9.30.2018

E a pressão para ter (mais) bebés, sentem?

Há vários tipos de pessoas, de mulheres, de homens, de mães e de pais. Parece repetitivo enumerar estas categorias, mas é importante. Tal como também há diferentes tipos de crianças e de bebés, diferentes tipos de casais, etc. 

Tenho visto e sentido que nem sempre (claro, duh!) um casal está em uníssono no que toca a ter mais filhos. Tenho vários exemplos perto de mim, até inclusivé os meus pais que não morriam de amores pela ideia de ter nem um filho quanto mais mais um mas que, de uma maneira ou outra, se foram encaminhando até lá. 

Muitas das vezes creio que se terá filhos (o primeiro, o segundo ou o terceiro), apenas com o intuito de agradar o parceiro ou parceira. A pressão pode ser de qualquer uma das partes, não estou a defender géneros. 

A Irene nasceu porque o Frederico queria ser pai. Eu achava que nunca saberia ser a mãe que acho que é preciso ser e tinha 26 anos. Afinal até sei, mas não queria ter filhos. Sabia que para a relação continuar que era necessário que "os" tivesse e claro que ninguém me obrigou mas foi-me dito de forma bem clara que seria um requisito.  Passado uns tempos encaminhei-me para aí. Não se pode dizer que tenha sido por um desejo louco de ser mãe, mas por me parecer fazer sentido e querer muito viver o sonho de ter uma família. 

Sei de mães que querem ter mais filhos e os têm, apesar dos pais não quererem. Sei de pais que querem ter mais filhos, independentemente do que as mães digam sobre isso e de como se sentem. As conversas podem ser mais directas, mais duras, mais subtis, através de conversas ou de "bocas" e brincadeiras, mas está lá sempre o que se passa: "eu quero ter mais filhos". 

Isto poderá activar muitos medos irracionais na outra pessoa: "Se eu não tiver mais filhos, ela deixa-me?", "Se eu não tiver mais filhos, ele vai ser infeliz para sempre?", "Sempre que virmos um bebé de alguém, vai ficar triste e esquisito?", "Vai culpar-me para sempre?", "Estou quase nos 40 e tal, o tempo está a acabar...". 

É justo que se verbalize o que se quer, mas é necessário que se pense no que poderão ser os nossos desejos, principalmente quando se fala ou pensa em ter uma criança. Ter um filho porque a ideia foi estarem dois no postal de família parece-me pouco, ter mais um filho porque a ideia que se tem é que só um se sente sozinho (decidi assim ter dois gatos) pode necessitar de mais pensamento por cima, ter mais um filho porque se está aborrecido ou porque se tem saudades de ter um bebé pela casa também. Não julgando muitas de vocês que, tal como eu, tiveram um filho porque (inserir motivo menos romântico e mais prático, como foi o meu caso). 



Não se tem um filho sozinho (pode ter-se, mas falo nas situações de casal que as partes se poderão pressionar) e o mais importante - mais do que qualquer expectativa ou ideia romântica ou projecção da sua própria infância ou mero accomplishment de guião - é se há condições para o ter. Claro que não falo só de dinheiro. Parece que, às vezes, o dinheiro estica. Às vezes o dinheiro não é o mais complicado se conseguirmos ser flexíveis e se desejarmos muito - pelos motivos mais certos para a criança - ter um filho. 

Às vezes o que é mesmo difícil é gerir depois as expectativas e os papéis de cada um na educação e afecto da criança. A mãe que é mãe "por pressão" estará tão disponível emocionalmente para o fazer quanto uma mãe com a vontade de o ter? O pai que já não queria ter mais filhos, será a sua melhor versão para o próximo? 

Tudo isto é discutível e eu sou exemplo disso. O início não foi o que gostaria. Não quis ser mãe, mas convenci-me que sim e tenho a certeza que a Irene tem o melhor de mim todos os dias. Porém, quando pressionamos alguém ou quando falamos dessas coisas... queremos ter só um filho no geral ou queremos que o nosso filho cresça com a melhor mãe e pai que possam ter? Queremos um filho ou queremos um filho com a pessoa que amamos?

