12.13.2016

10 coisas que uma futura mamã tem de saber

Se estás grávida, ainda no início, meia aluada, com mais enjoos do que se tivesses comido feijoada com ovos moles e tivesses sido enfiada numa montanha russa com 50 loopings, fascinada com cada pontapé, amedrontada com cada incerteza, assoberbada com cada novidade, cansada, pesada e já desejosa que o bebé nasça, este texto é para ti.
Há 10 coisas que uma futura mamã tem de saber.

#01- Não vai haver nada nem ninguém que vás amar mais do que o teu filho. Mesmo que esse sentimento avassalador não surja logo (como aconteceu com a Joana Gama, aqui). Mesmo que pareça que não estás a dar conta nem a dominar a arte de ser mãe. Mesmo que às vezes pareça estar tudo meio enublado e nem saibas bem o que estás a sentir, esta é uma verdade absoluta e vai acabar por revelar-se.

#02 - Nunca mais vais ver noticiários, tragédias que envolvam crianças, páginas de jornais assombrados, da mesma forma. Vais engolir em seco, sentir lágrimas a correr cara abaixo, colocar-te no lugar daqueles pais e estremecer, enfurecer-te e chorar, mesmo que por dentro. Vais tornar-te mais sensível aos problemas, aos anúncios e até comover-te com gatinhos bebés a lamber leite de copos. A pieguice vai abraçar-te, com tudo o que isso tem de bom e de mau. 

#03 - Amamentar nem sempre é fácil. Tens de confiar no teu corpo e na capacidade que ele terá de alimentar o teu bebé; informar-te bastante antes e durante; procurar ajuda a cada dificuldade, porque de certeza que o teu caso não tem um fim anunciado e haverá solução. Já escrevemos muitos textos sobre o tema, aqui (e se já ajudámos, pelo menos, quatro pessoas com eles, queremos ajudar-te também).

#04 - Todos à tua volta vão ter uma opinião a dar-te sobre tudo. Desde o peso do bebé e à "qualidade" do teu leite, à quantidade de horas que lhe dás colo, aos mimos a mais ou a menos, à temperatura, ao modo como o posicionas na cama, à comida que lhe dás, ao apego que lhe tens... Ouve (ou finge que sim), filtra e dá ouvido ao teu coração. Às vezes vai haver ruído a mais, até dentro de ti, mas as tuas escolhas - informadas - serão sempre as mais intuitivas, as mais certeiras.

#05 - Saboreia cada momento. É frase batida, repetida por tudo o que é canto, dita no supermercado por cada senhora que se vai meter contigo, mas é sábia e verdadeira. O tempo urge, passa a correr, e não vais querer olhar para trás e lembrar-te de que passaste demasiado tempo ao telemóvel, a ver programas de lixo na televisão ou a pensar nas mil coisas que tens para fazer. O teu filho está ali e daqui a uns minutos - sim, vão parecer minutos! - já vai estar a viver sozinho.

#06 - Não tenhas medo ou vergonha de pedir ajuda. Vivemos agora mais isolados do que nunca, de portas trancadas, sem conhecer os vizinhos, sem receber tanto os amigos em casa, sem ter a avozinha por perto. Pede ajuda, baixinho ou num grito bem alto. Pede para te levarem uma sopa, pede para te ficarem com o bebé uma ou duas horas para poderes tomar um banho ou até fazer cocó sozinha na casa de banho (!), ir correr vinte minutos, descarregar adrenalina, o que estiveres a precisar. Às vezes as pessoas não querem incomodar, outras vezes não sabem ou não adivinham o que estás a sentir.

#07 - A privação de sono pode enlouquecer-te (ou quase). Por isso, todas as estratégias que te pareçam saudáveis, lógicas e cheias de amor, serão boas. Se tiverem de dormir todos juntos, que o seja [com os devidos cuidados, claro], se precisares de descansar durante o dia, dorme sestas com o teu bebé (e caga nas arrumações da casa), tenta partilhar com o pai da criança as noites difíceis (mais não seja a mudar-lhe a fralda, a tentar readormecer o bebé para conseguires descansar), pede ajuda à Constança Cordeiro Ferreira, do Centro do Bebé.

#08 - O teu bebé não é um alien. Às vezes vai parecer-te que o teu bebé chora mais, dorme pior, é mais difícil do que todos os bebés à face da terra. É mentira. Isso é porque as novelas, os filmes e as colegas do trabalho douraram um bocado a pílula. O normal é um bebé chorar, o normal é um bebé acordar muitas vezes durante a noite, o normal é nós não sabermos muito bem como os acalmar, nem os percebermos logo à primeira. Nem à segunda... É um processo. Fazer contacto pele a pele (sim, mesmo no inverno é possível tê-los coladinhos à nossa pele, vestindo camisolas largas por cima), babywearing e dar muita maminha pode acalmá-los mais. A eles e a nós.

