5 anos disto.
5 anos e picos de uma amizade que deu nisto.
5 anos em que, tu, Joana Gama, tiveste de levar com a montanha russa que eu sou, ora lá em cima e motivada, ora frustrada, desanimada e a sentir-me paralisada.
5 anos em que tu, Joana Gama, nem sempre escreveste coisas com as quais eu concordava, mas era isso que nos distinguia e que sempre deu força a este blogue: a tua paixão e garra.
5 anos a rir-me muito com os teus textos e a reflectir e a aprender com quase todos.
5 anos de desabafos, de disparates, de fotos de cara lavada e até de pijama.
Sem ter medo do que os outros pudessem pensar.
A partilhar casos, histórias de outros, dores de várias mães.
A responder a e-mails de leitoras que procuravam palavras amigas e de compreensão quando mais ninguém à sua volta parecia tê-las.
A fazer rir, a descomplicar, a partilhar coisas tão íntimas que faziam com que quem estava do outro lado se sentisse normal.
Copo menstrual, sexo pós-parto, divórcio, guarda, partos, cansaço, psicoterapia, sonhos e desilusões.
Mudança de vida.
Reações inesperadas, desabafos e partilhas que faziam com que
sentíssemos que o que fazíamos aqui até era especial.
Um convite para escrever um livro, para idas à TV, para entrevistas, para embaixadoras de projectos e até de marcas.
Nãos, bastantes nãos, quando não consumíamos nem confiávamos em algum produto. Alguns sins que faziam sentido que nos pagavam para que pudéssemos ter tempo para escrever sobre tudo o resto. Mais que justo.
Projectos que desenvolvemos por nós, começados por ti, e nos quais sempre confiei e aos quais
me entreguei.
Dicas de viagens, restaurantes ou de consumo, mas principalmente dos valores em que acreditamos, de livros, museus, espectáculos, atividades, disciplina positiva e aquilo que uma escola deveria ser.
Textos, vídeos e depois podcast, para falarmos de tudo o que tem a ver com a maternidade e tudo o que não tem. Tudo o que somos e tudo em que pensamos.
Já errámos, já fomos intempestivas ou dissemos disparates, já nos arrependemos, já mudámos de opinião e mantivemos tantas outras.
Mas, sobretudo, já ficámos felizes por algo que parecia tão pequenino ter chegado ao coração de tanta gente (e se só ao de uma pessoa que fosse não teria sido em vão).
Quantas vezes já chorámos com comentários muito desagradáveis? (fui só eu?)
Quantas vezes já soltámos uma gargalhada?
(e um pum? - é retórico, não respondas Joana Gama, pleaseeee LOL)
Quantas nos orgulhámos do que andamos aqui a fazer?
Já te disse que me orgulho muito de nós? E que sinto que te tenho de agradecer muito, mesmo muito?
Obrigada, Joaninha. Companheira de blogue, mas também de vida.