Quando um parceiro nosso não está disponível para ouvir que não queremos ter filhos, será esta a relação certa para se trazer mais um bebé ao mundo? Não se pode controlar tudo, nada é perfeito, blá blá. Mas ter um bebé tem de ser mais importante que comprar um carro ou uma casa. 

Há os que nascem, há os que são planeados, há os que são pressionados. Importa saber porquê. Importa abrir espaço para os bebés e não obrigá-los a furar. Importa não pôr ninguém da relação numa situação frágil de ter que se comportar de forma exímia numa situação não desejada e "impingida". 

Há momentos em que temos de fechar os olhos e ver o que acontece e faço-o em diversas situações (embora cada vez menos), mas isto de ter filhos tem de ter muito mais do que ser vencido pelo cansaço ou porque se tem medo de se perder a outra pessoa. Nada me garante que não tenha sido a decisão que tomei que tenha contribuído também para que tivesse tido uma experiência de pós parto tão sofrida, por exemplo. Não estava perto de estar pronta. 

Não falo só das crianças, falo da mulher, do homem, do casal, da vida de tanta gente por um plano que não se muda ou que não se questiona. 

Há coisas boas e más em qualquer decisão, mas esta tem de ser mesmo muito ponderada e com carinho por todos. Inclusivé por quem não quer ou acha que não quer. 

Tudo se resolve, mas o princípio define muita coisa. 





9.27.2018

Ela foi violada. E agora dizem-lhe que não foi violação.

"Não basta não haver consentimento para haver violação" disse a representante sindical de juízes. Isto relativamente àquele caso bizarro, que me deixou completamente mal disposta, em que dois homens, um barman e um porteiro de uma discoteca violaram uma mulher inconsciente na casa de banho da discoteca. Disseram a esta mulher, e continuam a dizer, que não houve violação. A esta mulher que teve a coragem de apresentar queixa, submeter-se a exames, que ficou com a vida lixada, dizem que foi apenas uma "mediana ilicitude" porque houve "sedução mútua" (ela seduziu os dois, foi isso?...). Houve também uma chamada telefónica de um deles a confirmar que ela estava toda "(...)  toda fodida (...)" e "(...) Não. Ela estava toda desmaiada no quarto de banho (...)." Mas o tribunal, os tribunais, acharam que não houve danoss físicos [ou são diminutos] nem violência".

Palmas. Palmas para tudo isto. Em que mundo vivemos para que se considere que estes "homens", tal com diz a relação, "estão perfeitamente integrados, profissional, familiar e socialmente". Há uma desculpabilização de criminosos que não faz nenhum sentido, que me revolta. Uma pena suspensa e pronto. QUem me diz que não o tinham feito antes? Quem me diz que não foi pensado e combinado? Quem me diz que não o voltarão a fazer? Que mensagem passamos às vítimas? Não vale a pena exporem-se e queixarem-se que vão ser humilhadas e o ónus da culpa vai ser muito vosso porque "estavam a pedi-las" e merdas assim. Há muito mais que dizer sobre esta notícia. Eu fico um bocado doente com isto, a sério. Eu tenho filhas mulheres e queria que este mundo fosse um lugar melhor para elas.


