“Quem quer festa, sua-lhe a testa”. Quase que consigo ouvir a minha mãe a dizer isto há uns anos.
Aplica-se agora.
Quis casamento (e quero, quero muito), mas nunca pensei que desse tanto trabalho. Juntar a um trabalho com horários, as miúdas, ao blogue, ao insta, aos e-mails por responder com propostas, com questões, à casa, às refeições, a ter de ir fazer passaportes, tratar de papelada, fazer o CC que perdi, uma infecção e ida ao médico, e outra, as multas de estacionamento, a Isabelinha adoentada e cheia de tosse, o David a trabalhar até às 2h, as noites mal dormidas, e às vezes sinto que se não pirar vai ser por muito pouco. Penso que não sei parar, mas acho que não consigo ser de outra forma. Ajuda-me pensar que são problemas de primeiro mundo, relativizar e pensar que não estou sozinha. Que muitas mães desse lado se sentem malabaristas, que no fim o que importa é termos saúde e estarmos a construir uma família, é termos o coração no sítio.
Estou cansada e estafada e às vezes angustiada ao ver a roupa por passar a chegar ao tecto e algum- sensação de descontrolo... mas vai ficar tudo bem. Ponho a música alto, fecho os olhos, respiro fundo e pela barriga e sei que vai ficar tudo bem. O mais importante existe. Família.