3.24.2019

Os 3 principais conselhos para quem quer amamentar

Amamentar sempre foi algo que eu quis fazer: fazia parte do meu projecto enquanto mãe. Acho que por saber todos os benefícios e por sentir que seria algo natural, biológico. Fazia-me sentido. Mas acho que o principal motivo era muito emocional e estava centrado nas fotografias que eu já tinha visto da minha mãe a amamentar-me "até tarde". Até tarde porque ela me dizia que naquela altura já havia muita propaganda ao leite de fórmula e que não conhecia muitas mães que o fizessem até aos dois anos. Foi o meu caso. 

E ver-me na praia, no final do dia, com aquela luz mágica, no colo da minha mãe, com os pezinhos já grandes e gordos despidos e todo aquele amor, fez-me querer replicar aquela experiência.

Agora, não foi nada fácil. No entanto, tinha a minha mãe e o David à minha volta a darem-me força mas também a dizerem-me que eu seria igualmente excelente mãe se pegasse num biberão. Não o quis fazer. Não o fiz. E superei aquele primeiro mês mais complicado. Depois veio a fase boa. Depois da boa, muitas fases menos boas (quando tive de voltar a trabalhar aos 3 meses da Isabel) e outras boas, de superação. 


Mas, depois da minha experiência, e de ter procurado ajuda e de ter recibo muito amor, mas também muita informação (que gostava de ter tido antes), senti como que uma missão ajudar outras mães que quisessem amamentar. Muitos textos foram escritos sobre este tema por mim e pela Joana Gama.

Desta vez, aproveitámos a nossa visita ao Centro do Bebé para colocar esta questão à Constança Cordeiro Ferreira: quais os 3 conselhos mais importantes para quem quer amamentar?


Vejam o vídeo, subscrevam o nosso canal do Youtube, e sigam o Centro do Bebé no instagram e no Facebook e contactem-nos não só para o curso de preparação para a parentalidade e para o pós-parto, mas também caso tenham algumas dúvidas e dificuldades na amamentação.

Esperamos que gostem!

Querem deixar alguma dica que vos "salvou" a amamentação?



3.22.2019

"Uma palmada não faz mal nenhum".

Custa-me, cada vez mais, ver e ouvir defensores de palmadas nos filhos.

Não julgo quem já perdeu a cabeça. Começo por dizer que eu própria já o fiz e tenho coragem de dar o corpo às balas e de o assumir aqui. Não me orgulho, no entanto. Não acho que seja necessário. É sim, sinal de descontrolo da nossa parte, mas convém que arranjemos ferramentas para não nos passarmos e, acima de tudo, ferramentas que tenham resultados efectivos a médio e longo prazo. Que ensinem algo. Os nossos filhos são quem nós mais devemos proteger e defender. 

Mas custa-me, mais ainda, em pleno século XXI, que haja quem escolha bater. Quem decida, conscientemente, que o vá fazer. E que não se aperceba de que há outras formas de educar ou que uma educação sem violência física não tem, necessariamente, que ser uma educação sem regras e sem limites. Ouço e leio que quem anda por aí a bater nos pais e a cometer crimes devia ter levado mais em criança (provavelmente houve falta de atenção, amor e/ou limites). Ou quem diz, ainda, que levou de cinto e grandes tareias e hoje está muito agradecido por isso, que está de muito boa saúde e que faria igual. Ou ainda "há crianças e crianças". 

Este tipo de discurso faz-me alguma confusão, confesso. Normalizar a palmada, o enxota moscas, o tira-pó do rabo, ou o que lhe queiram chamar, e encará-lo até como uma forma de amor chega a ser perverso. É um contra senso.

Não, não acho que os estalos que os meus pais me deram me tenham perturbado ao ponto de ficar com traumas, mas também não foram eles que me balizaram e fizeram de mim uma pessoa melhor. Preferia que tivessem tido outras ferramentas, outras escolhas. Mas na altura era "normal".

Hoje já se fala nisto. Já se sabe que não se pode. Que é proibido. E que não lhes faz bem nenhum, pelo contrário. Potencia comportamentos violentos. E nós temos de os ajudar a conter e a resolver frustrações, não a potenciá-las ainda mais.

É difícil fugir a este modelo correctivo? Acredito que sim. Esta normalização está-nos muito marcada. Foram anos e anos a ver acontecer. Era assim que se fazia. Mas ainda bem que se fala cada vez mais nisto e que nos apercebemos, com trabalho de psicólogos, pediatras, especialistas, que não faz sentido. Que não é bom.

