10.08.2016

Eu não sou linda sem make-up.


Hoje adormecer a Irene correu bem, estou bem disposta. Espero que, com os vossos também não tenha sido difícil. Vocês merecem! 

É normal que muitas de vocês não conheçam a "minha história", o meu percurso (até porque há sempre centenas de pessoas novas que chegam com os posts de coração fora do peito da Joana Paixão Brás - adoro-te, Joana!) e não vou estar sempre a dizer o mesmo. Por isso, vou abreviar: antes de ser mãe era uma maria rapaz. Não cuidava de mim. Apesar de achar que ia ocasionalmente ao ginásio, creio que desprezava o meu exterior por ter medo de "tentar" e de depois reparar que não conseguia ser tão bonita quanto as outras pessoas. Mentia-me dizendo que era "prática". 

O mais doentio? Ao mesmo tempo tinha dias em que olhava para o espelho e em que me adorava. Só a cara, claro. O resto do corpo sempre preferi esquecer que existia. Como se todos os dias fossem um mau dia de compras, em que nos deparámos só com aqueles espelhos filhos da... que nos fazem sentir que somos banha de porco ambulante.  As psicólogas que estão a ler isto devem estar a pensar "hmmm... falha narcísica". É bem capaz, é. 

Depois de ser mãe, tenho valorizado mais a minha descoberta para o lado positivo. Sinto que foi depois do meltdown do pós-parto que acabei com aquele frenesi da adolescência de me diminuir e de perceber a minha insignificância no mundo de sofrer com gramas de drama pelo prazer de sentir qualquer coisa. 

Agora temos de ser mais produtivas. E, para sermos mais produtivas, temos de estar em condições. Não podemos estar coladas com cuspo, não podemos andar todos os dias a evitar olhar para partes de nós (psicológicas e físicas) para seguirmos em frente. Temos de ir resolvendo. Temos de ir lidando. 

Isto tudo para dizer que apesar de me andar a maquilhar todos os dias e adorar (até escrevi isto) - ao contrário do que eu sempre fui que só punha um "pózinho" na cara para entrar em palco por causa da rosácea. 

Continuando no trabalho de "descoberta" (este texto deve estar a ser super chato para quem não esteja na mesma onda ahah), olhei para estas fotografias que o Frederico me tirou na semana passada e achei que estava perfeitamente imperfeita (vi as borbulhas, vi!) Estou eu. Estou mãe. Estou feliz. Estou calma. 

Desafio-vos a encontrarem fotografias vossas em que não estejam "arranjadas" e que gostem do que vêem. 

Publiquem essas fotos no vosso mural, identifiquem a página e ponham o #eusemtretas. ;

Vamos fazer com que a fasquia seja a realidade e a felicidade! 

Isto deixou-me feliz. 




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10.07.2016

Recuso-me a aceitar que és a última bebé cá de casa

Recuso-me. Recuso-me a aceitar que serás a última bebé cá de casa. Mesmo aproveitando-te a cada segundo, mesmo dormindo contigo sestas para te ouvir respirar e estar lá quando acordas sobressaltada. Mesmo falando muito contigo, observando e ouvindo as tuas respostas, as tuas expressões. Mesmo não tendo estado ainda nem 30 minutos longe de ti. Recuso-me. Recuso-me a aceitar este tempo galopante que te acrescenta tantas gracinhas mas que leva de mim aquele bebé pequenino, que mal abria os olhos. Ontem viraste-te completamente, levantaste o rabo e puseste-te praticamente em posição de gatinhar. E eu pedi-te calma. Não estou preparada. E recuso-me. Recuso-me a despedir-me, para sempre, desta fase de bebé. Já sei como passa depressa e como num piscar de olhos vais estar a correr por aí e com saídas de nos deixar o queixo caído. Já segredei ao ouvido da tua irmã, numa daquelas noites em que não me deixa sair do lado dela, que ela vai ser sempre o meu bebé, mas a verdade é que eu já tenho muitas saudades. Muitas, muitas. Deste tempo que é só nosso. Em que estás cá fora, mas que te aninhas como se nunca tivesses de mim saído. 

Adoro ser mãe. É o que de melhor sei fazer, o que mais me completa, é o que me define, na minha essência mais profunda. Sou terna, sou um abraço enorme, um colo inesgotável, uma voz carinhosa e brincalhona, uns ouvidos atentos. Adoro os desafios que chegam, todos os dias, de ensinar, educar, brincar, impor limites, conversar e mesmo quando erro, quando não sou a mãe que quero ser, encaro-o como uma aprendizagem... E gosto de ver crescer a mãe que sou. Mas adoro a fase inicial, de amor em estado selvagem, mais de pele do que de cérebro, mais de abraços, colo e beijos, do que de conversa. 

E na verdade eu sei, Luísa, que muito provavelmente és a última bebé cá de casa e, também por isso, aproveito tudo ao milésimo. Todas as fases são bonitas, mas esta, em que és pura, tão dependente e quentinha, no meu colo, não se repete, passa depressa demais, e faz-me ter a certeza de que nasci para isto. 

