3.27.2018

Vou-me embora durante uns dias e tenho que lhe dizer.

Acho que todas nós, se pararmos um bocadinho para pensar (só porque não costumamos ter muito tempo), sabemos que a maior parte dos argumentos que damos umas às outras para ficarmos descansadas servem muito pouco. 

Eu sei que são só quatro dias. Eu sei que ela tem quatro anos e que há mães que, por causa do trabalho têm que se ausentar semanas e logo desde que têm só uns meses (ou até antes). Eu sei que fica com o Pai. Eu sei que fica com os avós. Eu sei que lhe faz falta não ter mãe para também ter mãe. Eu sei tudo isso. Nós sabemos todas tudo.

Só que ela é a minha pequenina. Ainda o ano passado foi a primeira noite que passei sem ela. Agora começo a passar mais do que uma, fins-de-semana intercalados... 



Escolhi-a sempre. Ou, achando, pelo menos, que estaria sempre a escolhê-la. Porque sim e porque preciso de sentir tudo isso. Preciso de sentir que a minha filha não tem de pedir mãe para ter. Que a mãe não lhe foge, que a mãe lhe dá todo o colo, que a mãe...

... mas a mãe é mais do que mãe e fica de mãos atadas. Agora, 4 anos depois, tenho de me deixar ser Joana. A Joana que é mãe, mas que é mais também. 

Aqui a Joana vai para Amesterdão uns dias e chegou à conclusão que a melhor maneira de lidar com isto é contando à filha. Vai dizer-lhe que vai em trabalho uns dias para Amesterdão, vai fazer um calendário para lhe mostrar os dias que faltam, se ela quiser saber, até a mãe voltar e que a mãe já volta.

A mãe, até lhe contar, vai ter de se perdoar por achar que se tem de perdoar de alguma coisa. Já a Joana está entusiasmada por ir para Amesterdão. A Joana há 4 anos que se põe em segundo plano e com todo o gosto, mas para continuar a fazê-lo precisa de se sentir, de ver como está, de ir além do "ser mãe".

A Irene fez 4 anos e a Joana vai 4 dias para Amesterdão.

Muitas de vocês vão compreender-me, outras vão rir-se pelo drama parecer parvo. Seja como for, mesmo que desta vez esteja a pensar só em mim em ir, tenho de pensar nela e na forma como me vou despedir.

Tenho que me despedir. Tal como de manhã, quando a deixo na escola. Despeço-me. A mãe não lhe foge. A mãe sai, mas volta sempre.

Fotografia: Yellow Savages 
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3.26.2018

A melhor prenda de aniversário da Irene.

No final de cada festa de aniversário da Irene, digo a mim mesma: "não me meto noutra". Tenho o stress todo em cima, o cansaço, o barulho... Tudo.

No meu tempo não havia isto tudo nas festas de aniversário. Acho que, aos poucos, vou tentar baixar a "fasquia". Este ano evitei, por exemplo, o sacos de oferta aos miúdos (o que me custa muito porque era a minha parte preferida das festas quando era pequenita). 

A festa foi fantástica. Daqui a um post ou outro mostro-vos o espaço óptimo Chan Events Party Planner e com os bolos Mil Cores, Mil Sabores mais ao pormenor. Não desfaço (como poderia?) nenhuma das coisas anteriores, mas esta foi a maior prenda.

A Irene combinou comigo que princesa queria que fosse à festa dela. Depois do ano passado, da nossa experiência com a Funtoche, tinha mesmo que repetir. Foi a melhor parte: deixar a fantasia entrar. 

A fada começou por fazer com que a Irene desaparecesse (que nesse dia nem era Irene, era o Tarzan) e que aparecesse um leão que a Irene encarnou praticamente até ao final do dia, até lhe tirar as pinturas.. Vejam a perfeição desta pintura! Se houvesse uma competição de skills de pinturas faciais. que grande abada que esta fada dava a todas as outras (digo eu, da minha experiência - na volta há um campeonato no Cartaxo disto e ainda há melhor). 



Está incrível, não está? Assim que a Isabel (filha da Joana Paixão Brás, a outra autora do blog) chegou, a Irene começou a ficar ainda mais histérica e claro que se equiparam as duas a combinar. Conseguimos, Joana, conseguimos que elas ficassem amigas. Aos 16 vão abrir um blog a dizer: "A mãe não sabe um **". 


Depois das pinturas, houve jogos em conjunto. A Funtoche faz uma coisa que me deixa sempre muito satisfeita, que é etiquetar os miúdos com os nomes deles. Como trabalho em comunicação, tenho ainda maior sensibilidade a estas questões em que, chamando as pessoas pelo seu nome (como no Starbucks por exemplo), cria uma maior proximidade, conforto, tudo. Neste caso até à mãe. É um bom miminho, em vez de passar a festa a dizer a todos "Ó tu, ó tu!".

Chgou a Ariel. Que não é a mãe ou o tio Pedro vestido de Ariel. É a Ariel a sério (e que dali a um pouco ia actuar no CCB para um musical que recomendo: Terra dos Sonhos). A Ariel surge e a Irene, depois de estar estupefacta, só lhe fazia festinhas e a abraçava como se tivesse sonhado com ela todos os dias  - e, se calhar, até sonhou. 

A doçura da Ariel contagiou toda a gente. Os pais ficaram ali à volta comovidos com os seus filhos tão atentos e também, claro, por se notar o gosto e o amor com que a "Ariel" estava ali a fazer tudo aquilo - mesmo meia presa por causa da cauda. Obviamente que a Irene já me perguntou como é que ela ia à casa de banho... 



A Irene nunca viu o filme da Pequena Sereia, pelo que a história foi nova para ela. Só conhecia uma das músicas que lhe canto desde pequena por não conhecer grandes canções de embalar. Mesmo as partes "más", com o sorriso da Ariel, tornaram-se boas e surpreendentes. Quis sentar-me ali com eles, mas já chegou a figura de me ter esquecido de comprar os talheres.


Melhor ainda? A Pequena Sereia sabia cantar e cantou. Não só as músicas da Pequena Sereia (fica a sugestão de cantarem também em português do Brasil para as mães também curtirem um pouco), mas as das outras Princesas todas. Óptimo range e range controlado - não me engasguei com nenhuma empada a ouvir os agudos e afins - e super carismática. Nenhuma criança descolou (vá, houve uma ou duas que quis aproveitar o furinho para ir ser pintada com a Fada). 




A festa foi mesmo fabulosa. A brincar já me saiu que, para o ano, alugo só um t1, "atiro lá para dentro a equipa da Funtoche" e saio a correr e só volto três horas depois. Brincadeira... (mais ou menos). 




Conseguem ver a doçura na cara da Irene? Quem diria que, ainda nessa manhã, esteve a correr pela casa toda nua a dizer que era o Tarzan e que tinha a pilinha de fora? 

Obrigada, Funtoche, por terem uma equipa tão, mas tão escolhida a dedo. A Irene ficou muito feliz e eu também. 

Fotografias: Yellow Savages 
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