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O meu amigo Pedro Goulão, que vai lançar agora o primeiro livro (A Palmeira) -  que eu vou levar na lua de mel (não o Pedro, mas o livro) escreve muito bem e disse tudo. Passo a citá-lo:

"Sedução mútua", quando um dos sedutores está inconsciente.
"Violência reduzida", porque a vítima não está em condições de resistir.
A relação do Porto volta a envergonhar-nos enquanto comunidade. Os juízes capazes de lavrar uma sentença deste género, não só deviam ser liminarmente afastados, como co-responsabilizados pelos efeitos desta espécie de "justiça".
Isto não é só ser mau no seu trabalho. Isto é deixar que os piores dos preconceitos sobre as mulheres sejam o padrão c...om que é avaliada a violência sexual e não só sobre elas. O exercício de distorcer para encontrar atenuantes e branquear para não ver agravantes por forma a evitar uma prisão efectiva é simplesmente obsceno.
Se levar uma mulher inconsciente para uma casa de banho e violá-la é de mediana ilicitude então que caralho é uma elevada ilicitude?
É assim tão extraordinária a expectativa de uma mulher poder sair à noite sem se arriscar a que alguém a arraste para uma casa de banho inconsciente e a viole e depois se safe?
É preciso que se introduza na lei penas efectivas mandatórias para acabar com este abuso de discricionaridade?
Esta pena suspensa é um apelo à barbárie. Um dog whistle a todos os que acreditam que os outros e em esmagadora maioria as mulheres, são nada mais do que subhumanos, cuja vontade é irrelevante.
Esta pena com a assunção que não é traumático o suficiente esta mulher saber o que lhe aconteceu demonstra uma inumanidade, uma incapacidade de empatia que roça, se não ultrapassa, os limiares da psicopatia.
Se é difícil imaginar o que esta mulher passou, passa e passará, o medo de voltar a confiar, de sair, de beber um copo, a realização de que, para a justiça ela não vale nada comparado com quem lhe fez mal, não é difícil perceber que isto é grave, terrível, inumano.
Que isto tenha passado não um, mas dois degraus da justiça portuguesa, com este resultado é um vómito.
Que quem seja capaz de fazer isto a uma mulher não se arrependa de o fazer chama-se psicopatia.
Quem deixa que isto saia impune é outra coisa. Pior.
E mais grave, é um padrão. São demasiadas decisões más, que violentam novamente a vítima. Tomadas por homens e mulheres. Nos vários escalões da justiça, em patamares de recurso, criando jurisprudência.
Com a cumplicidade ou indiferença dos seus pares.
Para que raio serve o Conselho Superior da Magistratura?
É assim que são formados os nossos Juízes?
Vergonha. Vergonha. Vergonha."

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"Não basta ter uma toga para se ser juíz.
Não basta ter uma toga para se ser juiz em causa do presidente do sindicato dos juízes.
Não basta ter uma toga para nos portarmos como pessoas.
Não basta ter uma toga para ter empatia.
Não basta ter uma toga para virar o mundo do avesso e tornar a vítima, por ser forte e ter feito tudo aquilo que lhe era humanamente possível para obter justiça dos tribunais, menos relevante que os seus algozes....
Não basta ter toga para nos convencer que dois homens que põem uma mulher inconsciente, a levam para uma casa de banho e a VIOLAM, PODEM SER CONSIDERADOS BEM INTEGRADOS NA SOCIEDADE.
Porque senão a sociedade está um bocadinho fodida além da conta. Assim, não é bem uma sociedade, é um drama pós-apocalíptico.
Não basta ter uma toga para poder, com uma decisão esdrúxula, abrir as portas à justiça popular e não esperar críticas ou desencadear tragédias.
Não basta ter uma toga, para insultar todas as vítimas de violência e abusos sexuais e não esperar a nossa reacção.
Não basta ter uma toga, para com uma decisão destas assustar vítimas, as que já o foram e ainda hesitam em se queixar e as que hão de vir, como as estatísticas tragicamente demonstram, e pensar que nós, enquanto sociedade vamos deixar passar isso em claro.
Não basta ter uma toga para que se possa estancar princípios de decência básica e progresso. De que todos temos direito inalienáveis. um deles a liberdade de escolha. O direito a sentirmo-nos seguros, por sabermos que ser um predador, ou dois, não é premiado. Que ser uma vítima, não diminui essa vítima aos olos da lei e da sociedade.
Que a culpa é de quem comete o crime e não de quem não se podia defender.
Parem com esta merda do ela estava a pedi-las. Não estava, senão não estávamos em tribunal e todos eram felizes.
Nenhum mal entendido termina com dois tipos a violarem uma mulher numa casa de banho.
Quem está inconsciente, não pede, não seduz e não resiste. Está inconsciente.
Não basta ter uma toga para se ser juiz.
Mas consegue-se perfeitamente ser-se um merdas numa."
Pedro Goulão

Obrigada, Pedro, por expressares tão bem o que sinto.



