5.26.2015

O segundo em que conheci a Isabel

O segundo mais feliz da minha vida. Esse e todos os que se seguiram.



Era assim que eu estava, depois de umas 12 horas em trabalho de parto e de 10 minutos na sala de partos. Vê-se bem nos olhos a força que tinha acabado de fazer. O cansaço. Estava com fome e sede. Mas vê-se principalmente a alegria. Tinha o queixo sujo de sangue e tinha acabado de sentir a minha filha, quente, primeiro nas minhas pernas e depois no meu peito. A emoção das emoções. Disse logo que ela era bonita. Agora vejo uma bebé inchada, com a cabeça deformada da ventosa, mas delicada. Lembro-me bem do choro, baixinho e suave, como todos os outros que se seguiram. Assim que ouviu a minha voz parou de chorar. Dessa magia não me vou esquecer nunca.






O meu parto foi o momento mais maravilhoso da minha vida. Foi tudo o que desejei, acompanhada por pessoas calmas, divertidas, pela médica dos meus sonhos e pelo homem que me faz feliz e me conhece como ninguém. Foi um parto a rir. A primeira coisa que fiz quando senti uma coisa quente a descer pelas minhas pernas foi soltar umas gargalhadas enormes. E é com um sorriso nos lábios que recordo todos os momentos. A enfermeira que não sabia abrir o alfinete de ama, o barrete por cima do barrete, as orelhinhas enroladas, a pele cor-de-rosa. A primeira vez que mamou, para logo depois adormecer aconchegada ao meu lado. A primeira vez que o David a pegou ao colo, já no nosso quarto. Tenho tudo gravado na minha memória, como se fosse hoje.

5.25.2015

a Mãe desbronca-se (#11) - A mala de bebé da Irene

Ora bem, eu tenho 0 de trend setter. Geralmente ninguém pergunta onde compro as coisas que compro, a não ser que seja com um ar de nojo. O que vale é que me casei com um tipo com sensibilidade artística e de bom gosto e, surpreendentemente, heterossexual. Daqueles que até é muito heterossexual, daqueles que dá gozo ver a beber uma cerveja, porque parece que o sabem fazer melhor que toda a gente.  Eu cá gosto.

Isto para responder melhor à pergunta da Paula Duarte. Paula, parabéns pelos bebés!!! :)





A Joana Paixão Brás é completamente diferente de mim, não vou revelar como era a mala da Isabel porque tem mais piada se for ela a falar sobre isso. No meu caso, optámos por gastar algum dinheiro (desnecessariamente) já que os avós fizeram o favor de oferecer quase tudo. 

Vimos esta mala algures e a história que nos vendem é que é feita "de pais para pais", portanto está tudo pensado ao pormenor para nos dar jeito. E dá, muito! Especialmente por estar tudo organizadinho e, portanto, é fácil de encontrar o que queremos. 

A desvantagem está em termos de arrumar tudo muito bem (o que leva algum tempo) e não ser muito gira. Mais uma vez, como foi o Frederico, consegui ficar longe das malas da Tuc-Tuc que eu tanto queria.

Chama-se Paca Pod. E chamam de pods àqueles compartimentos diferenciados dentro da mala, um para mudar a fralda (diaper pod) e outro para a alimentação que é térmico (para guardar o leite - seja ele de que tipo for).

Depois tem mais uns quantos compartimentos, mas nada de muita liberdade para atirar dois casacos e pares de sapatos. Eu usava o pod da alimentação para guardar outras coisas. Houve até uma altura que cheguei a tirá-lo da mala para ter mais espaço. Penso que assim o problema fique resolvido. 

O que acham? 



Está aqui a página do site para lerem mais, se quiserem. Eles têm malas mais giras, mas já eram muito além do orçamento que tinhamos para isto. Já nos sentiríamos um bocadinho estúpidos. 






Também querem fazer perguntas? Por muito boas ou estúpidas que sejam? Nós somos o Marcelo Rebelo de Sousa, dêem-nos um pretexto e não nos calamos durante horas. Passem por aqui e mandem vir essas questões.

Estou a ressacar!

Não, não me enfrasquei ontem, apesar de me ter deitado às 3 da manhã (Globos de Ouro, adivinharam). Estou a ressacar com saudades da minha filha. 

Ter meia dúzia de horas com ela sábado e domingo não chega. Hoje de manhã, estava eu ainda meia maquilhada na cama (ou esborratada), disse-me "olá", "mamã" e veio dar-me um abraço dos grandes. Ficou a olhar para mim, deitada ao meu lado. Vieram-me as lágrimas aos olhos. Pareceu-me mais velha. Ia jurar que tinha crescido de ontem para hoje. E não, mais uma vez, não tenho um pingo de álcool no sangue. Ontem não a vi depois da sesta, não lhe dei lanche, não lhe dei jantar, não lhe dei banho, não brinquei com ela, não lhe contei uma história, não cantei para ela, não a adormeci. Sábado também não. Custa muito. 

Não sei como conseguem, mães que trabalham por turnos, mães que trabalham à noite, mães que trabalham durante o fim-de-semana, mães que vão para o estrangeiro em trabalho. O que tem de ser tem muita força, eu sei. E quando se faz o que se gosta, o tempo passa rápido. Mas e as saudades? Hoje está a ser uma segunda-feira ainda pior que o normal. Estou a escrever na hora de almoço e quero ver se despacho tudo o que tenho para fazer o mais rápido possível para a ir buscar às 17h30. Hoje não pode ser o David, ou não me chamo Joana Paixão Brás.

Estou a ressacar de saudades da minha filha. E a engolir em seco, com os olhos marejados. Bem, concentração. Ao trabalho, ao trabalho!
Ah! E nao se admirem se amanhã não publicar nada de jeito por aqui. Hoje vou estar a curtir ao máximo a Isabelinha e depois vou dormir. Gosto muito de vocês, mas gosto (um bocadinho só) mais dela. E de mim.