11.22.2019

5 anos depois: adormece sozinha!!!

Confettis, pandeiretas, champagne (que era basicamente o que eu precisava antes de as ir adormecer para ir relaxadita e sobreviver aos mil pedidos de água, xixi, calor, tapa, destapa)! 

A Isabel pediu-nos FINALMENTE para dormir sozinha! 

E não, não foi fogo de vista. Demorei a vir aqui contar isto porque não estava bem a acreditar. Pensei "uhmmm, deve-se ter enganado", "é só hoje". Mas não! 4 dias depois, despede-se com um beijo, aninha-se ao peluche, gato aos pés dela e adeuzinho, até amanhã. 

Claro que isto (ainda) não me facilita muito a vida, porque ainda tenho de adormecer a Luísa, isto é, estar ao lado dela para que durma. E a Luísa demora, se for preciso, uma hora até cair para o lado. Mas dá-me esperança. Pode ser que a Luísa, com 5 anos, também siga as pisadas da irmã. Pode ser que isto não dure até aos 10 anos.

Eu já me tinha mentalizado: "não posso deixar coisas importantes por fazer depois de elas adormecerem". Ou porque eu adormecia com elas  e lá ficava até ao dia seguinte, ou porque acordava toda "zazada" e enervada por ter adormecido. Tentava que os pratos ficassem na máquina, cozinha orientada, pijama vestido (caso adormecesse) e cara lavada. Vários dias em que assumi que me ia deitar e dormir, mesmo. Mas depois vi pelo meu relógio (que é daqueles todos inteligentes que me dão a qualidade de sono, etc) que andava a dormir demasiado e que o meu metabolismo assim também ficava lentinho (aquela lógica do "quanto mais se dorme, mais sono se tem"). Chegava a dormir 11 horas, deitando-me logo com elas - e o pior é que a qualidade do sono não era boa (demasiado sono leve e pouco sono profundo, por exemplo, e 4 despertares).

Mas bem, isto para vos dizer que, apesar de ainda ter de adormecer a Luísa (levo-a para o meu quarto para que a Isabel possa então adormecer sozinha, tal como nos pede), fiquei feliz por mais este passo no crescimento da minha filha. E também feliz por não ter sido eu a definir este timing: foi ela.

Claro que havia momentos ternurentos e queridos quando me punha no meio das duas a adormecê-las, cada uma deitada sobre um braço meu, cabeça no peito. Claro que um dia vou ter saudades. Mas muito sinceramente, era chato para a Isabel, que adormecia mais rapidamente "ter de levar" com a Luísa a pedir mil coisas, a esfregar a perna na parede, a tirar meias, a falar. Acabava por ser mais stressante para todas. Nem sempre, mas há momentos que me ficam na memória, da Isabel já a chorar a pedir à Luísa para se calar. 

Posto isto, menos um problema. Ainda não é o ideal: assim que a Luísa adormece na minha cama, levo-a para a delas e depois, durante a noite, claro que volta para a minha. Mas tudo bem, não nos chateia. Sinceramente, depois do que passámos sem dormir com as miúdas, esta fase é a MELHOR DE TODAS ATÉ AGORA. ESTÁ ÓPTIMO. JÁ NEM PEÇO MAIS NADA. 

Nota-se um bocado o desespero de anos? Pronto, já passou, inspira, expira. A verdade é que nos fomos moldando às necessidades delas e damos por nós a partilhar camas, a fazer o jogo das cadeiras em modo cama e a nunca saber bem onde vamos acordar no dia seguinte. Paciência, não é um BIG DEAL para nós. Mas sabe bem ver que fica cada vez mais fácil.


Nada a ver mas escrevi ontem sobre os meus desejos para as nossas férias de Natal: ando a ver destinos para ir de carro ou então de autocaravana. Acabei de instalar uma app chamada park4night para perceber aonde poderíamos pernoitar. Por mim, passaríamos pela Serra da Estrela ou iríamos até San Sebastian. Nunca fomos (só fui até Bilbao) e adorava conhecer. É péssima ideia em dezembro? Contem-me tudo.


11.21.2019

A sonhar com as férias de Natal... sou só eu?

Ainda não temos planos. Só a ideia de estarmos os quatro em casa de pijama, a brincar, a comer castanhas (e a dar puns e a rir muito, tudo incluído), a ver filmes e a ter tempo em família, já me agrada. Não sou a maior amante do inverno, não sou mesmo. Menos sol na fronha deixa-me mais deprimida, a conta da luz à conta - passo a redundância - dos aquecedores ligados deixa-me nervosa (e esta casa, mesmo com polares e robes vestidos é um gelo, credo!), dias mais curtos e escuros e menos idas à praia e por aí fora, dificuldade em secar roupa (que nervooooos), e por aí fora. Mas há que aproveitar o que de bom esta época nos traz e poder estar mais em casa, receber família ou visitar a família é mais que bom. Adoro o Natal.

