12.22.2015

A minha filha dá cabo de mim.

Às vezes sinto-me num filme de acção, com porrada à mistura. A Isabel tem momentos a que chamo "fúrias de amor" em que me quer esmagar de abraços, beijos, em que puxa a minha cara para a dela, através dos meus cabelos, me enche de beijos nos lábios e quer fazer narizinho de esquimó. Um dia, tinha de acontecer. Deu-me uma cabeçada na boca de tal maneira, que me abriu o lábio superior e me pôs a sangrar da gengiva. 

Soltei um "AI", com dores e fiquei com lágrimas nos olhos. Ela também se queixou da testa, que ficou vermelha, mas haviam de ver a carinha dela a olhar para mim e a repetir vezes sem conta "mãe dóidói". Um ar tão preocupado que me fez esquecer logo a dor e a sensação de lábio a inchar. Esteve meia hora a confirmar se eu estava bem, a apontar para a boquinha, super assustada, apesar de eu ter repetido que estava tudo bem, que já tinha passado. 

Amor da mãe, pá! Os nossos filhos são mesmo TUDO, não são?

A saga da porcaria dos T.P.C...

Não vão acreditar. Acho que as educadoras também acharam que lhes estava a pregar uma enorme peta, mas juro que foi verdade.

Fiz com a Isabel as colagens e pinturas na bola de Natal para a escola. Pus a secar na rua, dentro de um alguidar, e desapareceu. Depois de contar na escola, deram-me outra bola. No caminho para casa, a Isabel armou-se em cãozinho e fez algo que não fazia há imenso tempo: roeu/lambeu/desfez a bola. A parte de baixo deixou de ter uma forma arredondada e ficou uma desgraça. 

Quando contei na escola, senti-me aqueles alunos que dão mil desculpas para justificar não terem feito os trabalhos de casa. Havia uma miúda lá no liceu, da turma da minha melhor amiga, que arranjava as melhores desculpas: "o caderno ficou na quinta", "o meu cão comeu-me as fichas", "fui passar o fim-de-semana com o meu pai e ficou na casa da mãe". Todos os dias tinha uma nova, não me lembro de metade. Era de chorar a rir. Rita era o nome dela.

Pois bem, mas eu JURO, JURO que foi tudo verdade. Desta última vez, disse que eu própria faria o molde da bola e decoraria de novo com a Isabel. Fizemos uma base com tinta verde e purporinas e depois fiz recortes de revistas e pedi-lhe ajuda a colar. Ficou lindo (horrível). :) Mas não faz mal. 

Não está lindo? Hahahaha

A ver se desta vez chega ao destino, de preferência ainda antes do Natal. 


Vão-se lixar!

Expliquem-me: qual é o problema? 


Há leitoras que ficam algo enervadas ou se sentem traídas quando vêem publicidade dos seus blogues. 

Não percebo.

Percebo sim quando é feita publicidade de forma enganosa, quando se mente, quando são de produtos que não valem a pena...

Eu adoro escrever para vocês (e para mim também, confesso). Não adorariam também que nós retirássemos algo mais disto? Damos o nosso coração, o nosso tempo, a nossa criatividade... e recebemos o vosso amor, mas qual o mal de receber dinheiro? Nós levamos o blog a sério. Temos de fazê-lo sempre pro-bono? Senão deixamos de ser um blog do qual vocês gostam? Se tivessem oportunidade, não aceitariam, dentro de alguns princípios? 

Acho que o importante é haver bom senso, estrutura, os tais princípios e não querer enganar ninguém. Não o faremos. Uma das condições é que nos identifiquemos com o produto (já rejeitamos, por exemplo, publicidades a produtos que põem em causa o sucesso da amamentação) e outra é que o consigamos incluir de uma maneira gira e "ao nosso jeito" no blog. 

Qual é o mal? 

Por que é que às vezes sinto que se deve ter vergonha de fazer publicidade? 
O que acham vocês? 

Podem sempre dar sugestões para se sentirem menos... coiso. ;)