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9.26.2018

Aos 4 anos deixam de fazer sesta na escola? Como assim?

A Irene começou por andar numa escola que incentivava o desfralde de todos os pequeninos (2,5 anos) ao mesmo tempo. Tirava-lhes as fraldas, levava-os à casa de banho ao mesmo tempo e ficavam lá "tempo suficiente" até ou terem feito xixi e cocó ou então para a educadora ter achado que já seria suficiente. Quando tinham cocó e não avisavam, eram repreendidos dizendo "cheiras mal e não disseste nada?" - o que não acho porreiro, mesmo que seja com um pseudo-sorriso. 

Se as crianças têm ritmos diferentes para aprender a comer, gatinhar, andar... a uniformização destes timings nas escolas é por mais algum motivo do que por logística? 

Pergunto se não será uma grande violência (educadoras incluídas por terem de cumprir normas com as quais poderão não se identificar) obrigar crianças a seguirem um determinado ritmo que não o seu e verem que determinados colegas já estão aptos e que elas nem por isso. Verem os amigos que fazem  xixi na sanita (porque até beberam mais líquidos de manhã) a receber um aplauso e elas (que ou não se sentem seguras para o fazer ou que não beberem líquidos de manhã) a não serem aplaudidas, mas com um tom menos eufórico a dizer "não faz mal, fica para a próxima"

Mesmo que fisicamente já estejam preparadas - o que também é relativo de criança para criança, o controlo "dos esfíncteres" - por que não ter em consideração todos os factores psicológicos que levarão uma criança a não querer ou não conseguir fazer o desfralde? E de fazer xixi em frente aos colegas e cocó, virados uns para os outros nas casas de banho, por exemplo, nesses momentos?

Calculo que não seja assim em todo o lado, claro.  Para se fazer xixi e cocó, tal como em nós, adultos (para algumas pessoas, só em "adultos" é que temos direito a ser pessoas), é preciso sentirmos segurança, calma e... pasmem-se... vontade! Há adultos que odeiam ou não conseguem evacuar no local de trabalho, estamos a "obrigar" as crianças a fazerem-no para quê? E quando dá mais jeito nas rotinas de "trabalho" nas escolas?

Do que temos medo? Temos medo que usem fraldas para sempre? Se não for por uma questão de logísticam qual é o motivo?  Se o problema também for os custos das fraldas, creio que há mais pais a terem vontade de levar as fraldas para as escolas do que a que os filhos sejam pressionados a deixarem de as usar para que o custo não se alargue por mais anos.



A Irene ainda precisa de fazer sesta. E, ao que parece, na maioria das escolas - espero ouvir muitos relatos do contrário aqui em baixo nos comentários - aos 4 anos já não há grande abertura (ou nenhuma) para pôr os miúdos a dormir. Há muitos que já não precisam (e é verdade, bem sei) e, por isso, os que precisam têm de ser separados do grupo e ir dormir com os mais pequeninos (e haver esta hipótese já é fantástico porque já não é muito comum). Claro que os filhos cujos que os pais dizem que têm que ir, na hipótese em cima, vão "chorar muito" porque são separados do grupo mas, acima de tudo, porque têm sono e têm que ir dormir. A birra de sono só se aplica quando estão em casa com os pais? 