A autoridade e a imposição de regras não têm de implicar palmadas. Não se bater não significa que estejamos a ser permissivos. Há consequências para as acções e regras que cada família deverá definir. A mim, ajuda-me muito ler sobre disciplina positiva para arranjar alternativas que, por muitas vezes estar presa a um modelo mais clássico de educação, nem que passariam pela cabeça. E, às vezes, uma conversa e um abraço resolvem birras monumentais. Noutras vezes não.

Mas palmadas, não. Em ninguém. Nunca.





Podem ver tudo o que já escrevemos sobre disciplina positiva aqui.



3.21.2019

Vou ter que ter mais bebés, é isso?


Tenho passado menos tempo com ela por causa do trabalho e dantes não era assim. Dantes, quando tinha o tempo contado, um sítio onde “picava o ponto” sabia que tanto dava que dia da semana fosse ou como tivesse corrido o dia que podia ir a correr buscá-la, praticamente sempre à mesma hora. Agora já não é assim.

Agora tenho que a distribuir por familiares e amigas para poder trabalhar. Tenho trabalhado mais à noite (não há muita stand-up comedy de manhã, o Maluco Beleza também começa às 19h) e isso mudou por completo muitas das nossas rotinas.

Vivemos as duas sozinhas e, por isso, não há grande coisa a fazer. “A Mãe vai trabalhar, filha, mas amanhã vou ver se te vou buscar mais cedo”. Não me pesa muito no coração porque é o que tem de ser e até lhe faz bem sentir o carinho dos braços de outras pessoas e outras formas de acabar o dia, mas a “mãe ir trabalhar” nestas horas é diferente.

Acabei de ver a antestreia do primeiro episódio da Rua Dálmatas 101, vocês (plebe que não tem acesso a antestreias, sabem como é #bloggerlife) vão poder ver a estreia neste sábado 23 de Março no Disney Channel. É mais do que “um canal de desenhos animados”. É irresistível fugir à magia da Disney e a tudo aquilo que nos volta a fazer sentir, relembrando quando fomos nós a ficarmos loucas com os desenhos (no meu caso, muitas cassetes VHS em português do Brasil).






A Mãe e o Pai dos 99 dálmatas têm que ir trabalhar (a mãe é médica e o pai trabalha num quartel de bombeiros) e, assim, os filhotes ficam entregues ao seu espírito matreiro (não consigo escrever esta palavra sem me rir, confesso) e também curioso durante o dia, atrapalhando-se uns aos outros, mas muito mais do que isso.

Gosto de desenhos animados que passem coisas positivas e a Rua Dálmatas 101 é um claro exemplo disso.

Estar retratado a mãe e o pai vão trabalhar e em que as crias reagem naturalmente a esse facto sem sofreguidão por saberem que voltam é fantástico. Muitas mães sofrem imenso quando os deixam na escola e principalmente quando eles reagem a chorar ou a implorar que fiquemos com eles...

Ver o apoio que os irmãos dão uns aos outros em momentos de maior stress (quase me comovi com um momento de carinho no episódio entre manos, a sério) é uma referência tão útil para que compreendam melhor a empatia e uma das possíveis reações ao desconsolo dos amigos e irmãos...

E, claro, também a personalidade super única de cada um e que, à semelhança de quando havia a febre das Spice Girls (eu era a Sporty Spice – a fingir que ainda pareço, ahah), que faz com que os nossos filhos se revejam mais numa personagem do que noutra ao mesmo tempo que exploram outras perspectivas da sua própria identidade.







Numa época em que a estrutura da “família tradicional” começa a deixar de ser tão frequente, é maravilhoso que uma série (só podia ser da Disney e cujo filme original surgiu em 1961) mostre outros modelos de amor e de família. Sabiam que 54 dos Dálmatas são resgatados de abrigos, lojas de animais e das ruas? Isto, além de encorajar esta sensibilidade face à adopção dos animais, torna inevitável fazer o paralelismo com as famílias que também acolhem crianças e que passam a ser seus filhos e irmãos. Swwwwweeet e útil.

Como é ser um irmão mais velho e mais novo? Para a Irene, filha única, é interessante ver essa dinâmica. Perceber que todos têm o seu lugar, independentemente da sua antiguidade e que, acima de tudo, o que mais conta é o amor e a personalidade de cada um.

Vejam aqui o genérico, para terem uma ideia do ritmo e das aventuras:


Há uma frase que a Irene aprendeu recentemente com uma pessoa da nossa família que é: “o amor chega para todos”. Numa família com 101 cães não há como não passar essa mensagem. J

Têm é de ter cuidado porque isto dispara a vontade de ter mais bebés. Não necessariamente no primeiro episódio em que demonstram um pouco da loucura que é manter uma casa limpa com 101 cães por lá, mas... também nenhuma de nós têm assim uma ninhada, certo? Digo eu.

Sigam a Disney nas várias redes sociais para não perderem um episódio dos “vossos” desenhos animados preferidos J