2.25.2019

Elas dormem na mesma cama

Decidimos que iria ser assim, ainda a Luísa não tinha nascido. Estávamos em Santarém e até tínhamos um quarto para cada uma, mas não nos fazia sentido. Primeiro, a Luísa ficaria no nosso quarto; depois, dormiriam no mesmo. Daí até termos achado que seria engraçado que dormissem na mesma cama, e que poderia ser bom para se sentirem acompanhadas, foi um pulinho. No início até achei que seria melhor dormir cada uma para o seu lado já que, tendo cama de solteiro (corpo e meio), nem sequer tocariam com os pés uma na outra. Mas depois experimentámos deixá-las mesmo juntas e até nem foi mau de todo.



Mas espera, estou a esquecer-me de que chegámos a fazer uma tentativa, onde uma delas acordava a outra - a mais nova acordava a mais velha - e voltámos a trazê-la para o nosso quarto. A nossa prioridade sempre foi dormirmos todos o melhor possível. Por isso, fizemos cosleeping até aos dois anos da Luísa, quase. Quando tentámos uma segunda vez, correu bem. Não vos vou dizer que as noites mudaram da noite para o dia, que, por aqui, temos duas miúdas que demoraram a dormir a noite toda. Ainda hoje nos aparecem no quarto ou chamam por nós. Ainda hoje adormecem com um de nós no meio delas, depois da história. É assim que para nós resulta melhor e, sinceramente, já nem temos pressa. Acabámos por moldar as nossas expectativas à realidade e não a sonhar com o impossível. Mas já está tudo muito melhor. Há dias em que ambas dormem muito bem. Há dias em que vêm ter as duas à nossa cama já de manhã. Há dias que são um verdadeiro “jogo das camas” e já nem sabemos bem onde acordamos e ao lado de quem.

Sabem que mais? É como é. Aceitar facilitou-nos a vida.

No entanto, também já ouvimos duas vezes a Isabel a conseguir acalmar a Luísa a dizer “a maninha está aqui”. Não é a coisa mais linda deste mundo? É. Também já demos com elas de mãos dadas.



Curiosamente, num livro que temos sobre a infância da Ana e da Elsa, do Frozen, elas dormem juntas, lado a lado. E a Luísa achou a coisa mais engraçada do mundo: “igual a nós. Eu sou a Elsa e a mana é a Ana”. Perfeito.

Por isso, se têm dúvidas em como dispor o quarto e as camas, não descartem logo esta hipótese. A cama é no chão, de inspiração montessoriana [desde o ano e meio da Isabel que não há outra forma, adoramos].

Elas dormem juntas, lado a lado, e é uma boa solução. Para já, vai ser assim mais alguns tempos (ou até anos).




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2.24.2019

Truques para ter mais tempo disponível para eles durante a semana.

Isto vem, claro, não só de uma pessoa que deixou de ter de picar o ponto quando entra na empresa e quando sai por ser paga ao minuto (que violência, credo), mas também de alguém que tem a possibilidade de por em prática todas as dicas seguintes. Claro que nem todas as famílias têm o mesmo budget, horários, configuração (se são monoparentais ou não), mas temos todas cabecinha para ler coisas e pensá-las à nossa medida - a não ser que os vossos miúdos ainda não durmam nada de jeito. Nesse caso, de certeza que não têm cabecinha nenhuma. E despeçam-se já de 40% dos neurónios que tinham antigamente. Fica já o disclaimer. 

Por acaso não é verdade. Quando, depois, se volta a ter um ritmo mais equiparável ao que será um ritmo saudável, a cabeça volta a arrancar. Temos é de fazer o máximo possível por nós também. Porque... o que é isto da pressão de ter que ser boa mãe? Nada! Também temos que ser saudáveis e isso. Ahhh... peanuts. Tudo canja - mesmo sendo canja, ela não aparece feita, ahah. 


A foto não está a preto e branco para parecer uma pseudo intelectual sem testa,
é porque não me maquilhei e assim ainda parece que não tenho rosácea


Como padeço de ansiedade e de uma vontade doentia de passar tempo de qualidade com a Irene ao mesmo tempo que tenho de ter a casa minimamente em ordem para me sentir bem, confesso-vos: 


- A ajuda semanal ou bi semanal para limpar a casa ou para fazer sopa é muito, muito preciosa. 

É dinheiro muito bem gasto. Tendo que escolher, faz-me melhor à cabeça e à família não ter essa pressão semanal a fazer uma viagem grande por ano ou duas. 

- Às vezes comprar jantar nos hipermercados.

