5.27.2016

Dói-nos mais a nós.

É mesmo o que me parece. Na semana passada, quando fomos à casa da minha mãe, a Irene caiu e esfolou os joelhos. Como estava a jogar futebol nem deu por isso, mas só vê-la estendida no chão deu-me vontade de a engolir para a proteger do mundo (sei que isto depois daquele post da Joana em que a Isabel partiu um dentinho parece nada, tenho essa noção). 

Quando fomos ao jardim zoológico ela voltou a cair, a esfolar os mesmo joelhos de há uma semana. Não há nada que possa fazer para que ela não caia. É normal e não me culpo, mesmo apesar do Frederico olhar para mim com um ar de pai protector depois quando vê os joelhos da sua menina. 

Reparei agora que, quando ela cai, o primeiro instinto já não é pedir maminha. Existe mesmo o desmame natural. Desta vez peguei nela ao colo, dei-lhe um abraço enorme enquanto corria para lhe ir mostrar os ursos. Quando se acalmou, pus água nos joelhos e ela quis por-se em pé.

Quando se pôs em pé e limpou o nariz com o ranho que tinha a cair de tanta choradeira, fez um zurro, um ronco que a fez partir-se a rir ainda de lágrimas nos olhos. Linda. 

A minha mãe num dia destes, era eu novinha, tirou-me uma fotografia enquanto chorava e eu não gostei nada. Prefiro esta. O primeiro riso depois de ter esfolado os joelhos, porque o sentido de humor se sobrepôs: that's my girl. 








Ainda a limpar as lágrimas.
"A Necas fez dói-dói.".