12.09.2016

Façam só isto.

Tenho uma proposta para vocês, quase em forma de movimento. Este fim-de-semana, tentem esquecer a roupa, o pó, as arrumações, a organização. Sei que nem toda a gente pode dar-se "a esse luxo" mas tentem, se puderem, esquecer tudo o resto. Imaginem que vos restam apenas dois dias de vida e estejam só com os vossos filhos, namorados, pais. Façam sessões de cinema em casa, cozinhem qualquer coisa menos difícil juntos, façam um bolo de laranja, vão ao parque, corram, sujem-se, tomem banho juntos (com a sogra não se aplica, vá), vão ver as iluminações de Natal, os presépios da aldeia, apanhem musgo, façam uma aula de ginástica em casa, construções de Legos, dancem à séria, comam uma pizza, beijem, façam cócegas, conversem, olhem olhos nos olhos, escutem.

Deixem a louça acumular, a roupa empilhar, o pó fazer novelos de lã, a roupa encher-se de vincos... ponham umas palas e aproveitem as horas, os minutos. Quantas vezes achamos que temos tudo controlado e o caos instala-se de qualquer forma? Um dia não são dias e um fim-de-semana também não :)

Uma foto publicada por Joana Paixão Brás (@joanapaixaobras) a

Também nós deixamos o blogue a descansar no fim-de-semana. <3



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E boas maneiras? Onde estão?


Este sábado vou apresentar um livro sobre boas maneiras. "Eish, a senhora que a convidou não a deve conhecer bem!". 

Sinto que hoje em dia temos muito a necessidade de complicar tudo e este livro, além de nos relembrar que boas mensagens dão para serem passadas de forma de simples, também nos relembra que mais do que impedirmos os nossos filhos de fazerem coisas que nos aborrecem, é explicar-lhes porquê e que o que está por trás são sentimentos nobres e que fazem com que todos nos sintamos mais respeitados em sociedade. 

Mais sobre o lançamento do livro de Joana Pacheco Ferreira de Carvalho, amanhã, aqui

Obrigada. Com licença. Até já. Um beijinho. Bem haja. 


12.08.2016

Pai em Pânico (#01) - Menino ou menina? Não quero saber!





27 semanas! É este o tempo total de gravidez que tenho para cobrir com esta primeira crónica do “Pai em Pânico”, para vos deixar em dia. Para ser honesto, nem sei bem por onde começar… 

Que tal com o facto que eu e a minha namorada decidimos que não queríamos saber o sexo da criança? Sim, processaste corretamente a frase anterior e por esta hora já te inseriste em uma de duas categorias: na categoria composta maioritariamente por mulheres e que se identifica com um audível “ó, que ideia tão fofa!”, ou na categoria das bestas dos meus amigos que se manifesta através de um perfurante “que estupidez!”. A verdade é que poucos temas são tão polarizantes como este. Nem “Trump versus Hillary” ou “Coca-Cola versus Pepsi” divide tanto a opinião das pessoas. Em termos da ausência de consenso, o tema “Não Queremos Saber o Sexo da Criança” fica apenas atrás do eterno “Qual o pior dos irmão Baldwin?”. (dica: não é o Alec)

Embora me sinta tentado para concordar com os seres unicelulares que são os meus amigos, uma vez que, sabendo o sexo da criança, há todo um conjunto de assuntos logísticos que se podem preparar de forma mais detalhada, a verdade é que tem sido “fixe” não saber. Primeiro, conteve o nosso impulso capitalista de uma forma que deixaria Fidel Castro orgulhoso. Em segundo, já ninguém usa o termo “fixe” porque é algo dos anos 90. Por fim, e sendo excessivamente cliché, o que importa é que seja saudável... e que seja a/o primeira/o campeã(o) de um título de Grand Slam em ténis. #baixasexpectativas

Mas só para deixar claro: nós não queremos saber o sexo da criança, até ao nascimento! Após o parto, é totalmente expectável que o sexo da criança seja distinguível para nós. Caso contrário, algo está muito errado e sou totalmente a favor de pôr a criança numa cesta e lança-la ao Tejo. Afinal de contas, funcionou com Moisés.

O motivo por trás da decisão de não saber o sexo da criança é, naturalmente, a minha namorada! Ela achou que seria giro não sabermos e eu decidi que gostava de saber, mas não ao ponto de comprar uma discussão com uma grávida, por isso decidi alinhar. Aliás, é essencialmente esse o meu papel até ao final da gravidez: “Fofinha, claro que reservar o infantário quando só estás grávida de 2 meses não é cedo de mais. Aliás, até devíamos já fazer a inscrição na faculdade. Eu estou a pensar Física Quântica no M.I.T., e tu?”.

Gosto de pensar que tenho cumprido com o papel de pai em formação. A minha namorada poderia discordar e, nesse sentido, teria de concordar com ela, mas só porque tem mesmo de ser.