Não sou fundamentalista do biológico, mas cada vez me custa mais comprar coisas que não sei de onde vieram ou como foram cozinhadas ou o que seja. Seja como for: não ter de tratar do jantar e, se calhar, durante dois dias, é fantástico para ter aquele tempinho entre ir buscar a miúda à escola e o mesmo ou depois do mesmo de cabeça limpa. 

- Saltar o banho integral.

Nem sempre lhe dou um banho completo, de cabelo incluído e hidratação e tudo mais. É a regra, mas há a excepção. E às vezes há outras coisas que se sobrepõem. Tipo: vê-la. 

- Fazer coisas no forno.

Nem imaginam o meu alívio quando me lembro que posso comprar uma peça de maminha (não, não estou a falar de amamentação, calma) ou de lombo e despachar isso para o forno e dar para dois jantares e dois almoços meus. Se a nível nutricional não é o mais variado? Epá, não, mas nem sempre dá para ser atenta a tudo. Aliás, nunca deu. Nem sei porque disse isso. 

- Despachar acompanhamentos à parva.

Em vez de fazer só para a refeição, fazer já arroz para a semana. Esparguete para a semana, vegetais para a semana, batatas cozidas para a semana. Isto, naquele dia em que, por acaso, já que temos de cozinhar, não custa assim tanto por numa panela ao lado umas batatas a cozer. 

- Arrumar os lanches por kits.

Arranjar mesmo um espaço na dispensa ou no armário em que o lanche já está separadinho de maneira a ser agarrar nele (ou, se calhar, ainda juntar qualquer coisa que só dá no dia) e por dentro da marmita (credo, esta frase toda daria um single da cantora pimba Rosinha). Ou, simplificar, e borrifar para o lanche e por a criança a lanchar todos os dias da escola (no caso da Irene não dá porque como só há iogurtes de leite de vaca e ela não tolera muito bem... not cool). 

- Ir dormir com tudo pronto. 

Raramente faço isto, mas de manhã torna-se tudo mais lento e agradável. Passa a ser, em vez de um momento só de stress, também um momento de convívio. Se andamos sempre sedentas de tempo para nós, como assim passar parte da noite a preparar o dia seguinte? Bem sei, mas talvez tenhamos que pensar em estratégias de nos aliviar a carga durante a semana ou ao fim-de-semana, talvez emprestando (ahah) a criança aos avós ou iniciando uma rotina de irem brincar para a casa dos amigos que há de haver um dia em que calha ser a nossa a ir para a casa de alguém e já respiramos um pouco. 


Volto a afirmar que nem toda a gente tem as minhas possibilidades, nem o meu estilo de vida. Por acaso vivo sozinha com a Irene e tenho a sorte de ter a vida facilitada em muitos aspectos. No entando, acho que estas dicas poderão ajudar de alguma maneira a quem esteja neste momento numa fase mais ansiosa e não tenha a capacidade de pensar. :) 


2.23.2019

Que tipo de mãe são quando eles estão doentes?

Ahh... claro que nem todas pensamos nisto. Há quem tenha uma cabeça que se ocupe menos a tentar categorizar-se, mas é sempre importante termos uma ideia - digo eu - de onde nos posicionamos na escola da galinhice ou da tranquilidade. Nem que seja para termos uma imagem mais ajustada de nós próprias. 

Ou então, não. Podem não querer saber nada. É como a febre e os restantes sintomas. Há quem os anote num papel para ir à pediatra com tudo direitinho e há quem se guie mais por... bem, não sei como fazem as mães relaxadas, não sou bom exemplo. A Joana Paixão Brás é mais :)

Vejam o vídeo aqui em baixo onde claramente cheguei à conclusão que esta camisolinha justinha preta vai ficar à espera de dias com menos gramas para voltar a sair do armário. 'Tadinha. Esteve submetida a um esforço intenso, mas já passou. 




Além dos grupos de mães que todas nós conhecemos - aliás, foi até assim que a Joana e eu demos conta da existência uma da outra - existem outras formas não só de aliviarmos a nossa ansiedade (se for esse o caso ou, melhor ainda, de sermos aconselhados por especialistas, já que receber indicações de outras mães sobre medicamentos e procedimentos, please nunca o façam (nem aconselhem nem administrem). Somos todas muito bem intencionadas, mas sabemos lá o que pode acontecer, não é? 
Chegamos à conclusão que além da Saúde 24, por exemplo, também temos sempre a Farmácia Portuguesa mais próxima. A Joana sabe o nome da dela quando era pequenina. Já eu nunca me lembro do nome mas, como já vos contei aqui, sei o nome do Ricardo e à data da escrita deste post voltei a vê-lo porque fui encher-me de comprimidos por ter ido tirar um siso. 
Vocês são das mais nervosas? Ou só acionam o botão de alarme quando a coisa está grave? 
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Joana Gama