As fotografias ficam sempre aquém do que ela é.
Da astúcia, da meiguice, da malandrice.
Esta miúda é um furacão.
Mesmo com mais tempo, às vezes apresso-me e apresso-a.
Tiques de muitos anos, que demoram a sair da pele.
No outro dia disse-me "vá, estou atrasada para o parque!".
Esponjas, esponjas.
E não é bem isto que eu quero que ela absorva.
Quero que saiba que temos tempo. Para o que interessa temos tempo.
Aprendeu a deitar a língua de fora, quando se zanga. A dizer "és má" e "és mau".
Mas também aprendeu a dizer que "a mana não é má" quando ela faz algum "disparate".
Ou "o Pipo não é mau", quando me zango com ele.
Tem um sentido de justiça qualquer, uma pureza que me fascina.
No outro dia eu disse "mau, Maria" e caiu o Carmo e a Trindade. "Não sou má, Maria". Até chorou. Claro que não, filha, nunca disse que eras má. És boa.
Há equívocos ainda, muitos.
Mas sei que lá no fundo sabe que a adoro e confia muito em mim.
Começou a falar em cocó e em xixi com risinhos parvos (a que eu acho imensa graça).
Começou a responder "nada" para se esquivar quando lhe pergunto "o que estás a fazer, filha?".
Começou a ter um sentido de posse mais apurado, agora com a irmã.
Mas também calha emprestar-lhe alguma coisa, perguntar à irmã se quer brincar com ela, ajudar a distraí-la no carro quando vai a chorar, dar-lhe a mão e fazê-la rir.
Amo-a. Com tudo o que ela é.
Com os choros (às vezes tenho a sensação de que chora muito, mas ainda bem que se expressa),
Com as birras.
E com o mau feitio.
Com os desafios, as patetices, o bicho carpinteiro, os "nãos" e os gritos.
Ela é tudo isso e é muito mais.
Isabel, meu amor.
Aprendeu a deitar a língua de fora, quando se zanga. A dizer "és má" e "és mau".
Mas também aprendeu a dizer que "a mana não é má" quando ela faz algum "disparate".
Ou "o Pipo não é mau", quando me zango com ele.
Tem um sentido de justiça qualquer, uma pureza que me fascina.
No outro dia eu disse "mau, Maria" e caiu o Carmo e a Trindade. "Não sou má, Maria". Até chorou. Claro que não, filha, nunca disse que eras má. És boa.
Há equívocos ainda, muitos.
Mas sei que lá no fundo sabe que a adoro e confia muito em mim.
Começou a falar em cocó e em xixi com risinhos parvos (a que eu acho imensa graça).
Começou a responder "nada" para se esquivar quando lhe pergunto "o que estás a fazer, filha?".
Começou a ter um sentido de posse mais apurado, agora com a irmã.
Mas também calha emprestar-lhe alguma coisa, perguntar à irmã se quer brincar com ela, ajudar a distraí-la no carro quando vai a chorar, dar-lhe a mão e fazê-la rir.
Amo-a. Com tudo o que ela é.
Com os choros (às vezes tenho a sensação de que chora muito, mas ainda bem que se expressa),
Com as birras.
E com o mau feitio.
Com os desafios, as patetices, o bicho carpinteiro, os "nãos" e os gritos.
Ela é tudo isso e é muito mais.
Isabel, meu amor.
As flores que ela plantou com o João. |
Toda orgulhosa. |
Depois, explicou-me que aquelas não se podiam apanhar, só as selvagens. |
Levamos o selvagem muito à letra cá em casa, como podem ver pelas ervas que crescem em todo o lado eheh |
Estas eram para a avó |
Vestido - Boboli
Sandálias - Maria Pipoca
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Joana, é mesmo isto. Parece escrito por mim ou para mim :-)
ResponderEliminarA excepção da parte da irmã, eheheh
Beijinhos
No outro dia li uma entrevista ou um texto (não me lembro bem o quê), partilhado por uma blogger, em que o título era qualquer coisa deste género: "Os nossos filhos não nos vão agradecer termos ficado em casa". Pensei logo em si e na sua opinião sobre esta frase!
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