6.27.2016

Mãesura.

Nem acredito no impacto que isto tem no coração de alguém. Aos poucos tenho-me rendido a "isto" de ter fotografias tiradas por alguém que sente e vive fotografia. É daquelas profissões que toda a gente acha que consegue fazer "se tiver uma máquina", mas não é assim. Todos podemos divertir-nos com fotografia, todos podemos sacar uma "maravilhosa" fotografia com o telemóvel, mas a fotografia é mais do que uma fotografia. A fotografia é um juramento silencioso de apreciar a vida, recuada uns centímetros e muito mais devagar do que qualquer outra pessoa. 

O que sinto que há nestas fotografias é alguém que nos observa com um carinho enorme. Alguém que vibra por querer retratar o que me corre nas veias quando olho para a minha filha e as cores dela. 

Sinto que nos foi feita justiça. Que se vê a nossa ligação. 

Sofro de mãesura. Como sou eu que geralmente ando com a máquina, sou eu quem é cortada das fotografias da maior parte dos eventos especiais, dos momentos mais bonitos das memórias da minha filha. 

O nosso coração bate nestas fotografias. Daqui a muitos anos, quando a Irene se quiser recordar da mãe, quero que ela oiça a música que estão nelas, porque é aquela que nos faz dançar todos os dias desde que nos apaixonamos uma pela outra. 
























Fotografia por Inês Ferraz - Yellow Savages (site aqui)
Macacões - Little Jack 
Local - Lx Factory


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