Fala-se de um "período de transição" e daí as crianças, nesta fase em que a sesta já não é incentivada - antes até pelo contrário - andarem a cair de sono ao final da tarde e de chorarem por tudo e por nada e adormecerem em 3 segundos quando se deitam na cama. Será? Será um período de transição? Ou será um período de privação de sono que é tão crucial ao desenvolvimento da criança (e que até lhe chamaria um direito) até ela estar efectivamente preparada para deixar de fazer a sesta como, talvez, a maioria das crianças da sua idade? 

Obrigar as crianças todas a não fazerem sesta aos 4 anos ou não haver soluções adequadas e uma atenção e carinho redobrado às que precisem é o equivalente a determinar uma quantidade igual de comida a ser ingerida por todos à hora de almoço. Só que numa das situações morrem neurónios e não se processam aprendizagens e criam-se imagens negativas relativamente à escola e à sociabilização. 

As crianças, quando não dormem o suficiente, têm os mesmo problemas que os adultos: não funcionam, estão cansados, irritadiços, não conseguem gerir as suas emoções... Será isto importante no dia a dia de uma criança de 4 anos? Dormir o suficiente? A sua saúde? A sua felicidade? 

Sabemos que nesta idade (4 anos) há a necessidade (lá está, pegando nas generalizações que é também por onde as escolas se guiam para os prós de não fazerem sestas) de 12 a 14 horas de sono.

Para as fazer, levantando-se às 7h, a criança terá de se deitar às 19h para fazer as 12h. Para se levantar às 8h terá de se ter deitado às 20h.

E se for uma criança que precise das 14h?

Para se levantar às 7, teria que se deitar às 17h. A maior parte dos pais sai do trabalho entre as 17h e as 18h e terá ainda de contar com a deslocação até chegar à escola. Convém que as crianças jantem e até que estejam um pouco com a sua família, digo eu.

Isto de não haver sesta tem outra questão que não a logística?

Como mãe percebo que haja decisões que vamos tomando e que nem sempre são do interesse directo da criança, mas estamos a falar de uma rotina e ao longo de, pelo menos, um ano. Sendo que há crianças que continuam a precisar de sesta aos 5 anos também e outras até mais tarde.

A Irene tem muita sorte porque a escola dela tem aberto a excepção e está rodeada de pessoas que a tratam com muito carinho e atenção, mas nem quero imaginar a quantidade de crianças que andará privada de sono durante a semana noutras escolas, por não haver opção e cujos pais não conseguem passar tempo de qualidade com elas por terem que as por a dormir cedo, ou porque ainda têm que gerir as emoções de ambas as partes. E isto com o triplo da dificuldade só porque alguém algures achou que aos 4 anos a regra é não haver sesta. 

Escrevo isto para que mais pais saibam que estão certos quando sentem que os seus filhos precisam de uma sesta mesmo que já tenham 4 anos. Escrevo isto para que mais pais possam fincar pé junto das escolas dos filhos para abrirem excepções e quiçá até para criarem soluções que não tratem estes casos como excepções, mas como crianças sem regras aplicadas aos timings do seu desenvolvimento.

E se as crianças não quiserem ir dormir, mas tivermos a certeza que precisam, quem somos nós afinal? Os pais ou o quê? É ganharmos tempo a pensar numa forma criativa que faça com que a criança queira ir fazer a sesta. Hoje a Irene foi fazer a sesta porque expliquei que só assim daria para irmos jantar a casa de uma amiga, senão teria que a deitar muito mais cedo e não daria tempo. Isto é com a Irene, sei que não são todos assim.

Creio que o dever das escolas, as escolas que dizem tanto em tanto lado que se preocupam com o bem-estar geral da criança devem INCENTIVAR as sestas nas crianças que precisem, criando as condições IDEAIS para o fazerem. 

Talvez a escola ideal não exista, mas isso não quer dizer que não tentemos evoluir todos em conjunto. Como a escola onde está a Irene que ouve os pais e que vai encontrando soluções e vai melhorando o que vai sendo necessário.