5.05.2015

Sou um cliché


A sério que sou. Odeio, mas sou. Agora, para além de blogger, também comecei a correr? Não, me armei em pássaro e comecei a comer sementes. Eu gosto demasiado de Oreo para isso. Aproveito e desabafo convosco. Lembram-se da "alergia" que eu tinha, que não parava de me coçar? Pronto. É obviamente uma coisa de nada na pele mas que foi despoletada (se é assim que se escreve, por que é que me está a dar erro no Chrome) por ansiedade. Tive falta de ar enquanto tinha a comichão e, portanto, pensei que estivesse perante uma alergia grave. Não. Afinal é só a minha ansiedade a fazer das suas. Como nunca tinha feito antes. 

Acho que estar há um ano e tal em casa e um ano focada na Irene tem disto também. Nem sei se é disso, mas talvez desfocar-me de vez em quando seja giro. Não gosto de correr, mas gosto de ouvir música e de ter corrido. Não estou a fazer isto para emagrecer. Nunca hei de ser modelo, por isso não vou ser parva e passar o resto da minha vida a tentar. 

Mais mães ansiosas por aí? Conselhos? 




Ela só precisava de tempo.

Este é um texto sobre o tempo. Sobre dar-lhes tempo. Deixá-los viver, e crescer, ao ritmo deles.

No sábado, em casa dos avós paternos em Évora, o David foi com a Isabel até à zona da piscina. Não levou o fato de banho dela, nem toalha. Foi vestida com a roupa que tinha, chapéu e protector nas zonas a descoberto. Achou ele que ela ia molhar a mão, fazer um "shap shap" e ficar a ver a prima na piscina a dar às pernas, a dar gargalhadas e a fazer birra para sair. A Isabel nunca foi a maior fã de água, molhava o pézinho, as mãos e pronto, estava feito. Desta vez não. Quando ele lhe molhava as perninhas, ela ria-se entusiasmada. Pedia-lhe para repetir. Quando o David me pediu o fato de banho e o creme, que ela queria ir para a piscina, primeiro duvidei, depois senti-me a explodir de emoção. É um passo. Um passo que ela dá, sem pressões, sem nunca a termos feito chorar e sem nunca a termos pressionado. Ela não estava "muito mimada". Ela apenas não gostava da sensação da água fria no corpo. De se sentir desprotegida. Ela só precisava de tempo. De ganhar confiança. Um dia iria gostar. E nós só teríamos de esperar. Sem forçar. Sem nos lamentarmos por termos uma filha "medricas". Ou "mimada". Ela tem tempo. Tem o tempo dela. E foi tão melhor assim.

Este raciocínio é válido para tudo na vida. Não acredito em tratamentos de choque. Acredito em respeito por eles, pelos ritmos deles, pelas vontades deles. Não quer dizer que não os estimulemos, que não puxemos por eles, que não os desafiemos. Mas se ela não está ainda preparada para andar, um dia estará. Se ela ainda não diz mais do que "mamã", "dada", "olá" e "ão ão", um dia dirá "idiossincrasia", "veleidade" ou "evenemencial". Ou "bué" e "totil". Mas o que eu quero que ela diga muitas vezes - e que o pratique - é "amor", "respeito" e "dignidade". Não é digno deixá-los a chorar numa piscina para se habituarem. Nem tirar-lhes aos mãos de repente para que eles caminhem sozinhos. Nem deixá-los sem colo, quando nos pedem. Não estamos a mimá-los demasiado. Estamos a fazer com que tenham confiança em nós. E neles.












A fingir que tenho dinheiro e que paguei isto tudo na caixa.

Hoje é daqueles dias em que me apetecia gastar o dinheiro todo da conta. A verdade é que é como se já o tivesse feito - desde que pus uma licença de vencimento - e por isso agora mordo-me toda a ver sites. Fui ao da Zara só para me irritar. Não pensem que sou trend setter nem nada do género. A minha filha veste o quer que haja na Zara, graças às avós extremosas que tem.  Não tenho um estilo próprio nem ando à caça de tendências no instagram. A minha referência são as unhas da Joana Paixão Brás. A cor que ela tenha é a cor da moda.