3.08.2017

Já trataram do "Dia do Pai"?

Tenho muitas boas lembranças do Dia do Pai. Não do Dia do Pai em si, mas das prendas que fazia no infantário e na escola para ele. Lembro-me de uma vez que até pisamos uvas para fazer vinho no próprio infantário. Houve outra que fizemos um barco com uma mola de roupa colada ao contrário, uma palhinha e depois uma bandeira a dizer "melhor pai do mundo" (aqui já me interrogava porque é que estávamos todos a escrever o mesmo e que só um de nós estaria certo, bela cabeça!).

Lembro-me dessas obras de arte de estarem sempre à vista nas casas onde ia passar o fim-de-semana com ele. Ficava sempre muito orgulhosa de ver que ficavam em exibição. 

Porém, nada supera o Dia do Pai das nossas filhas. Lembro-me do Frederico dizer quando estava grávida: "Oh, este ano ainda não celebro o Dia do Pai" - ela nasceu a 21 de Março. Podemos dizer que não ligamos nenhuma às datas, mas ligamos. Farto-me de dizer que o dia de ontem não tem importância, mas lembro-me de quem se esqueceu. Vocês sabem como é. 

Quando era pequena, nas Amoreiras, imprimimos uma foto minha com o meu irmão Pedro ao colo numa caneca. Adorava começar o dia a vê-la no armário e pensar "que prenda excelente" (adoro fotografia também) e de ser uma das minhas preferidas. O ano passado foi essa a minha prenda do Dia do Pai para o Frederico: peguei numa das melhores fotos deles e fiz uma caneca (não fui eu, calma, se fosse eu a fazê-la ia ficar mais parecida com um artefacto das caldas haha). 

 Ofereci a caneca da esquerda no ano passado, acho eu. 
Este ano não vale repetir a graça. Aqui entre nós: rebentei a conta com as prendas que lhe ofereci no Natal, aniversário dele e de casamento (nem um mês de diferença entre essas datas) e, por isso, queria só assinalar esta data especial e não comprar-lhe um Lamborghini (até porque ouvi dizer que não são assim tão confortáveis - ahah). 

Acho a caneca da mr. Wonderful perfeita à excepção de um pequeno pormenor... vou comprar uma caneta de tinta permanente e acrescentar um l no fim. Devia ser: "Do Polo Norte ao Polo Sul, Não Há Pai Como Tul". Não quero saber, era o mais correcto. Já lhe dei a prenda, como devem ter reparado. Nenhum dos dois aguenta surpresas aqui... :) 

O avô Virgílio também já foi presenteado pela Necas que lhe entregou a caneca ali no sofá quando vieram tomar conta dela no outro dia. Ele gostou muito. Vaidoso mostrou à avó e tenho a certeza de que vai ficar babado (que está sempre e não é por ser velhinho que não é hahah) sempre que olhar para ela. 

São pequenos gestos, que fazemos com frequência (levar a chávena à boca) e que marcam para sempre (como uma tatuagem... do Netinho). 




Fica a ideia! Tenho uma minha do Dia da Mãe e eu cá gosto. Se ele não gostasse ficava com a do pai também, pronto. :)


Modelo - O meu marido (tirem daí as unhafas)
Canecas - mr. Wonderful 


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3.07.2017

Menina, menina...

#isabelfofadamae

Adora ouvir-me cantar, mas às vezes já me pede "não canta, mãe!" :) Não é o caso. Quando subiu até ao escorrega cá de casa, lembrou-se da música que me costumava pedir para cantar ali.


Ainda se lembram deste vídeo, há um ano? <3

Um vídeo publicado por Joana Paixão Brás (@joanapaixaobras) a




Está esta piolha prestes a fazer 3 anos. Meu Deus...
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3.06.2017

Pai em Pânico #5 - Sexo, Drogas e Hemoglobina.

No momento em que vos escrevo esta crónica, estou a 16 horas, 10 minutos e 43 segundos de entrar no hospital com a minha namorada para o nascimento da criança (não que eu esteja a contar), e quero apenas dizer que estou calmíssimo. Mesmo muito calmo. Tipo, calmo como quem está calmo numa calmaria autêntica. ESTOU CALMO! JÁ DISSE QUE ESTOU CALMO, PORRA! A minha namorada é que nem se atura. Está sempre a dizer “vai correr tudo bem, Hugo” e “não stresses que vamos ser bons pais, Hugo”. Está in-su-por-tá-vel!

Ok, talvez o nervosismo me esteja a bater um pouco. Não só porque vai começar a aventura mais incerta das nossas vidas, mas porque toda a experiência da cesariana não podia estar  mais longe da minha zona de conforto. No que toca a hospitais, sou como um peixe fora de água, mais concretamente, um peixe numa betoneira.

Passo a explicar: eu sou o que se conhece no mundo da medicina como um coninhas de nível 7. Não me dou lá muito bem com sangue. Nem agulhas. Quando faço análises clínicas acabo deitado na maca, de pernas elevadas e a beber um shot de glicose, ou não fosse “Tonturas” o meu nome do meio. #nãoémaspodiaser


Eu nunca poderia trabalhar na área da saúde. Médicos e enfermeiros são, para mim, heróis. Ainda a semana passada estive à conversa com minha irmã e cunhado, que nos explicaram um pouco o que esperar da cesariana. Apesar de ter a perfeita noção que não serei eu o objeto da operação, era na minha barriga que tinha uma estranha sensação de desconforto. Agora imaginem ser tratados por um médico que, ao vos explicar o que esperar de uma mamografia, estivesse a esfregar os próprios mamilos.

Ainda assim, quero tentar assistir à cesariana. Quero fazer parte do que será certamente um momento memorável e quero apoiar a minha namorada, sem que eu próprio seja uma preocupação para a equipa médica. O meu plano é entrar na sala de operações e dizer: “Excelentíssimo Dr. Stephen Strange, eu estou tão confortável num bloco operatório como um negro homossexual num concerto do João Braga. Caso eu me comece a sentir indisposto, por favor indique-me qual o caminho para a saída de emergência de forma a que desmaie do lado de lá da porta. Se eu desmaiar deste lado, deixe-me ficar inconsciente até a criança terminar a faculdade. Obrigado.


Que acham? Razoável da minha parte?