8.21.2018

Quero ser mais feliz do que isto (#1) - Adeus instagram!

Ahhhhhhh! Não sei se é por estarmos a chegar a Setembro e ter sido, desde sempre, o meu "começo de ano preferido" (por poder estrear cadernos e dossiers, livros com cheirinho a novo e também por ser o meu aniversário), ou se é porque estou "cheia de vida" por ter vindo de férias e, por isso, já me dou ao luxo de pensar nalgumas coisas com vista a resolver outras. 

Acabou-se o instagram!
Quer dizer... não acabou, acabou. Mas... acabou na medida em que o abria mais de 40 vezes por dia. Em que, em vez de estar a brincar com a Irene, estava a ver o feed de coisas que não me interessam mais do que a minha filha e stories de pessoas que vejo todos os dias no trabalho.... 

Não preciso de estar sempre on. Porque é que tenho de saber no PRECISO momento quando é que alguém me comentou alguma coisa ou leu uma mensagem? Eu é que mando nisto! Eu é que, quando tiver tempo para ir ver se tenho mensagens, vejo se tenho mensagens - simples! 

Já reparei que "assim que me chamam", que me sinto pressionada a ir e naquele instante (por causa da curiosidade e da vontade de resolver rápido - ansiedade) e, por isso, mudei aqui algumas coisas: 

- Só vou ao instagram duas vezes por dia - estou a prever aquela volta matinal na cama, mais por alto e aquela volta à noite, antes de dormir. Se, por acaso, houver algum motivo ESPECIAL, poderei abrir a meio do dia ou quando isso estiver a acontecer, mas é uma excepção e não a regra. 

Isto foi em Outubro de 2015 :) Agora é The Love Project, conheçam a Joana Bandeira. :) 

Depois desta resolução (que comecei a por em prática ontem), reparei que podia fazer mais umas quantas coisas por mim para "ganhar mais tempo" na vida real e andar menos ocupada a ver a vida dos outros (por acaso não sigo muitas contas de "malta", fiz uma razia às contas que seguia para ver se tornava o meu feed mais interessante): 

- Desliguei as notificações do instagram (TODAS! Mensagens, comentários, amigos a fazerem directos, tudo!). Se calhar, para vocês, isto não tem grande impacto, mas sendo eu uma pessoa conhecida de categoria rafeirinha (tipo z, vá) em que 80% do meu trabalho passa por redes sociais, isto é big deal! 

- Desliguei as notificações do mail do trabalho. Isto já foi há uns tempos, mas a verdade é: se estou no trabalho, estou a trabalhar. Se não estou no trabalho não quero estar a stressar com coisas que não estão no meu horário e, por causa disso, também prejudicar o meu trabalho por "fazer tudo em cima do joelho". Não era melhor profissional por estar sempre atenta ao e-mail, fosse a que hora fosse.

- Desliguei as notificações de grupos no whatsapp. Nada nunca será importante ao ponto de ter de ser notificada disso ao ponto de interromper o que estou a fazer no grupo dos pais da ex-turma da Irene, do meu grupo de comediantes ou de amigos do colégio ("aiii eu vi logo que esta também tinha ar de betinha" - não sejam venenosas!). 

- Desliguei as notificações do mail pessoal e do mail do blog - Pelos mesmos motivos: nada de responder à pressa e de serem "as outras pessoas" a mandarem no meu tempo. Eu é que decido quando é que posso ir ao e-mail e, por isso, estar em condições de dar a melhor resposta possível. Acredito que vou poupar muito trabalho assim e que farei trabalho de melhor qualidade. 

- Desliguei uma luzinha que pelo menos os Samsungs terão (alguns) que notifica quando é que recebemos uma mensagem ou não, mesmo que o telefone tenha o ecrã apagado.  Não quero sentir a tentação de interromper o que estou a fazer para ver algo que ainda lá estará daqui a minutos. 

- Tirei o icon do instagram e do Facebook do ecrã principal - Vocês não têm a noção quantas vezes fui hoje em automatico à procura do icon no sítio do costume... 


Hoje já olhei muitas mais vezes para a Irene. Ela não teve que me chamar nem 1/10 das vezes para olhar para ela. Não fiquei irritada por ela me interromper porque não estava hipnotizada com aquela trampa. O tempo parece que alargou e consegui fazer mais coisas e acho até que a minha disposição mudou. Sei que é o primeiro dia de desmame, mas aqui vou eu. Acho que é uma boa decisão. 

Também estou a por outras em prática. Depois conto-vos. :)



Por que estão sempre a atirar tudo para o chão?

Irene, pára. Irene, não! Não, Irene! Pára, Irene. Já chega. Irene, vá lá. Não ouviste a mãe? Só podes estar a gozar. Por que é estás a fazer isto? A mãe não vai apanhar mais vez nenhuma [mãe apanha]. Irene, pára com isso, pára! Que chatice!

Até fiquei enervada só de me lembrar. Isto era quando a Irene ainda só tinha meses e tinha a "mania" de atirar tudo para o chão. Aliás, depois vim a aperceber-me que não é "a Irene", são todos! É um passo de desenvolvimento tal como gatinhar e andar, o de atirar coisas para o chão. 