Anseio pelas férias do Natal desde setembro (ahah). Já pensámos em ir uns dias para Évora, casa dos pais do David, já pensámos ficar por casa uns quantos, mas agora tenho pensado na hipótese de ir de autocaravana dar uma volta 4 ou 5 dias por Portugal. Nunca o fizemos e seria tão giro. Já está nos nossos planos há uns três anos e desde que a Joana Gama partilhou aqui a experiência, ainda com mais vontade fiquei.

Se não, gostava de ir até à Serra da Estrela (só a Isabel ainda foi e com os avós) dois dias. Acredito que seja, no entanto, um destino bastante concorrido nesta altura do ano. Onde ficar alojados? O que visitar nas redondezas? O que aconselham naquela zona? 

E vocês, o que planeiam fazer no Natal? Vão à terra?


(Que sonho de casa, hein?)

11.17.2019

Chamei o 112 e não sabia se podia sair de casa.

Não se ponham com "ai, lá está a Gama com os títulos sensacionalistas" porque foi mesmo o que aconteceu. Confesso que só agora, passado uma semana, consigo escrever sobre o assunto porque tive ainda de me reequilibrar. Perdi um bom pedaço do sentimento de segurança relativamente à nossa casa e acho que só agora estou a recuperar. 

Ora, só para que tenham uma noção, era uma da manhã. Aqui a gorda já tinha adormecido a ver uma série da Netflix e comido meio kg de amendoins. De repente, ouve uma explosão. Acorda um bocadinho, mas pensa "caramba, os meus sonhos estão a ficar mesmo vívidos..." e manteve-se deitada. Vou só parar de falar de mim na terceira pessoa, vá. Depois, começou a cheirar-me a bolo (??) e a borracha queimada. Por acaso - não é meu costume levantar-me - levantei-me para ver o que se passava e, quando fui à cozinha, já não conseguia ver nada. Estava tudo cheio de fumo e tornava-se impossível respirar. Corri para fechar a janela oscilo-batente e também fechei outras janelas que estavam assim para arejar a casa.

Reparei que a loja do r/c estava a arder. E apressei-me a ligar para o 112. Disse onde era o incêndio e perguntei se podia sair de casa e o técnico disse-me que não sabia. Irritou-me na altura porque "é esta a utilidade do serviço de emergência??", mas depois lembrei-me que o senhor sabia lá como é que estava a minha casa, se era um prédio ou não ou o quer que fosse. Antes assim do que me mandar sair e ficarmos as duas fritas à saída do apartamento... 



Os bombeiros chegaram rápido, ainda que me tivesse parecido uma eternidade. A minha querida vizinha veio bater-me à porta quando acordou para me avisar do incêndio e acho que aí saí "do choque" e apercebi-me que tinha de tomar decisões. Acordei a Irene e pu-la na casa da vizinha a brincar com a filhota bebé (acho que acabou por não ser grave para nenhuma das duas visto que puderam brincar enquanto os adultos se esvaiam de pânico). Depois fui fazer uma mala com o mínimo indispensável: documentos, carregador telemóvel, medicamentos para as convulsões da Irene e ténis para ambas. 

Ficámos à espera de saber se o fogo tinha ficado controlado. Os bombeiros depois vieram com uma ventoinha gigante ventilar a nossa casa, mas era impossível dormir aqui durante mais de um par de dias. O ar estava irrespirável. E ainda bem que a vizinha nos deu guarida. Afinal já eram praticamente 4 da manhã. 

Na manhã seguinte, reparo que a casa continua sem condições para ser habitada e que tinha de ser feita uma limpeza a fundo, assim como pintar as paredes. Assim foi. Mas, como vos disse, só agora, uma semana depois é que estou a voltar a sentir-me segura aqui, por muito tonto que isso pareça porque seria altamente improvável voltar a acontecer o mesmo. 

Lado positivo? A relação com os vizinhos ficou mais próxima, fomos dormir a casa do meu pai e foi uma noite gira, a Irene passou o dia com a avó e foi ao cinema e eu passei a dar ainda mais valor ao conforto que temos por termos uma casa porque foi terrível não ter onde estar durante esses dias. 

Já passou. Já está. 

Entretanto, sabem que temos um podcast? Chama-se "a Mãe é que sabe", mas é onde falamos sobre tudo menos maternidade. Só para desenjoar um bocadinho. Podem seguir-nos no SpotifyApple PodcastsSoundCloud e Anchor FM. Talvez sejamos boa companhia para o final do dia no carro a caminho da escola deles, por exemplo. ;)

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