12.22.2015

O senhorio vai matar-me!!!

Socorro!

Cadeirão vermelho e banquinho dos pés completamente riscados! Não estão a imaginar. Foi o tempo de eu ir à cozinha buscar uma tesoura. 

Já pintou roupa, collants e até me tinha feito uma pintura rupestre numa porta, na parede, mas com lápis, facilmente laváveis.

Mas isto? Tinta azul, de caneta?

Assim de repente lembrei-me de um dos maiores estragos do meu irmão, que mandou um cabo de vassoura de um 6. andar e caiu em cima de um carro, acabadinho de comprar. 

E os vossos filhos? Já vos puseram em despesas?



A minha filha dá cabo de mim.

Às vezes sinto-me num filme de acção, com porrada à mistura. A Isabel tem momentos a que chamo "fúrias de amor" em que me quer esmagar de abraços, beijos, em que puxa a minha cara para a dela, através dos meus cabelos, me enche de beijos nos lábios e quer fazer narizinho de esquimó. Um dia, tinha de acontecer. Deu-me uma cabeçada na boca de tal maneira, que me abriu o lábio superior e me pôs a sangrar da gengiva. 

Soltei um "AI", com dores e fiquei com lágrimas nos olhos. Ela também se queixou da testa, que ficou vermelha, mas haviam de ver a carinha dela a olhar para mim e a repetir vezes sem conta "mãe dóidói". Um ar tão preocupado que me fez esquecer logo a dor e a sensação de lábio a inchar. Esteve meia hora a confirmar se eu estava bem, a apontar para a boquinha, super assustada, apesar de eu ter repetido que estava tudo bem, que já tinha passado. 

Amor da mãe, pá! Os nossos filhos são mesmo TUDO, não são?