21 de junho de 2016, Susana Cabaço Fotografia


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10.06.2016

NUNCA treinem com um PT porque...

... há imensos inconvenientes. Tenho-me vindo agora a aperceber porque me meti nisto há 15 dias e nunca antes tinha falado com nenhum mais do que os 2 minutos necessários para recusar as aulas de abdominais ou para ir encher uma aula de cha-chá-chá à última da hora... 

#1 Ter de variar mais frequentemente a roupa do ginásio 

Podem não ser como eu, mas eu sinto que toda a gente decora a minha roupa - talvez porque eu decoro a dos outros. E, por isso, o meu castigo é sentir que não posso repetir roupa muito perto uma da outra. Se passo a ir ao ginásio (ou estou a tentar) ir três vezes por semana, tenho de começar ou a usar calcinhas de domingo só para variar ou, então, de ir fazer uma razia à Decathlon à secção das coisinhas mais baratuchas.




#2 Ter a paranóia dos macacos no nariz 

Como vamos andar em posições mais criativas, tenho sempre receio de ter um gorilinha à espreita que esteja pronto para diminuir a minha credibilidade. Eles ficam muito perto de nós. Demasiado.


#3 Ter de mostrar a real face

Não sou capaz de ir para o ginásio maquilhada. Porque é que disse que não sou capaz? Porque já ponderei. Ponderei quando há pouco tempo tive um eczema no olho direito e parecia que tinha tentado estrelar um ovo em cima dele. Ponderei quando me apareceu um herpes (e tive em negação em relação a isso durante uma semana). Ponderei quando ontem me apeteceu um mini quisto perto do queixo que eu, estupidamente, insisti em espremer (não é quisto, mas é uma borbulha grande). Eles vão ver tudo. Tudo.

#4 Ter que ter o buço actualizado

Ah pois, meninas! Se no dia a dia até podemos gozar da questão de andarmos sempre muito rápido de um lado para o outro e de ninguém nos ver bem de perto, neste caso o bucinho tem mesmo de ir. Até porque senão é das primeiras coisas a reluzir quando começamos a ficar mais suadinhas. 

#5 Ter que ter as axilas impecáveis

Epá, imaginem só. Estarem a fazer alongamentos com uma mini púbis debaixo dos braços. Acho que não é isso que pretendemos para a nossa vida. Claro que adorava ser hippie e não me preocupar com estas coisas, mas em mim a lavagem cerebral já foi demasiado fundo. Não consigo ver nem 4 mini pêlos aqui debaixo. 

#6 Trabalhar uma resting face agradável

Quando temos de fazer trabalho mais pesado, vamos fazer semi caras de AVC. Claro que vamos. Creio que é difícil ter cara de selfie quando se faz agachamentos ou seja lá o que fiz hoje que sei que envolveu algo pesado e ter que me levantar e baixar. 

#7 Ter atenção aos ruídos sensuais

Agora depende da intenção de cada uma. Eu não pretendo clima sensual e como sou mesmo muito sensualona, tento sempre que os meus ruídos sejam similares aos de alguém que tenha sido pisado por uma grua. Porém, garotas que querem seduzir seus PTs, aqui acho que podem sempre tentar fazer uns relinchares de gato cansado e indefeso, pode ser que tal ofusque o vosso cheiro a cavalinho por já irem a meio do treino.

#8 O suor mamal e genital

Tinha uma colega minha no teatro que, quando se empolgava e entregava muito, por estar de leggins, ficava com uma mancha enorme nas virilhas que acabava por, ao longo da aula, se ir espalhando por tudo o que era sítio. Fiquei traumatizada com isso e, então, ando sempre atenta se não parece que já devesse usar um Tena Lady ou outro. Debaixo das maminhas não há nada a fazer, a não ser sobrepor tops ou assim. 

#9 Os puns

Como? Não há momento a sós. Abençoado fio dental que silencia os mais teimosos. 

#10 Não poder ouvir música

A não ser aquilo "que nos dão" no ginásio. Os meus bícepes ou lá o que é já vomitam David Guetta e acho que se os apanhassem na rua que lhe poriam um dedo no duodeno. Ou dois. Se calhar todos, vá. 


Querem a verdade? A verdade é que isto só se aplica se não tiverem encontrado um PT que vos faça sentir à vontade. Eu encontrei #omelhorptdomundo. Quer dizer, estamos à vontade, mas tento não beber leite nos dias de treino porque no #9 não me aventuro assim.

Querem conhecer #omelhorptdomundo? Sigam-no aqui ou aproveitem o # ali em cima para verem o instagram, o que vos der mais jeito. Estou toda ofendida que já pôs um vídeo de outra cliente (somos clientes???) que não eu, mas terei de lidar com o facto de não haver exclusividade... Na próxima segunda vai ver como vão as minhas axilas!!!! 


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