#09 - Todas as fases têm os seus "quês". A fase em que são pequeninos custa porque para eles é tudo novo, precisam imenso de nós, e porque, também nós, estamos a apalpar terreno. Custa também a fase das birras, dos gritos e dos desafios constantes, porque eles não sabem lidar com a frustração de outra forma e porque nós ficamos às avessas sem saber bem como lidar com aquilo. Outras dificuldades virão. É encarar tudo como um desafio, de peito aberto e coração a transbordar, tentando afastar a vontade de gritar e mantendo a raiva longe, porque não resolvem nada. 

#10 - Aproveita todos os segundos que te faltam da gravidez. Mima-te, toma um banho demorado, dorme, se conseguires, vai ao cinema, namora muito, faz promessas de amor, faz o ninho, arruma as roupinhas e as fraldas de pano... as semanas que faltam são como que um prefácio que te deixa com água na boca para o grande desafio que aí vem.

imagem We Heart It


Não são dez as coisas que precisamos de saber antes. Talvez não precisemos de saber nenhuma delas. Ou se calhar até serão mais, muitas mais, mas a magia da maternidade também é essa, a da descoberta.



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12.12.2016

Eu sou o Marcelo só que ninguém sabe (#06)

Sejam bem-vindos a mais um post sobre livros em que vos digo mais ou menos qual foi o feedback da moça e também o meu para não parecerem aqueles velhotes em frente às revistas a folhear demasiado tempo. Ao ponto d'A Cristina já envolver revistas em plástico, senhores! 

Claro que a idade recomendada dos livros é importante, mas tudo depende do "enquadramento". Este livro achei muito giro para responder a algumas curiosidades da Irene. Ela já me tinha perguntado o que era o cocó e eu expliquei-lhe que era comida antiga, assim pude mostrar o que se passa dentro do nosso corpo. 

Além disso, explica como apanhamos doenças, a importância da fruta, o que é o esqueleto... Não estou a tentar dar-lhe um avanço em Ciências da Natureza para responder oxiemoglobina quando a professora perguntar como se chama à hemoglobina quando transporta oxigénio dos alvéolos pulmonares (vá, venha lá daí a bitch de "ciências" para me mostrar que falhei algures :)). É mesmo para satisfazer a curiosidade dela e também porque gosto muito destas coisas, sim. 

E é um livro que fica, além de mostrar tudo o que disse acima e muito mais de uma forma extremamente criativa. Não é apenas uma indexação de conhecimentos escritos na segunda pessoa do singular. Preocuparam-se mesmo que isto fosse interessante. Ahhh! A nossa parte preferida foi quando vimos o bebé a crescer na barriga da menina até ser um rapaz ou uma rapariga. 

É um bom auxiliar para lhe explicar coisas! Agora diz que quer ter um bebé na barriga, mas daí a ter... espero que ela pelo menos largue as fraldas. Não é sexy no momento, digo eu. Nunca experimentei, um dia experimento, mas talvez use as activity que têm uns desenhos mais femininos e têm menos volume e não fica a parecer que tenho um pipi gordinho (estou a tratar disso - acho eu). 

O livro é giro e vale a pena e fica para todas as restantes perguntas! Menos, talvez, a da: "porque é que a minha mãe está nua de fralda no quarto e a dançar ao som de Fever?". 



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12.11.2016

Foi a nossa primeira vez.

Espero bem que as vossas mentes não tenham ido para badalhoquices. A minha não foi (muahah) Querem saber o que aconteceu? A escola da Irene levou os miúdos ver a peça d'O Gato das Botas. Estava com algum receio porque a peça ainda não era bem para a idade dela e noto (além da educadora também dizer) que ela é sensível. Chora quando choram, fica preocupada, etc. Empática... vejo isto como sendo positivo. Tive algum receio da peça por não a ter visto e pela sinopse ter coisas negativas que não sabia bem como é que elas iriam ser representadas. Seja como for, foi. Foi de carrinha com os amigos, ao teatro com os amigos e ADOROU. 

Disse-nos a educadora que ela só chorou por ter acabado e que queria mais. Tornou-se claro que tínhamos de começar a ir ao teatro juntos. E fomos. Fomos ver (vi no Pumpkin) as peças de teatro e escolhemos O Pinheirinho de Natal

Além de termos adorado conhecer o jardim do Museu Nacional de Teatro e Dança, o texto da peça, a representação foram muito agradáveis. 

Foi uma manhã diferente em que todos nos divertimos e rimos. É para repetir. Parabéns à equipa!! 

























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