Com isto, eles estão a aprender (li neste site e em mais uns quantos para confirmar): 

- Usar as mãos; 

- Perceber o que acontece ao objecto quando cai; 

- Medir distâncias;

- Testar as suas aptidões; 

- Perceber a relação de causa-efeito (através do barulho, a reacção dos pais, etc); 

- Interagir socialmente;

- Etc. 

Se é irritante? É. Já vi até mães - mais espertas que eu - a, nalgumas alturas (tipo restaurante), terem os brinquedos presos por um fio para não terem sempre que se baixar (ahah). Foi um daqueles momentos "Quem me dera ter pensado nesta porraaaaa!". 


A Irene aqui com um ano e 2 meses :) 


Por isso, se já se tiverem passado com eles por fazerem isso... é normal. Foi a reacção que eles tiveram vossa (a Irene teve uma mãe muito muito enervada com isto, mesmo "passada da cabeça"!) mas agora que já compreendem porquê - caso não tenham tido a ideia de ir saber o motivo - podem mudar a vossa postura com maior empatia ou até para um segundo ou terceiro ou décimo filho ou dar aquele toque a uma amiga receptiva e que vos dê espaço para falar (só para não ser mais um daqueles bitaites que vai deixar a malta nervosa). 

Sei que estou muito focada na alimentação. Ainda ontem ou lá quando foi falei naquelas colheres "a mais" que damos quando eles dizem que não querem mais, mas acho que já esgotei a minha inspiração para este tema, não se preocupem. Amanhã vou falar de auto-caravanas (acho que não haha).

Mais posts sobre o tema "alimentação" de ambas, aqui nestas palavras a laranja e que se chamam links (eu sei, estou a brincar).



8.19.2018

Somos más, muito más!

Eu, pelo menos, sou. Não sei se vocês se têm aproveitado ou se se aproveitaram quando era altura, mas... ahah... estão a ser os tempos mais felizes da minha vida. Não tem a ver com o facto da minha filha ser maravilhosa e de ter uma mãe ainda mais, não tem mesmo nada a ver com isso. Tem a ver com o facto dela ter 4 anos e de não ter noção de algumas coisas, como por exemplo: quantidades. 

Não sou, de todo, de a obrigar a comer. Lembro-me quando ela era bebé que até transpirava por ver que ela não comia nada daquilo que lhe dava. Eu chorava enquanto armava uma espécie de piquenique no chão da sala para ver se ela queria comer qualquer coisa: nunca tinha fome (petiscava entretanto e/ou mamava, chegando à hora das refeições, sem interesse algum, claro).  Escrevi sobre a minha mudança de atitude e o quanto isso nos ajudou aqui em "Há esperança"

Se precisarem de ajuda com isto deles não comerem e de tudo aquilo que sentimos (é pura rejeição, eu sei) por causa disso, aconselho - mesmo não tendo lido - o livro do Dr. Carlos Gonzalez - O meu filho não come. 

A verdade é que, em princípio, numa criança digamos "regular", se não come é ou porque não tem fome ou porque fui eu a cozinhar - e tenho tanto jeito para cozinhar como para não me rir quando dizem "hádem". 

Foto antiga da moça, mas caramba que tive aqui muita sorte na aparência do bicho. E no resto também. Os genes da mãe são fortalhaços, ahah. 


Não a obrigando a comer, tenho a noção que às vezes se desinteressa da comida por estar mais interessada noutra coisa. Normalmente aplico a consequência directa de "se não tens fome, não comes". E, mais tarde, se tiver fome, volto a aquecer-lhe o jantar, por exemplo. 

Às vezes, porém, só para ficar descansadinha ou para não ir uma colher de sopa para o lixo (que parvoíce, estou a aperceber-me da mariquice), digo-lhe: "vá, só mais 5 colheres". Ela vai tentar negociar, claro e diz: "6!". E eu... "Oh Irene... 6? Vê lá... Pode ser!" e zunga. 

Não é porreiro e não devo estar a ajudar a perceber quantidades e afins, mas aquela colherzinha de sopa dá-me alento para o resto do dia. 'Tadita da minha filha, olha, Deus me perdói (como algumas pessoas dizem - deve haver quem diga, sei lá). 

Um dia mais tarde, nos teus 20, lembrar-te-ás disto como um acto de traição por parte da tua querida mãe, mas o que vale é que sopinha para o lixo ia quase nenhuma. Prioridades. Ahah. 

Vá, vou parar de insistir nessas colheres extra e, se não quero que vá para o lixo, como eu. Meh. Deve ser por uma questão de estabelecimento de autoridade e não por preocupação no meu caso. Ser eu a ficar com "a última palavra". Que diferença fará uma colher ou outra? Ter sido eu a decidir quando é que ela deve parar de comer, claramente. E a criança é ela, não eu.  Vou repensar isto aqui e já volto. 


Mães que sofrem muito a dar a comida aos filhos, já estive aí exactamente onde vocês estão. Querem ler? Aqui em "Odeio! Odeio dar-lhe de comer!".