4.23.2020

Era isto que a minha filha e eu precisávamos.

Espero que também vos dê alguma ideia. Aconteceu "sem querer" ontem e dei por mim a pensar que há, realmente, vantagens neste tipo de coisas. 

Que coisas? Algumas "técnicas" que usei quando a Irene era bebé e estávamos completamente em ondas diferentes e até, inclusivé para resolver problemas na amamentação. Outros truques foram pessoas que falaram disso e que eu, ratolas, apanhei e nunca me esqueci. Outros (não vão ser assim tantos) li algures e fizeram-me sentido... 


Isto porquê? Está a ser difícil estar "presente" e conseguir olhar para a Necas como o ser humano que amo profundamente. Nunca deixo de a amar mas, no dia a dia, com a ansiedade, com o cansaço e com a fúria, tem sido mais difícil. A verdade é que há coisas que faço nestas alturas e que também poderão vir a ser úteis para vocês para "restabelecer" aquela ligação, aquela paciência e amor que todas nós temos (se a nossa vida fosse exactamente como gostaríamos ou se nos conseguíssemos esquecer das merdas que temos na cabeça). 

Vamos a isso? Quero que partilhem connosco as vossas também, please: 


- Ver fotografia deles quando eram pequenos

Esta dica foi uma das educadoras da Irene que me deu e realmente tem razão. Parece que às vezes nos esquecemos de como estes indivíduos eram os nossos bebés. Quando ainda a tábua era totalmente rasa (ou quase) e dependiam totalmente de nós. Isso ajuda-nos a relativizar e a reactivar esses sentimentos que tínhamos na altura. É fabuloso. Ver com eles, então, ainda é melhor.

- Tomar banho com eles

Tomar banho com eles, o chamado "pele com pele" também ajuda imenso. Faz-me sentir um reset. Como se tivéssemos ido de férias e tivesse corrido tudo bem, não sei explicar. Depende muito da idade deles, claro, mas sempre que o fiz foi mágico. 

- Massagem antes de dormir

Foi isto que fiz ontem e que me fez chorar. O pai da Irene fez com ela uma lista de músicas para dormir ou relaxar no Spotify e ouvimo-las baixinho à hora de dormir enquanto lhe espalhei creme pelo corpinho todo. Ver os pés, as perninhas, as costas... tudo aquilo a meia luz relembrou-me que tenho uma mini-pessoa que saiu de mim, que foi muito desejada tanto por mim pelo pai e que está a crescer.

- Dia do sim

Falei-vos disto há uns posts. É dedicar um dia da semana/mês para aceitar tudo o que eles peçam ou digam dentro do razoável (ou possível em tempo de quarentena). Acaba por ser giro entregarmo-nos à mente e à energia deles e ajuda-nos a não termos como bengala o "não" só porque nos parece mais simples, mais imediato e mais dentro do nosso controlo.

Espero que estas dicas não vos sejam úteis, que já as soubessem ou que não precisem delas. Mas que, caso sintam que precisam de se religarem aos vossos filhotes, podem sempre experimentar. Comigo resultam. Esqueço-me muito delas mas, quando me lembro, é maravilhoso.






Sem comentários:

Enviar um comentário