscar).

Tenho-me apercebido que a maternidade nos deixa mais giras. Não estou a falar daqueles primeiros meses em que parecemos um bidon, cansado e a cheirar a bolçado. Digo, depois. Quando já conseguimos despachar a mala deles em menos de nada e quando sair de casa já não parece uma missão impossível. Quando já fazemos tudo com uma perna às costas. Quando já não andamos tão inseguras e quando já conseguimos pôr um anti-olheiras. Quando, apesar de cansadas, ficamos felizes porque nos sorriem e nos chamam "mamã".

Acho que ficamos mais giras porque temos uma criança ali, connosco. Que, mesmo que seja um repolho (nunca vamos saber), nos valoriza. Porque agora somos mães. E, se conseguirmos ter o cabelo lavado e estar minimamente arranjadas, temos um brilho especial, porque estamos felizes e nos sentimos completas. E isso nota-se a léguas. Porque temos o maior dos desafios em mãos e isso nos dá uma aura especial. Com ou sem pneu. Com os braços em forma de bacalhau ou com braços de atleta de remo.

Dantes achava que para estar gira precisava de estar montada nuns saltos altos, maquilhada como se fosse sair à noite e chegava a pôr um decote com o meu melhor soutien. Agora? Sinto que não preciso disso. Sem grande maquilhagem, com um vestido comprido e umas sandálias rasas, cabelo lavado apanhado em trança e siga. A confiança é culpa dela. Só dela, que me faz sentir gira todos os dias. Tenho a certeza que, para ela, a mãe vai ser sempre gira. As mães são sempre giras.







A mãe desbronca-se (#09) - Porquê o nome Isabel?


A Filipa perguntou aqui e eu respondo. Porque Maria do Carmo ou Carminho já há às centenas, apesar de não me sair da ponta da língua. Se tiver outra menina... Bem. Gosto de Maria. De Luísa. De Júlia. De Teresa. De Josefina. Josefina não, estava a gozar. Gosto de nomes simples, clássicos e antigos, sem serem os nomes da moda. Gosto da ideia de dizermos "a Isabel" e não ser confundido com mais nenhuma prima ou filha de amigos. Segundo este raciocínio podia ser sido Lyonce, só que não. 

E porquê Isabel? Um dia, poucos dias depois de ter descoberto que estava grávida, marquei jantar com uma grande amiga, a Raquel. Contei-lhe e, entre lágrimas e emoção (tenho isso gravado, um dia mostro. Posso, Raquel? Posso, posso?!!!), e falámos logo de nomes. Eu disse-lhe que estava sem ideias, só sabia que gostava de Pedro e de Simão para rapaz. Ela sai-se imediatamente com Isabel. E o meu coração ficou bem cheio. O nome da minha mãe, o nome da minha avó, que morreu quando eu tinha 12 anos e de quem tenho muitas saudades. O nome da mãe do David. O nome da avó do David, que morreu no ano em que nos conhecemos. Uma homenagem às mulheres das nossas vidas e um nome de que gostamos (sim, porque se a mulher da minha vida se chamasse Leopoldina, como uma das minhas bisavós, tinham de ter paciência, porque não ia acontecer). Perfeito. Isabelinha, repetia a Raquel. Doce, betinho q.b., sem estar na moda. Isabel. Isabel Brás da Silva. Não mexe mais.


Há por aí mais Isabéis?



5.09.2015

Se calhar exagerei...

Como exagero sempre. Acho sempre que já está na altura de fazer qualquer coisa ou de comprar determinada coisa e, depois, quando vou a ver é para quando ela tiver mais 45 anos ou, pelo menos, mais dois. 

Foi assim com o parque, foi assim com o tapete, com os livros, com as rocas, com.... o coiso do Colombo onde fomos hoje... 




Sim, a miúda está tão divertida como eu quando o Frederico diz "hoje tenho de ver um jogo às 20h, okay?".

Já agora, quem foi a pessoa que passou este tipo de coisinhas de 100 paus para 1 euro? Quem é que achou isso justo???? 200 paus umas 9 voltinhas nesta parvoíce? Só paguei porque quis, eu sei, mas epá...