12.19.2014

Inventam tudo (#01)

Já ouviram certamente uma velhinha a dizer esta frase, mas há quem tenha 28 anos e também a use: eu.
Então não é que alguém se lembrou de inventar uma almofada que abraça o recém-nascido e o deixa aconchegadinho?

Se dormirmos com a almofada durante a gravidez (fiz isso com um peluche da minha filha e o meu marido achava que eu estava a regredir lol), fica com o nosso cheirinho, o que fará com que o bebé se sinta ainda mais seguro. Tem sítio para prender a chucha e um saco de sementes que vai ao microondas, que os mantem quentinhos e pode ajudar nas cólicas.


E quem inventou a To Be Touch? Uma marca portuguesa, a To Be Baby.
"Mas como é que não me lembrei disto?", pensam vocês. Pumbas, já tinham ideia para ir ao SharkTank. Só tenho pena de não ter sabido disto quando estava grávida.

Que outras invenções conhecem?

Top 5 de coisinhas para os nossos coisinhos passarem a ter/fazer

Não era óptimo que os paizinhos das nossas criaturas reunissem um determinado conjunto de características que nós cá sabemos? Era tão bom. Não vou falar de abdominais e isso, até porque nunca soube o que são, sou mais redondinha que uma bola de matraquilhos. 

Ah! E é assim, suas sacanas, se me vêm dizer que os vossos maridos são perfeitos e que não sentem nada disto, leva cada uma com uma belinha e não me refiro à apresentadora da TVI, refiro-me mesmo a um calduço, mas na testa. 

Top 5 de coisinhas que os nossos coisinhos podiam passar a ter/fazer: 

5 - "Ela parece ter cocó, amor" - Pronto. Até aqui eles chegam. São capazes de avisar que o filho tem o rabo com estuque de ex-bolo alimentar enquanto o está a segurar como se fosse um estendal com uma camisa pendurada. Em vez de, depois ficarem a olhar para nós, que tal se tentarem chegar à parte útil da questão? Fica aqui a sugestão: "Ela parece ter cocó, amor. Sabes o que vou fazer? Não, não vou voltar a pousá-la no parque para o cocó ficar tão espapassado que quase que volta para o duodeno. Vou sim, mudar a fralda espontaneamente".

4 - "Olha, acordou!" - A sério? Vocês acham mesmo que ouvem que os miúdos acordam primeiro que nós? Só se estivermos no estado actual do Walt Disney e, mesmo assim, duvido. (In)felizmente ser mãe é ficar com uma ligação tipo apito de cães e cães, só que com os miúdos. Uma pequena sugestão que, lá está, passa pelo mesmo: e que tal levantares esse esfíncter do sofá e seres tu a ir buscar a catraia?

3 - "Acho que ela tem fome!" - Se não for hora de sacar da tetinha para fora (tetinha da mãe, claro, se fosse a do pai, a miúda era capaz de ficar baralhada, apesar de achar que a Irene, com a gana que tem para comer, tanto lhe faria) e se a bebé tem fome... Olha e não é que o frigorífico está à mesma distância dos dois? E não é que o microondas não se arma em esquisito se fores lá tu a por a sopa a aquecer? Experimenta lá, só para ver o que acontece! Ah! Não posso, aqueceu na mesma!

2 - "Não queres sair com as tuas amigas que eu fico a tomar conta dela? Estou cheio de vontade!" Hmmm... Só de escrever isto, senti o mesmo que quando estava a ver o filme "A Vida de Pi". Isto é só impossível de acontecer e só alguém com muito ácido na testa é que imaginaria isto. Era giro que não tivéssemos de ser nós a pedir, não era? A verdade é que, se calhar, também não lhes dizemos isto, não é? Eles partem do princípio que... podem sempre

1 - "Está bem, eu falo sobre isso com a minha mãe, não precisas de ser tu!". As sogras de vez em quando fazem das suas e é delicado para nós falarmos com elas (a minha não, a minha é uma fofa... não vá ela arranjar internet ;)). Se os filhinhos delas ganhassem uns mm de saco escrotal e fossem falar com elas? Sem dizerem que foram a nosso mando, não era giro? "Acho mesmo que devias parar de dar Toblerone à Irene se ela só tem 3 meses, mãe". Será assim tão complicado?

Mais uma vez: se têm maridinhos perfeitos, não apregoem por aqui porque, há cabras em todo o lado! Estou a brincar... 

Estou? 

Estou! 

Quem fala? 

Isabel vai a todas

Sabem aquelas mães que têm fome de mostrar o mundo às filhas? Essa pessoa sou eu.

No primeiro mês dela, não a estimulei muito. Sons suaves, longe das confusões, muito mimo, beijinho e colinho. A partir daí, transformei a minha filha numa daquelas hipies que andam de autocaravana sem destino. Ou num "eterno vagabundo", lá diria o Tony Carreira.
Ainda ela não tinha 2 meses e já andava a conhecer os restaurantes de Lisboa, Évora e Santarém.
Ainda ela não tinha 5 meses e já tinha ido à praia, carregadinha de creme, roupa e chapéu, claro, só de madrugada e ao fim da tarde. 
Ainda ela não tinha 9 meses e foi pela primeira vez ao teatro. Ok, isto foi só parvo, até porque não era um teatro para bebés e ela só aguentou lá 15 minutos.

Qualquer dia, estou a levá-la a ver um filme do David Lynch e contar-lhe, antes de adormecer, a história da Madame Bovary. Presente para este Natal: tubos de ensaio, que não há tempo a perder. 

No domingo fomos a um concerto para bebés. Adorou! Só de olhar para a cara dela, feliz, curiosa e a bater palminhas, soube que estava a fazer a coisa certa.


O concerto foi no Palácio de Monserrate, em Sintra, e só no caminho até lá a Isabel inspirou mais ar puro do que em toda a vida. Estava um lindo dia de sol e soube-me bem estar a fazer um programa com a minha filha.


Depois, a magia das músicas do concerto "Manhã de Natal", com flauta transversal, guitarra e duas vozes com uma harmonia fantástica!
Bolinhas de sabão, objectos com sonoridades diferentes e interação com os bebés da sala fizeram de mim uma mãe realizada. E naquele tempo todo, não se ouviu um único bebé chorar.

Por mim, é continuar a ir a todas. Gosto de estar na ronha com a Isabel, mas vou guardar isso para quando ela estiver doentinha e para os dias gelados e chuvosos de inverno. De resto, agasalhadas, lá vamos nós descobrir o Mundo!